Não queria escrever hoje. Não por tristeza ou algo do gênero, mas porque é repetitivo. O Inter comete sempre os mesmo erros. Então, vamos tentar achar as diferenças do jogo de ontem em relação aos outros. Ontem, quando reagimos, Celso Juarez Roth foi empilhando volantes até chegar ao número de quatro: Dourado, Fabinho, Bob e Eduardo Henrique. Ele ainda não tinha feito isso e nenhum treinador o faz, ainda mais quando perde o jogo, mesmo por um placar aceitável. De onde Argel — pois foi um pedido de nossa Ameba I — tirou este Fabinho, meu deus? O homem está sempre apavorado! E quem explica a contratação de Marquinhos?
Outra novidade? Vitinho entrou bem.
Mais: os dois gols do Santos nasceram de trocas de bolas pelos lados em que o jogador santista ficou livre para olhar, escolher com calma e cruzar. Nossos jogadores são cones que não conseguem marcar os deslocamentos dos adversários. O cara fica livre, olha e olha, cruza e gol sai. Duas vezes.
Por exemplo, na imagem abaixo, os jogadores 4 e 5 foram ultrapassados pelo cara de branco próximo a eles e que vai cruzar depois do passe óbvio do cara que está ao lado do jogador 7 do Inter. O que fazem 8 e 9? Batem um papo, observando os babacas 4 e 5.
OK, já entendi. Carvalho quer ir até o fim com Juarez. Meu grande amigo Roberto Mastrangelo Coelho está em surto pedindo Mário Sérgio. Ele tem razão. Seria uma ótima pedida. Ele sabe escalar, substituir e é um motivador. Juarez não é capaz de nenhum destes três itens. Mário seria o nome ideal para tentar nos salvar. Daqui alguns dias, jogaremos contra Palmeiras, Flamengo, Corinthians, etc. e aí não haverá mais remédio que cure. O louco Lisca poderia ser também interessante.
O que me desespera não é o impossível. Não me desespero por Romy Schneider ter cometido suicídio antes de me conhecer. O que me desespera é o possível não alcançado. Ah, nossa direção… Cometeu erros sobre erros. Piffero e Carvalho obinaram e ainda estão obinando. De minha parte, estou em tranquilo desespero, rindo do Inter, ou seja, rindo de mim.
Uma coisa que me surpreende é nossa impotência. Quem não tem mais nada a perder costuma ser perigoso — mesmo quem cai para a segunda divisão vence aqui e ali, comete seus crimes — , mas o Inter não é capaz nem disso. Uma vitória em 21 jogos — 19 destes no Brasileiro. Estamos indo para o matadouro sem ousar, com Juarez e suas soluções anos 90.
Para completar, Seijas está mais indignado do que Carvalho e Roth, que riem da “incompreensão” dos repórteres durantes suas lamentáveis entrevistas. Melhor não escalar o venezuelano, né?
https://youtu.be/J68Ie3WiMuA
Pouco a acrescentar, Milton. Disseste tudo, ou quase. Fico com algumas imagens do novo vexame (indignamente comemorado pelo Roth, que deve ter sido gremista quando criancinha). Inicialmente, o primeiro gol do Santos: o Eduardo (outra decepção) vai preguiçosamente na bola e não corta o cruzamento e o Arthur (uma afronta escalar esse cara) chega atrasado como sempre. Depois, o Roth dando “instruções” ao Ceará para entrar em campo, flagrado pela televisão, “o jogo acabou”. Isso aos 35 minutos. O pior de tudo é que perdendo por 2 a 1, em vez de tentar empatar, ele põe um cara, não para jogar, mas para não jogar. No sábado, contra o Figueirense, ele vai tirar, como castigo, os que jogaram alguma coisa em Santos – Valdívia, Seyjas e Vitinho – para escalar o Alex ,o Sacha w o Aylon. Ontem, ele tirou o Nico, que jogou abanonado no ataque, mas que quando a bola chega mostra que sabe jogar. Por isso, vai ficar de castigo. Quem sabe, ele recupera o Ariel. Falei, outro dia, ao Ibsen para tentar trazer o Abel para os últimos jogos. Ele é tão incompetente quanto todos os outros técnicos, mas consegue mobilizar os jogadores, que gostam dele. Do Roth, os jogadores têm só medo.