Uma leitora de nosso blog — autodenominada “Nojentinha” — observou atentamente seu marido quando este entrou desnudo no quarto. Recém saído do banheiro, ele se deitou ao lado dela. Ela então viu que na ponta do seu pênis havia uma gotinha de cor amarela. Pior, havia pentelhos polvilhados de gotículas de mesma coloração. Houve choque, gritos, rejeição. O pobre homem foi chamado de nojento, assim como toda a raça masculina — a nossa, imaginem. Sem dúvida, um sério problema matrimonial. Ela me pergunta se tais fatos são normais na vida de casal.
Ora, Nojentinha, infelizmente minha resposta é SIM. Trata-se de um simples problema hidráulico. Imagine uma mangueira com um dos lados fechado. Não adianta atirá-la para todos os lados a fim de que a água saia. Não funciona nem para o mangueirão do jardim nem para a mangueirinha de seu marido.
Então você provavelmente perguntará: se o porco do meu marido não consegue livrar-se dos pingos logo após a mijada libertadora, por que eles molharão a cueca dali a alguns minutos?
A explicação é simples: a coisa é lenta, Nojentinha. Na medida que algum mililitro (ml) de líquido seja reabsorvido pela uretra marital (ou na medida em que o líquido evapore), estará criada a condição para que o pingo seja substituído pelo ar. Então, quando o pênis ficar em determinado ângulo favorável à entrada de ar, o pingo marital, amarelo e brilhante, pingará sobre a cueca. É tão inevitável quanto a mangueira de seu jardim, que fica mijona após alguns minutos.
Há duas soluções: (1) o seu marido permanecer no banheiro aguardando por todos os pingos ou (2) troque-o por uma mulher.
Os leitores que desejarem outros esclarecimentos sobre a vida adulta podem usar a caixa de comentários. Eu explico tudo.
Ana Maria Braga Ribeiro
O pingo é fácil de explicar. Explica então aí a “freada”…
Freada? Não entendi.
Por acaso, viemos a saber da tal freada por meio de um colega que, num estudo de caso sobre marketing de lingerie, se queixou de vestígios da mesma (ou seria a própria) numa cueca recém adquirida como nova.
Explique melhor!
Freada é na parte DE TRÁS da cueca, entendido?
Bem a calhar !
Ontem mesmo falávamos da etimologia de “o último pingo sempre é da cueca” e outras expressões.
Continua com a coluna, tão elucidante.
Mas que barbaridade!
Ouvi dizer que esses últimos pingos são o que motivam os homens a irem pro banheiro de meia. Elas ajudam a secar a prova do crime.
Meia??? Freada??? Vocês estão muito herméticos!
Não adianta sacudir o careca que o último é das cuecas !
O problema é quando não se tem cueca embaixo. Dependendo da “jactância” hídrica …..
Ponha um pelo do nariz na saída da urina.Quando a gota chegar o bingo aspira o liquido.
Uma solução seria fazer uma pingolotomia. Um pequeno suspiro (talequal uma traqueotomia) na extremidade oposta ao fim do duto urinário. Assim, após as micções ficaria garantida a entrada de ar.
Soluções simplistas, tsc, tsc.
Basta urinar de camisinha.
Um fato elementar da Mecânica (Física) dos Fluidos é que uma mangueira, seja longa ou seja curta, nunca fica totalmente vazia. Assim, a última gota sempre será da cueca ou da calcinha, não tem jeito…..
Se o pingo ficará na cueca ou se tornara “chuva dourada” depende do grau de amizade: com intimidade ou não 🙂