Por delicadeza, por obediência,
quase perdi minha vida.
Vivia apenas metade dela,
tudo era meia verdade.
Meia verdade é como habitar meio quarto,
ganhar meio salário.
É como só ter direito
à metade da vida.
Num milagre, a uma metade juntou-se outra
perfazendo um inteiro.
Aquela parte que existia ganhou um corpo,
e agora ela o observa.
Tem o colorido de Afremov,
as curvas de Chagall.
Seu torso lembra o respirar de uma vela
o corpo é solar e frontal.
Sua beleza, à força de ser bela,
promete prazer
e um mundo real.
É como se tivesse encontrado
uma nova pátria para ser.
Obs.: Baseado, de forma muito livre e fugaz, em poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Hip hip urrah!!
Um belo PHES!
Valeu, guru! Vai fundo!
Todos os PHES são maravilhosos. Mas neste você se superou… “quais” mata o menino do coração. Abraço!
…*!
[suspiro]
Bem lembrado, bonito mesmo.
Pqp, esse “Porque hoje é Sábado” de hoje tá foda demais. Atrapalhou meus estudos. Vou te cobrar isso quando for a POA de novo.