Câmara foi usada como templo em mais de 100 ocasiões em 2016 / Número de brasileiros sem religião dobra em dois anos

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Do Paulopes.

Evangélicos celebram culto com frequência | Foto: Saulo Cruz, da Agência Câmara
Evangélicos celebram culto com frequência | Foto: Saulo Cruz, da Agência Câmara

A influência cada vez mais forte de religiosos na política fez com que em 2016 as instalações da Câmara Federal fossem usadas como templo, para a realização de cultos, missa e cerimônias, em mais de 100 ocasiões.

Ali tem se reunido, por exemplo, evangélicos (principalmente estes), católicos, espíritas, fiéis da Seicho-no-ei.

Na explicação da assessoria de imprensa da Câmara, todos os pedidos de realização de eventos religiosos são aprovados para preservar a laicidade do Estado.

Trata-se de um entendimento convenientemente equivocado, para agradar os religiosos.

Em um verdadeiro Estado laico, onde religião e política não se misturam, deputados não realizam sessões em igreja e nem religiosos ocupam o espaço parlamentar para veneração de deuses.

Com informação da Exame.com e foto de Saulo Cruz, da Agência Câmara.

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O número de brasileiros sem religião acima de 16 anos pulou em outubro de 2014 para dezembro de 2016 de 6% da população para 14%. Portanto, mais que dobrou.

A informação é do Datafolha. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os sem religião são compostos por crentes que não estão afiliados a nenhuma igreja, por agnósticos e ateus.

No mesmo período, a Igreja Católica perdeu 9 milhões de fiéis, com queda de 60% para 50%, confirmando uma tendência já registrada por outras pesquisas.

O sociólogo Reginaldo Prandi, professor da USP, disse que o crescimento dos sem religião ocorre em todo mundo.

“[Isto porque] socialmente a religião não tem mais nenhum papel”, disse.

Afirmou que há crentes que hoje podem pertencer a uma igreja e amanhã não.

O fato é que, acrescentou, a sociedade percebeu que religião não é mais “condição obrigatória para ser bom cidadão”.

Com informações da Folha de S.Paulo.

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3 comments / Add your comment below

  1. B, de Brasil, onde BBB é o padrão cultural e BBB é também o padrão político. A informação é PIG, a legislação é FIESP, o dinheiro é AFABAN, o serviço é SUS e o futebol é CBF. Nem PQP nos salva. Só falta mesmo o Bolsonaro presidente para eu pedir exílio na embaixada da Síria.

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