Enquanto a Bíblia da nova religião do Politicamente Correto
— pois é disso que se trata — não nos impedir de achar bonitas algumas mulheres
(pois, ao afirmamos tal fato, caímos no pecado da Objetificação),
(pois, elogiamos umas em detrimento de outras que são ou mais feias,
ou menos atraentes ou decididamente feias),
distingo um dos mais belos rostos que conheço: o da londrina Kate Moss.
Muitas vezes pensei no que torna uma pessoa bonita.
É a simetria? As pessoas lindas seriam as portadoras da média das feições de todos nós?
Seria a perfeita adequação a sua etnia? Ou à cultura vigente?
Que critérios deveria seguir um desenhista para criar um belo rosto? Existe isso?
Porque o rosto de Kate Moss não me parece nem um modelo de simetria,
nem a média da população, nem o modelo exato de inglesa — até pelo contrário —
nem me parece ser cultural minha adoração por ele.
Meus sete leitores sabem que
sou um grande admirador de seiose curvas,
porém, para mim, é impossível não me fixar no rosto de Kate Moss e quase que apenas nele,
ignorando o fato de que seu corpo não obedece aos requisitos
e às CNTP exigidas pelo PHES.
O rosto de Kate Moss é um escândalo,
é um significante que parece falar diretamente
àquelas coisas que os meninos sentem, sejam concupiscentes ou
mera vontade de olhar.
Olhando para Kate, quase concordo com Nelson Rodrigues:
“Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu”.
Mas não, não se trata de indecência nenhuma, Nelson,
é tudo menos indecência, mas
também não há pudor. Nenhum.
Parafraseando Milton Ribeiro, Kate Moss não me fala ao pau, ainda que eu tenha gosto pelas pequenas e púberes mamas. Mas a moça tem pés grandes, ossos pontudos, me remete às anoréxicas modelos tão em voga nas UTIs de vários hospitais famosos. Contudo, meu nobre, é fato que sua abordagem poético/filosófica da coisa melhora muito o clima. E clima é tudo. Tem amor pra ti, Kate Moss, és musa.
Belo comentário, gostei.
a única coisa que eu mudaria na kate moss seria o gosto dela por homens. ela deveria gostar dos gordinhos potiguares metidos a poetas.
O rosto da Kate sempre me perturbou. Não consigo decidir se é feia ou não, se aprecio ou repudio, só não consigo ficar indiferente. Quanto ao corpo, bem, prefiro com mais presença (peso e curvas).
🙂
A magrela mais tesuda que já pisou neste planeta!