Sobras do aniversário: a receita de künefe

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Durante meu aniversário, dentre os mil assuntos comentados, houve uma estranha fixação sobre o künefe, a mais incrível das sobremesas que já comi. Ele me foi apresentada por meu filho Bernardo, que está estudando em Berlim. Eu tinha escrito em meus relatos de viagem:

A Criação. Deus olhou para nosso planeta e quis nos dar uma chance. E enfiou o dedo casualmente na Anatólia, Turquia, ali pertinho de onde nasceu a Asli Berktay. E criou o künefe.

Pois no dia seguinte, 20/08, meus amigos Maria de Abreu e Luiz Hall fizeram a maravilha… Seguem fotos da obra. A última foto é a do künefe que comi em Berlim.

No domingo passado (27), os mesmos abusadores produziram uma nova fornada de künefe, da qual só vimos fotos. Creio que estão evitando minha presença avaliadora…

Esta postagem está catalogada em “Amigos, Tudo”, mas penso em criar uma chamada “Amigos, pero no mucho”…

.oOo.

Em tempo! Com a palavra, Luiz Hall:

Vejam bem…

Sempre quis fazer um suspense em algo que alguém estivesse querendo muito saber, então…

Vejam bem, Ricardo Branco, Fernanda Melo, Emílio Carlos Baino et alli…

O Milton foi discreto em seu post e não entrou nos pormenores da discussão kunefiana.

Ocorre que durante o aniversário, duas mesas distantes sem nenhum motivo aparente discutiam sobre a existência de uma sobremesa chamada kunefe.

Quando se deu conta, o aniversariante tratou de juntar os dois grupos e iniciou-se uma discussão de como seria possível experimentar a coisa toda sem precisar pegar um avião rumo a Berlim, Esmirna ou norte da Síria (que foi onde a Cláudia Beylouni Santos manteve contato com o extraordinário doce).

Foi neste instante que eu disse ao Milton que eu mesmo já teria executado a receita (que me foi passada em segredo durante um sonho em que acessei o google) por três vezes. A primeira teria queimado mas as outras duas tinham ficado saborosíssimas. Pelo menos era o que eu lembrava depois de acordar-me.

Eu ainda reluto em passar detalhes da mesma porque pretendo submeter a mesma ao crivo crítico do Milton e da Cláudia. Só então poderemos considerar que existe de fato uma receita.

Mas há uma forma de abreviar este sofrimento. Basta o Augusto Maurer fazer aquela maionese de bacalhau e nos convidar a saborea-la. Aí a língua solta de vez.

Enquanto isto o que posso dizer é que estamos envoltos com experimentos para definir o melhor tipo de massa e queijo que ofereça um melhor resultado. No primeiro teste usamos cabelinho de anjo e cottage. Já no segundo teste optamos por massa filo e uma mistura de mussarela e feta.

Há ainda uma preocupação em salvaguardar e garantir que nossa querida amiga Elena Romanov possa aproveitar sem culpas o evento. Para isto pensamos em algumas alternativas que diminuam a oferta de lacteos. Não eliminará de todo mas ficara bem legal.

Foi por isso que não foste convidado, viste Milton Ribeiro!

Mas para abreviar, já que imagino que vocês não queiram ficar lendo bobagens, segue:

Receita de Kunefe da tia Maria psicografada pelo atentado

Ingredientes
1 Chávena de açúcar
1 Chávena de água
Massa (filo ou cabelinho de anjo*)
Queijo (mussarela ou algum que derreta confortavelmente)
Manteiga sem sal
Pistache triturado
Sorvete (De creme fica legal mas pode ser de coco que também fica joia)

Modo de preparo
0 Faça uma calda com o açucar e a água e deixe esfriar
1 Corte a massa filo em tiras finas e depois em pedaços pequenos.
2 Em uma frigideira antiaderente derreta duas colheres de manteiga em fogo baixo.
3 Acomode a massa na frigideira como se fosse um colchãozinho
4 Espalhe pedaços de queijo sobre a massa
5 Cubra tudo com outra camada de massa
6 Durante o cozimento vá esmagando o kunefe e aparando o queijo malandro que tentar fugir pelos lados.
7 Com uma espátula verifique quando a parte inferior já estiver assada (desgrudando da frigideira)
8 Com um prato, retire o kunefe tombando a frigideira.
9 Coloque mais manteiga na frigideira
10 Devolva o kunefe para a frigideira com o lado não assado para baixo.
11 Repita o ítem 6
12 Quando estiver cozido desligue o fogo e despeje a calda já fria sobre o bichinho
13 Coloque em um prato e salpique o pistache sobre ele.
14 Conclua com algumas bolas de sorvete por cima

Obs.1 Para a Elena pensamos em fazer um sorvete de leite de coco e manga e substituir a manteiga por banha
Obs.2 Se for usada a massa cabelinho de anjo a mesma tem que levar um susto antes. Em uma panela separada coloque água a ferver. Quando estiver fervendo coloque o cabelinho de anjo por 1 minuto, escorra e jogue a massa direto em uma bacia com água gelada para interromper o cozimento. Escorra a massa e corte em pedaços pequenos seguindo os passos do ítem 3 em diante”

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