Rubem Fonseca (1925-2020)

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Eu li bastante da primeira metade da obra de Rubem Fonseca. Conheci-o adolescente quando houve a censura ao ótimo Feliz Ano Novo. A censura era uma boa propaganda na época.

Acho que conheço quase tudo de sua obra até Agosto ou Bufo & Spallanzani ou Vastos Pensamentos, não sei qual foi o último. Achei que sua literatura, antes sinceramente noir, estava decaindo.

Gostava de sua habilidade para inserir a maldade em seus textos. Ela estava sempre rondando.

Creio de Feliz Ano Novo, Lúcia McCartney, O Cobrador e A Grande Arte ficarão.

Era um mineiro muito carioca que recebeu seis Jabutis e era um sujeito conservador, apoiador do golpe de 64 e homofóbico, mas isso não chegava a transparecer com clareza em sua obra, que é o que interessa.

Ontem, ele morreu à beira dos 95 anos.

 

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