Eu era leitor de Sérgio Andrade Sant’Anna, depois tomei-me amigo dele no Facebook — dialogamos alegre e gentilmente algumas vezes, falamos de seus livros e de como ele era fisicamente muito parecido com outro grande amigo meu — e sua morte me afeta muito. Foi-se um grande escritor, vítima do coronavírus. João Gilberto, Srta. Simpson, Simulacros, Manfredo Rangel e A Tragédia Brasileira são livros que guardo no ventrículo esquerdo, que é onde o coração bate mais forte. Dias atrás, ele escreveu sobre a grande escuridão. Ele tinha receio que ela estivesse chegando. Puxa vida, Sérgio, não precisava ter acertado, né? Homem íntegro, combateu a ditadura militar e tinha todas as ironias do mundo para nossa atual tragédia.
Foi -se e é mais uma tristeza a marcar esses dias.