Eduardo Bueno, o tolo (uma curta consideração)

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Vou deixar de lado a fala racista de domingo e me focar em outra característica do Peninha.

Lembram do grande goleiro Chilavert? Pois bem, era um jogo decisivo no qual o Paraguai poderia eliminar o Brasil da Copa de 2002 e ele era vaiadíssimo ao se dirigir para o gol de sua seleção no início da partida. Então, ele fez um gesto para a torcida, um gesto cujo significado era inequívoco: “Vocês estão com medo de mim”.

Pois é, ninguém perde tempo vaiando os ruins, quem é vaiado são Danrlei e Falcão, Fernandão e Geromel, não os adversários incompetentes. Ninguém vaia Isaque, Kannemann ou Churín, mas sim Ronaldinho, Maicon e Pepê. Ninguém vaia Guilherme Parede, mas sim D`Alessandro. Por quê? Ora, por medo, porque os caras bons de bola são a ameaça. Vaia-se a quem se respeita a capacidade.

Sempre rio quando Eduardo Bueno faz caras e bocas e cospe para demonstrar seu ódio e nojo ao Inter — aquilo é respeito e medo. Só que ele não nota a homenagem que nos faz. É tolinho. Se nos desprezasse mesmo, não falaria em nós.

É como fez André Lima quando comemorou o primeiro gol do Grêmio na Arena. Ele imitou o goleiro do Mazembe, fazendo uma grande e inadvertida homenagem ao Inter. Medo. Daqui 30 anos, as pessoas vão olhar aquilo e pensar somente na estranheza do movimento. Parecerá algo mezzo sexual, sei lá.

Quando os gremistas reclamam que eu falo no Grêmio, deveriam pensar antes que eu os respeito e temo. E terão razão.

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