Sobre o lançamento de Haddad como candidato à presidência…

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Sobre o lançamento de Haddad como candidato à presidência, digo que todo partido tem direito de apresentar seu candidato, mas não é uma atitude inteligente neste momento.

Creio que a oposição deveria antes pensar em construir uma chapa viável de destronar Bolsonaro. Fazendo como fazem habitualmente, cada partido contribuirá para a fragmentação, a qual pode deixar o segundo turno para duas candidaturas de direita ou, pior, permitir uma tranquila reeleição.

Mas o pessoal não aprende com os erros. Os egos, sabem?

Eu penso numa frente para derrotar Bolsonaro e esta não precisa ser só da esquerda. Hoje, nós não derrotamos ninguém. Hoje, vamos pra segunda divisão. E se achando…

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Gosto de falar daquilo que vivencio ou entendo e sou um mero chutador em política. Deveria falar só de literatura, jornalismo e de música (como ouvinte), só que o mundo está cheio de diletantes.

Não entendo a necessidade de discutir o passado e de projetar os egos para o futuro!

A Frente Ampla fez 50 anos no Uruguai e a Geringonça segue em Portugal. Mas aqui há EGOS ENORMES que são imiscíveis. E seguidores que são imiscíveis. E pessoas que defendem sistemática e sem crítica partidos e pessoas.

É como discutir algo com alguém que responde “Siga-me, eu tenho a solução e sei como devemos agir”.

Quando leio os argumentos para não fazer uma frente, me dá vontade de fugir. Aliás, é o que vou fazer agora.

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Celso Santos Carvalho escreveu e eu assino embaixo e por todos os lados:

Construir uma frente popular começa por: (1) querer; (2) juntar os partidos que se opõem ao fascismo e à direita golpista tucana; (3) elaborar um programa mínimo, que deixe de lado as divergências e concentre-se nos consensos; (4) querer mais ainda; (5) discutir esse programa com a sociedade, movimentos sociais, coletivos periféricos e não só com os lideres partidários; (6) melhorar o programa mínimo; (7) combinar publicamente como os partidos governarão juntos; e (8) só depois de tudo isso escolher a candidata ou candidato, preferencialmente por meio de prévias abertas a todos os eleitores. Começar pelo item 8 é o melhor jeito de dar tudo errado.

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