Miguel Álgel Ramírez iniciou muito mal no Inter. Não é caso para demitir, claro, mas as estranhezas de ontem dão o que pensar. Ele vem com um time e, de repente, muda. Nos jogos dos titulares, Praxedes e Patrick estavam sempre presentes. Não eram nada espetaculares, mas jogavam sempre. No dia da estreia da Libertadores, eles somem. Como obter entrosamento? Não entendo. E o entregador Zé Gabriel em vez de Lucas Ribeiro? Thiago Galhardo no lugar de Yuri? Rodinei na lateral esquerda? Não são muitas bizarrices e aberrações para um só jogo, Miguel Ángel?
A não ser que ele pense que a Libertadores seja uma competição onde caibam testes.
E não me venham com Abel. Este perdeu o Brasileiro em casa para Sport e Corinthians. E foi desclassificado por Boca e America-MG também em casa.
Como se vê, a rejeição a Miguel Ángel é quase geral. Eu acho que nós somos uns burros. Nós e Miguel Ángel Ramírez. Nós — torcedores, comentaristas e jogadores — porque não entendemos o futebol moderno, flagrantemente superior. Ele porque não considera nosso atraso e não faz um gesto para adaptar -se. Tem que ir mais devagar. Se MAR tentar enfiar o jogo de posição de um dia pro outro, vai dançar.
Pois o principal erro é de orientação: implantar o tal “modelo posicional” fazendo tábula rasa do que havia. O time do Inter que foi vice tinha virtudes que deveriam ser observadas. Por exemplo, sabia fazer contra-ataque uma vez recuperada a bola, seja no campo de defesa ou por pressão. Agora, ficam ali na frente da área, trocando bola até perder ou dar um balão. E essa de botar jogadores piores no campo e melhores no banco deixa qualquer grupo de boleiros sem rumo. Tomara que melhore.
Sem falar que há jogadores que entram a cada jogo estão em uma posição diferente. Caso do Maurício. Uma confusão total.
Exato! Além de perder tempo testando alguns jogadores que já provaram não ter condições de serem titulares, tais como Praxedes, Nonato e Marcos Guilherme.