Norman Lebrecht
Traduzido mal e porcamente por mim
O Sunday Telegraph relata hoje que a Royal Academy of Music de Londres está revisando sua coleção com a intenção de remover itens que possam estar ligados ao passado colonial da Grã-Bretanha.
Pianos feitos com marfim colonial e artefatos ligados ao compositor do Messias Georg Friederich Händel, que investiu no comércio de escravos, podem ser potencialmente problemáticos.
Para quem, exatamente, nos perguntamos.
Pense bem antes de enviar objetos históricos a essas instituições intelectualmente comprometidas.
Será que terão o mesmo zelo com Buckingham e a Abadia de Westminster? Talvez possam devolver os frisos do Partenon para a Grécia. Metade do Victoria and Albert é pilhagem… E boa parte da outra metade foi adquirida com lucros coloniais.
Como se jogando fora ou escondendo algumas peças antigas no sótão mudaria o passado…
Se todos que se beneficiaram com o colonialismo devolverem seus bens, podemos inscrever a casa de Windsor no Bolsa Família.
Não vejo sentido em um revisionismo que chegue na exclusão. A revisão critica dos fatos é saudável. A supressão de itens históricos ou o eventual cancelamento de autores, baseada nesse ímpeto, considero questionável. Neste exemplo do piano. Aproveite-se o objeto para ensinar historia critica ao público com um texto anexo e não se exclua da coleção.