Este Inter do início do ano tinha um grande problema. O esquema preferido de Coudet é o 4-1-3-2. Ele não se move disso. É um belo esquema, mas há aquele “1”. O Inter quase cometeu suicídio financeiro por causa daquele “1”. Gastou 4 milhões de euros (R$ 21,6 milhões) por 50% dos direitos de Thiago Maia — realmente um excelente jogador. Mais: trouxe Fernando por um salário que não deve ser baixo e ainda roubou Bruno Gomes quando este estava indo para o Fortaleza. Era uma justificada loucura por volantes, pois Aránguiz apenas quebra o galho como “1”. Acho que atua melhor jogando mais à frente. O “1” precisa iniciar as jogadas, dar proteção à zaga e cobrir os laterais. É muito para Aránguiz, mesmo que ele não permaneça em campo até o final. É um baita jogador que rende melhor mais solto.
Ontem, por exemplo, faltou cobertura para Bustos. O atacante pela esquerda do Ju nos deu um baile. Coudet poderia ter posto o Mallo por ali para acabar com a festa. Não botou. Também poderia usar Bruno Gomes e Rômulo para dar melhor cobertura e também reforçar o meio no lugar de Bruno Henrique e Aránguiz, ambos em noite muito infeliz. Aquele negócio de perder quase sempre a segunda bola nos matou. Gosto muito do esquema do Coudet, mas para funcionar tem que ter um meio muito mordedor desde lá na frente. Isto não ocorreu. Outra coisa foi a ingenuidade do Maurício e a infantilidade do R. Renan. Mas claro, agora é fácil falar. Não vou seguir, mas o fato é que, além desses, muito mais gente assinou essa eliminação.
E temos que enaltecer o Roger Machado, que fez o Juventude jogar mais do que nós. Mereceram ir para a final.
O problema maior é que este treinador parece não saber propor alternativas táticas quando é “encaixotado” pelo adversário. Em vez disso, faz substituições sem critério. Uma equipe com grandes pretensões deve ter variações táticas, o que parede estar além da capacidade dele. Além disso, um plantel com tantas estrelas deve ter um treinador que saiba administrar os “egos”, pois nem todos serão titulares. Creio que Coudet não tem experiência para lidar com estes desafios: é como entregar uma Ferrari para um “Rubinho” pilotar: em algum momento as “barbeiragens” aparecem, tal como na última partida.
Treinador limitadíssimo, mas que “habla” e é amigo do dirigente, então tá tudo bem.
O Bustos não precisa de cobertura, mas, sim, de aprender a jogar bola. Não sei como chegou até onde chegou… faz um tempão que o ‘furo’ do time. É fraco fisicamente, extremamente previsível (no apoio, se o lateral dá uma fechadinha na porta ele nem arrisca o drible…acaba recuando a jogada e armando o ferrolho do adversário), erra cruzamentos fáceis e no ataque do adversário via de regra corre pra dentro da área (!!!… com aquela altura e porte físico o que ele vai fazer lá?!) …e ‘manda’ a zagueirada ou um dos voltantes pra dar o primeiro combate, enquanto ele fica na sobra.