Há poucos nordestinos no RS, o que apenas comprova que eles são espertos. Deve haver menos ainda no PR e em SC, o que garante a total genialidade daquele povo.
Apesar disto, sempre me relacionei muito bem com os nordestinos com que cruzei. Tudo começou com o falecido escritor pernambucano Fernando Monteiro. Não lembro bem dos motivos pelos quais começamos a falar, mas foi antes das redes sociais, por carta mesmo.
Depois vieram outros. Baianos, alagoanos, cearenses, outros pernambucanos. Eles sorriem muito mais que o gaúcho médio e, quando estão próximos, me torno muito mais sorridente por efeito Pavlov. E me sinto bem. O baiano Franciel Cruz diz que eu sou gaúcho mas não pratico. (Gostaria de pensar que ele faz referência ao fato de eu não ser conservador e todo o pacote envolvido, mas ele certamente se refere ao fato de eu não apreciar dar o rabo).
Bem, mas o caso é que não vi ainda “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho. É curioso, ele é um cara com quem eu me daria certamente bem, porém é um tipo diferente de nordestino. Ele sorri muito pouco. É um nordestino seco, assim parece. Mas adoro seus filmes, com destaque para “O som ao redor”. Acho que ninguém faz comentários melhores sobre as relações entre classes no Brasil.
Tenho que ir ver logo o filme. Esta semana, sem falta.