Porque hoje é sábado, Sylvia Kristel

Porque hoje é sábado, Sylvia Kristel

Meus sete leitores talvez fiquem escandalizados

mas não sou um apologista do pornô chique, gênero preferencial de Sylvia Kristel.

Também não que gosto do pornô ginecológico, nem de ver bate-estacas vagino-penianos.

Na verdade, prefiro uma foto como a acima

que faz funcionar a imaginação e aquelas coisas que os meninos sentem (ou eu sinto).

Mas entendo toda a babação por Sylvia Kristel: era uma libertária.

Num gênero onde o que mais interessa é o corpo

ela sempre foi um corpo e um rosto (e bunda também)

(e pernas)

(e mamilos)

(e elegância).

Mas tenho que contar uma coisa para vocês: desde a data da morte de Sylvia,

umas 15 pessoas, homens e mulheres, me pautaram: queriam a holandesa.

Uma amiga acadêmica, dessas cheias de PhDs

acaba de entrar no Facebook para me escrever a seguinte mensagem no chat, vejam só:

eu tenho um carinho especial por ela, tinha uns 8 anos e enganei meus pais para ver 

um filme com ela, anunciado na TV para a madrugada.

Eles não queriam que eu visse, desligaram a TV durante o anúncio do filme, não o deixaram terminar,

aí esperei todo mundo dormir e fui ver.

Foi meu primeiro filme erótico, escondida, no escuro e sem som, rsrsrs …

É esse tipo de coisa que faz dela um ícone. Foi um grande símbolo da libertinagem.

Sylvia Kristel (1952-2012): Essa coisa de RIP é uma besteira. Ela não está descansando. Mas digo que gostava dela e que fico com algumas boas lembranças.

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