… porque fiquei até tarde com amigos e cheguei em casa com sono.
Fiquem com esta imagem roubada ao incansável Eduardo Lunardelli e que nos dá a ideia clara de que o ser humano é dotado não apenas de exterioridade e de interioridade como também de profundidade. É óbvio que me refiro à profundidade no sentido mais amplo e alto do termo, desprezando as noções de leitores mais simples e chãos. Assim, tudo é símbolo e metáfora de outras realidades, muito mais importantes. Pois uma montanha não é apenas montanha. Em sendo montanha, traduz majestade. O mar evoca grandiosidade; o céu estrelado, o infinito; os olhos de uma criança, a alegria da única imortalidade possível a nós; a camiseta do Grêmio, a mediocridade; a nossa, o absoluto. E se colar, colou.
Vejo/sinto a obra acima como uma Obra Aberta, conceito de Umberto Eco divulgado em obra homônima que vocês devem, evidentemente, conhecer de cabo a rabo.
Enquanto isso, em obra que também evoca outras camadas de compreensão, nossa amiga Sandra Pontes, — que mora em São Paulo — , fez questão de referir realidades superiores em seu ambiente de trabalho. Sua atitude, prenhe de filosofia e espiritualidade, foi construir a seguinte e provocadora instalação.
Trata-se de um belo trabalho artístico que merece o prestígio do seleto público sabatino deste blog. Parabéns à Sandra.