Bom dia, Zago (com os melhores lances de Inter 3 x 1 Cruzeiro)

Bom dia, Zago (com os melhores lances de Inter 3 x 1 Cruzeiro)

14 mil almas coloradas assistiram ontem no Beira-Rio à vitória do Inter por 3 x 1 contra o Cruzeiro-POA. Era um 6 de abril, data de aniversário do estádio, que completava 48 anos. Um estádio que vai bem, tanto que terça-feira recebeu Elton John e James Taylor e ontem recebeu John Lennon, o bom lateral direito do Cruzeiro.

Fui ao jogo com meu amigo Alexandre Constantino. No caminho para o estádio, falávamos sobre as maiores derrotas do Inter em casa. Fomos até os anos 70, o que comprovava nosso enorme otimismo com a atuação do time.

Vamos dar uma chance para Valdívia, que marcou um golaço | Foto: Ricardo Duarte
Vamos dar uma chance para Valdívia, que marcou um golaço | Foto: Ricardo Duarte

Zago, desta vez tu escalaste bem. Mexeste mal, mas escalaste bem. Também pudera, tiveste uma semana para pensar. Mas o Inter não jogou bem. Lento e com imensas dificuldades para armar jogadas de ataque, a coisa se arrastava até que Carlinhos cruzou para Brenner fazer 1 x 0. Antes, só tínhamos dado um chute a gol por meio de D`Alessandro.

Fizemos o segundo em jogada de esforço de William, que ia perdendo bisonhamente a bola na área adversária, mas surpreendeu dando um carrinho para recuperar a bola e cruzar para Brenner marcar.

Tranquilo, com 2 x 0, tu resolveste complicar. Tiraste Brenner — autor de dois gols — para colocar teu bruxo Roberson. E então, o que aconteceu? Pois é, saiu o gol do Cruzeiro. Gol do zagueiro Dão, que cabeceou livre na nossa área. Sabe quem o estava marcando? Pois é, Roberson. Tu mexe lá na frente e o cara vai lá atrás fazer cagada, né, Zago? Viu no que dá insistir com os parças? Roberson deve ser um bom amigo teu, talvez saiba assar churrascos fantásticos, sei lá.

Mas colocaste Valdívia, que vinha mal. E o Poko Cérebro acabou marcando um golaço libertador, em sensacional cobrança de falta. Depois do gol, demonstrando enorme equilíbrio emocional, Valdívia desfez-se em lágrimas, reclamando do desamor da torcida e dizendo que nas crises pessoais ninguém te abraça. Precisa de tratamento psicológico, claro. Tem dinheiro para tanto. Não obstante, deixo-lhe meu abraço pelo golaço. Faça outros!

Por falar em abraços, estou dando o braço a torcer para meu colega de trabalho Luís Eduardo Gomes. Ele acha que TODOS os jogadores que participaram do rebaixamento deveriam ser vendidos, trocados ou dispensados. Fiquei pensando nisso durante o jogo. Sabem quem eram os piores em campo no primeiro tempo de ontem? Sim, os dois únicos que participaram ativamente da debacle: Dourado e William. Eles pareciam constrangidos, com medo do jogo. E quem a torcida vaiou quando da apresentação do time no telão? Ernando, Andrigo (muitíssimo vaiado) e Ferrareis. E quem a torcida detesta sem dó nem piedade? Paulão, só que este está machucado, ainda bem.

A disputa com o Cruzeiro ainda está em aberto, quem foi ao jogo sabe que só o resultado foi bom. Léo Ortiz e Cuesta é uma dupla insegura e Dourado e William vou lhes contar…

Ah, Edenílson estreou muito bem.

Voltando de ônibus do jogo, ouço esta pérola, dita de um torcedor para outro: “Tu é a comprovação do nosso ensino falido, cara!”.

Devia ser mesmo.

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