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Milton Ribeiro

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In Ficções outras, Literatura, Música

Colloquium Olympicum (Fictum) ou Gould vs. Mozart

Author Milton RibeiroPosted on 27 de novembro de 201527 de novembro de 20151 Comment
Colloquium Olympicum (Fictum) ou Gould vs. Mozart
A quarta parte de um minucioso massacre, segundo alguns
O volume 4 de um minucioso massacre, segundo alguns

O excelente Vassily Genrikhovich traduziu para o blog PQP Bach o delicioso texto — obviamente ficcional — em que o alemão Michael Stegemann imagina um diálogo entre o compositor Wolfgang Amadeus Mozart e o pianista Glenn Gould, que tão deliberadamente sabotava as obras do primeiro. O texto foi incluído no encarte do relançamento dessas gravações, mais exatamente na Glenn Gould Edition de 1992. O colóquio baseia-se principalmente nas entrevistas concedidas por Gould ao documentarista Bruno Monsaingeon e nos ataques furibundos de alguns críticos (trechos citados entre aspas).

Vassily pede desculpas por eventuais derrapadas na tradução — ele escreveu que a vida é demasiado curta para se aprender alemão –, fazendo votos de que se divirtam com o texto. São igualmente os meus votos.

P.S. — Algumas ilustrações refletem o medo que Vassily tem das pedradas de vocês, meus sete leitores. 

COLLOQUIUM OLYMPICUM (FICTUM)

Dois homens numa nuvem. Um deles usa um pulôver, jaqueta de tweed, capa de inverno, cachecol de lã, boina xadrez, óculos aro de tartaruga, luvas sem dedos, calças bufantes e sapatos marrons surrados. Ele toca piano – o Andante grazioso con variazioni da Sonata em Lá maior, K. 331, de Mozart. O outro usa uma peruca com tranças, lenço franzido, casaca de brocados ricamente bordados (com a Ordem do “Cavaleiro da Espora Dourada”), calças até os joelhos, meias de seda e sapatos com fivela. Ele escuta atentamente. O primeiro deles é GLENN GOULD, o outro, WOLFGANG AMADEUS MOZART.

Essa cadeira...
Essa cadeira baixa surpreendeu Wolfgang…

GOULD: (concluindo o movimento) E…?

MOZART: (perplexo) Desculpe-me perguntar-lhe, meu amigo, mas você sempre senta tão abaixo do teclado quanto está a tocar piano?

G: Sempre.

M: E sempre nessa, er, cadeira?

G: Sempre, sim. Meu pai a fez para mim quando eu tinha vinte, vinte e um anos.

M: (cautelosamente) Mas está quebrada…

G: Eu sei. Um acidente. Um agente de aeroporto subiu nela e foi-se através do assento.

M: (sem compreender) Um agente de aeroporto…?

G: Esquece. (rapidamente e com desconforto evidente) E antes que você pergunte, eu sempre cantarolo junto com a música quando estou tocando piano. Para mim isso não é qualquer vantagem, é apenas algo inevitável que sempre me acompanhou, eu nunca consegui me livrar disso. Desculpe.

M: Não precisa se desculpar. Não me incomodou, em particular. Não isso, de qualquer maneira…

G: O quê, então?

M: (evasivamente) O instrumento que você usa soa estranho… Não é um dos fortepianos de Streicher, é?

G: É um Steinway, número de série CD 318.

M: (sem muita convicção) Aha.

G: Então, o quê, exatamente, incomodou você?

M: (hesitantemente) Bem, como deveria colocar-lhe… foi… Quero dizer, você…

G: … toquei muito devagar?

O que ninguém discute em Gould é seu talento e habilidade extremos ao piano, o bom humor, a inteligência e a irreverência
O que ninguém discute em Gould é seu talento e habilidade extremos ao piano, o bom humor, a inteligência e a irreverência

M: Bem, eu escrevi “Adagio” sobre a quinta variação, e você a tocou como “Allegro”.

G: Você quer dizer, rápido demais?

M: … enquanto o tema do Andante grazioso soou mais como um Largo, tocado por você. (quietamente) Eu quase não o reconheci.

G: (gargalhando) Você não foi o primeiro! Havia pessoas (e espero que elas ainda existam) que descreveram minha gravação como “a mais repugnante jamais feita”.

M: (sem entender) Gravação…?

G: (benevolamente) Escute, Sr. Mozart, desde que você morreu, um monte de coisas aconteceu, sobre as quais você sequer poderia imaginar. Mas, em termos de nossa conversa, eu não acho que elas sejam importantes e sugiro que as esqueçamos. Por ora, agradeceria se nos mantivéssemos no assunto; quando terminarmos, terei a maior felicidade em falar-lhe de aeroportos, gravações e por aí vai, OK?

M: “OK”, como diz você – seja lá o que signifique.

G: Beleza. Você me falava que achou a quinta variação muito rápida e o tema muito lento, correto?

M: Entre outras coisas. Mesmo com a maior boa vontade do mundo eu não sei por que você…

G: (mantendo-se em seu raciocínio) Veja bem, “de acordo com o esquema que empreguei, a penúltima variação só perde em velocidade para o finale do movimento”

M: (algo perturbado) O esquema que você empregou. Mas, sério, meu amigo, e o meu esquema?

G: (recusando-se a abandonar seu raciocínio) “A ideia por trás da interpretação era, já que o segundo movimento é mais um noturno-com-minueto do que um movimento lento” – você não negará isso – “e já que o pacote é finalizado com aquela curiosa porção de exotismo à moda serralho, estamos lidando com uma estrutura incomum, e virtualmente todas as convenções de sonata-allegro podem ser deixadas de lado”

M: Sério? (sarcasticamente) Bem, muito obrigado por explicar minha própria sonata para mim!

01

G: (algo constrangido) “Eu admito que minha realização do primeiro movimento [da Sonata K. 331] é algo idiossincrática”

M: (acidamente) Não me diga. (depois de uma curta pausa) O que meu tema fez para merecer esse tratamento?

G: (protestando cautelosamente) É um tema banal!

M: Certamente não do modo em que você o tocou!

G: Exatamente. Queria que as pessoas o escutassem e o experimentassem de um modo completamente diferente, entende? “Eu queria submetê-lo a um tipo de escrutínio em que seus elementos básicos fossem isolados uns dos outros, e a continuidade do tema, deliberadamente corroída”

M: E quando você transpõe as defesas – bum! – você explode tudo pelos ares, ahn?

G: Não, muito pelo contrário. “A ideia era que cada variação sucessiva contribuísse para a restauração daquela continuidade e, absorta nesta tarefa, fosse menos visível como um elemento ornamental, decorativo”

M: (estupefato) Como o quê? Como um “elemento decorativo”?

G: Como um “elemento ornamental, decorativo”. “Parece-me que você simplificou as coisas abusando das figurações; tem-se a impressão de que é tudo puramente arbitrário – um deleite puramente tátil que qualquer outra fórmula poderia igualmente prover”. Nada há de atraente nisso, você entende? Isso sem falar da completa ausência de qualquer interesse contrapontístico. Puro hedonismo teatral, se é que você me entende. (após uma breve pausa) Bem, diga algo.

M: Com toda honestidade, estou sem palavras. Ao ouvir você falar desse jeito, qualquer um pensaria que você não gosta de minha música…

G: (rapidamente e com veemência) Não, de modo algum! Que faz você dizer isso? Sua primeira sinfonia, por exemplo, é uma joia absoluta! Eu mesmo a regi certa vez, em 1959, no Festival de Vancouver. Ou que tal suas seis primeiras sonatas para piano? “Elas têm aquelas ‘virtudes barrocas’ – uma pureza de condução de vozes e cálculo de registro – que nunca foram igualadas em suas obras mais tardias e que as fazem as melhores da série. E ainda que ‘quando mais curta, melhor’ geralmente represente minha postura em relação a sua música, tenho que dizer que sua Sonata em Ré maior, K. 284, que é provavelmente a mais longa delas, é minha favorita”.

M: (desanimadamente) Não sei se devo me alegrar ou não…

G: (confidentemente) Sabe, Sr. Mozart, “você deveria ter congelado seu estilo quando deixou Salzburgo; se tivesse se contentado em não alterar sua linguagem musical nas trezentas e tantas obras que escreveria depois, eu estaria perfeitamente contente”.

M: (pensativamente) Você acha que Viena – como devo dizer? – corrompeu meu estilo?

G: Temo que sim, claro. “Quando gerações de ouvintes acham apropriado atribuir-lhe termos como ‘leveza’, ‘facilidade’, ‘frivolidade’, ‘galanteria’, ‘espontaneidade’, convém-nos ao menos refletir acerca dos motivos para tais atribuições – que não são necessariamente nascidas de desapreço ou de caridade”.

M: (incredulamente) Em outras palavras, nada de “Don Giovanni” e nada de “A Flauta Mágica”?

G: Não!

M: Nenhuma das minhas últimas sinfonias?

G: Enfaticamente não!

M: E presumo que nenhuma de minhas últimas sonatas, também?

G: Essas, muito menos! “Eu as acho insuportáveis” – perdoe-me dizer isso. Elas são “repletas de presunção quase teatral, e posso seguramente afirmar que, ao gravar uma peça como a Sonata em Si bemol maior, K. 570, eu o fiz sem qualquer convicção. (à parte) O mais honesto a se fazer teria sido pular essas obras, mas o ciclo tinha que ser concluído”.

M: (quietamente) E tudo que eu teria escrito se eu não tivesse…

G: (furiosamente, quase abrupto) Que disparate! Imaginemos que você… bem, digamos que você tivesse chegado aos setenta anos; você teria então morrido em 1826, um ano antes de Beethoven e dois anos antes de Schubert, pelo que, se eu pudesse extrapolar seu estilo posterior com base nas suas trezentas últimas obras, você acabaria um compositor entre Weber e Spohr. É uma especulação tão absurda quanto seria imaginar o que eu acabaria por gravar se eu não tivesse morrido aos cinquenta anos (amargamente) Deixe-me dizer uma coisa, Sr. Mozart: eu não teria gravado nada – nada mais! Aliás, eu já planejava abandonar o piano quando completasse cinquenta anos…

M: Se eu o compreendi bem, eu morri tarde demais, em vez de muito cedo…

G: Correndo o risco de exagerar: sim.

02

M: (friamente) Não preciso lhe dizer que, ao manter esse ponto de vista, você está numa minoria de… uma pessoa. Ainda que eu não me inclua entre eles (e tenho certeza de que você entenderá que, por motivos puramente pessoais, não compartilho seu ponto de vista), poderia, com toda modéstia, apontar-lhe milhares, mesmo centenas de milhares de amantes da música que…

G: Mesmo que fossem milhões, não fariam diferença. “Ainda criança, eu não conseguia entender como meus professores, e outros adultos presumivelmente sãos, contavam as suas obras entre os grandes tesouros musicais do homem ocidental. […] Acho que eu tinha em torno de treze anos quando finalmente percebi que o mundo inteiro não via as coisas como eu via. Já que jamais me teria ocorrido, por exemplo,que alguém poderia não compartilhar meu entusiasmo por um céu cinza e nublado, foi então um verdadeiro choque descobrir que havia de fato pessoas que preferiam o ensolarado. Poderia acrescentar que isso continua a ser um mistério para mim, mas essa é outra história.

M: (com pena) Acho que começo a entendê-lo, meu pobre amigo. Escute, há um médico aqui que certamente poderia curá-lo de seu entusiasmo por céus cinzas e nublados. Ele se chama Dr. Freud…

G: (às gargalhadas) Não, obrigado – recusei-me a permitir que qualquer de seus colegas se aproximasse de mim enquanto vivia. Em todo caso, minha preferência por certos fenômenos meteorológicos em particular não está de qualquer maneira conectado com minha crítica a certas inconsistências composicionais em sua música. Tome, por exemplo, o Finale Allegro grazioso de sua Sonata em Si bemol maior, K. 333, ou, para ser mais preciso, a cadenza logo antes do final do movimento. “Para mim, essa página vale o preço do ingresso”.

M: (lisonjeado) Sério?

G: (incensado) Mas como lhe deu na telha a ideia insana de escrever “Cadenza a tempo” sobre ela? “É uma cadenza, não importa o que você diga, e eu simplesmente não posso imaginar como você esperaria que alguém passasse da tônica menor (Si bemol menor) para a submediante (Sol bemol maior) sem reduzir a marcha.

M: Parece-me que, pelo que você diz, você aborda minha música pura e simplesmente dum ponto de vista harmônico.

G: Uma vez que – como já disse – ela é incapaz de despertar o menos interesse contrapontístico…

M: E que tal sua forma?

G: (desdenhosamente) Oh, você sabe, “a forma básica da sonata não me interessa lá muito – a questão de temas tônicos vigorosos e masculinos e temas dominantes femininos e delicados parece-me infestado de clichês, isso para não dizer racista. Além do que, você sabe, muitas vezes sucede o contrário – segundos temas agressivos e masculinos, e aí por diante. Quanto à sua Sonata em Si bemol maior, que mencionamos há um instante, reflita sobre a não-integração entre o primeiro e o segundo temas do seu primeiro movimento, os quais, até onde posso perceber, poderiam ser tocados em ordem reversa e ainda assim prover um contraste perfeitamente satisfatório”.

M: Bem, é certamente uma ideia interessante… e talvez nem um pouco excêntrica, ademais…

G: (exultante) Você vê! (subitamente sério) “Mas o que eu não entendo é por que você ignorou tantas oportunidades canônicas óbvias para a mão esquerda!”

M: Você desaprova os baixos de Alberti?

G: Exatamente. Aqui está, por exemplo, o Allegro moderato de sua Sonata em Dó maior, K. 330 (ele começa o movimento com o mesmo andamento frenético de sua gravação de 1970, incluída na postagem)

M: (horrorizado) Pare – é insuportável! “Rápido demais. Tocar assim ou cagar, para mim, é a mesma coisa!”

G: (rindo) Desculpe – eu me empolguei!!!

03

G: Assim fica melhor? [toca novamente o Allegro moderato da Sonata em Dó maior, K. 330, mas dessa vez adota o andamento mais lento de sua gravação de 1958]. Melhor?

M: Melhor, sim. Mas as indicações dinâmicas – o contraste entre forte e piano, ossforzandi…

G: “Culpado, meritíssimo!”. Eu nunca toco sforzandi, “já que eles representam um elemento de quase-teatralidade pelo qual minha alma puritana tem vigorosa objeção”.

M: (cautelosamente) Mas o que dizem os críticos? Quero dizer, acerca dos sforzandi que faltam e o resto…

G: (com uma gargalhada) Oh, os críticos! Deveria ler-lhe o que um desses cavalheiros escreveu sobre minha interpretação para sua Sonata em Lá maior? “É muito difícil captar o que Gould tenta provar, a não ser que o boato de que ele realmente odeia essa música seja verdadeiro. Andamentos são dolorosamente lentos, a articulação picotada e destacada viola a estrutura frasal (e muitas das indicações específicas de Mozart) […] isso tudo evoca a imagem de um moleque tremendamente precoce mas muito sacana tentando aprontar uma para seu professor de piano”.

M: (inseguro de si mesmo) E você, er, realmente odeia essa música… minha música?

G: (sinceramente) Não, Sr. Mozart. É verdade que eu a ouço, entendo e interpreto diferentemente da maior parte das pessoas, e sem dúvidas diferentemente de você, “e tenho certeza de que frequentemente você não aprovaria o que eu faço com sua música. No entanto, mesmo que seja cego, o intérprete tem que estar convicto de que está fazendo a coisa certa e que ele pode achar maneiras de interpretá-la das quais nem o próprio compositor estaria ciente”.

M: Poderia pedir-lhe para tocar-me uma de suas interpretações que você acha que eu aprovaria?

G: Que tal o Alla turca de sua Sonata em Lá maior?

M: (nervosamente) Er…

G: (com uma gargalhada) Não se preocupe, não o tornarei um Presto, quanto menos um Prestissimo. Muito pelo contrário: vou tocá-lo como um Allegretto, como você mesmo indicou (e como, acrescento, ele é raramente ouvido).

M: (com dúvidas) E também com os contrastes entre piano e forte?

G: Esses, também! (com uma gargalhada) Ainda mais porque não há sforzandi neste movimento!

M: Nota por nota, então, como eu o escrevi?

G: Nota por nota – exceto por alguns pequenos arpejos na coda, que dá ao movimento seu toque “turco”.

M: Bem, então… eu sou todo ouvidos!

04

[Michael Stegemann, 1994 – Tradução de Vassily]

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Tags: diálogo, Glenn Gould, Michael Stegemann, Mozart, Sonatas

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