Agualusa é o vencedor do International DUBLIN Literary Award com Teoria Geral do Esquecimento

Agualusa é o vencedor do International DUBLIN Literary Award com Teoria Geral do Esquecimento

Com o Publico.pt

Teoria Geral do Esquecimento, excelente romance de José Eduardo Agualusa resenhado aqui por nós, acaba de receber o International DUBLIN Literary Award, atribuído à edição em inglês do romance, A General Theory of Oblivion. 

O angolano José Eduardo Agualusa
O angolano José Eduardo Agualusa

“É uma alegria grande”, disse José Eduardo Agualusa ao Público.pt, pouco depois de ser conhecida a notícia de que é o primeiro autor de língua portuguesa a vencer um dos mais prestigiados prêmios literários mundiais. “Uma alegria por haver muito bons livros em competição, porque a atribuição é decidida pelas bibliotecas públicas, o que me parece excelente, e porque é uma forma de dar visibilidade a culturas periféricas, já que as obras escolhidas não têm de ser escritas originalmente em língua inglesa, apenas publicadas em inglês”, completou o escritor.

Criado em 1996, este é, em termos financeiros, o maior prêmio literário para uma obra de ficção publicada em língua inglesa. São cem mil euros, montante a dividir entre autor e tradutor (75 mil para o primeiro, 25 mil para o segundo) quando se trata de uma obra originalmente escrita em outro idioma.

A General Theory of Oblivion concorria com obras do escritor turco (e Nobel da Literatura) Orhan Pamuk (A Strangeness in My Mind, — Uma Sensação Estranha, no Brasil), do moçambicano Mia Couto (A Confissão da Leoa), da irlandesa Anne Enright (Man Booker Prize em 2007), com The Green Road. Dos dez finalistas – que incluíam ainda o vietnamita Viet Thanhn Nguyen (vencedor do Pulitzer em 2016 com The Sympathizer), o austríaco Robert Seethaler (A Whole Life), o norueguês Kim Leine (The Prophets of Eternal Fjord), a mexicana Valeria Luiselli (The Story of My Teeth), a nigeriana Chinelo Okparanta (Under the Udala Trees) e Hanya Yanagihara (A Little Life). Agualusa diz ter lido “apenas o livro do Mia”, de quem é amigo e a quem ligou imediatamente após a notícia da atribuição do prêmio: “Se pudesse, gostaria de ter ganhado com ele.”