Elena conta que, na União Soviética ou, mais exatamente, na Belarus onde nasceu, os bêbados saíam de madrugada dos bares e gritavam pela rua:
— POVO, DURMA TRANQUILO !
De vez em quando, eu viajo pela cidade onde Elena nasceu. Hoje, ela quase só tem amigos na cidade. Sua família emigrou depois do fim da URSS, quando a vida ficou ainda mais difícil. Esta é a praça central de Moguilióv, na Bielorrússia, cidade de 360 mil habitantes. Ao fundo, o rio Dnieper.
Este é o mosteiro de São Nicolau.
E este, à esquerda, é um Clube de Cultura. Estes Clubes eram a casa da Elena e de muitos jovens. Cada instituição ou fábrica tinha um Clube de Cultura onde os funcionários e jovens — seus filhos ou não — se reuniam, dançavam, cantavam, liam, faziam teatro, etc., tudo gratuito. Ela tocou lá. À direita, a Ratusha, local mais alto da cidade velha. É do século XVI. Antes era de madeira e incendiou. No século XVII, fizeram-na de pedra e segue-se uma longa história.
Os fundos do Teatro Dramático de Moguilióv. Aqui, só peças de teatro, nada de música.
O mesmo teatro, agora de frente.
Sua escola de segundo grau já traz um violino.
Outra parte do colégio do segundo grau.
Museu de nome impronunciável. Ela também deu concertos lá e disse que, mais de um século antes, Pushkin tomou a maior bebedeira no local.
O Monumento aos Mortos da 2ª Guerra.
Igreja de Boris e Gleb. Ela não entrava lá porque era soviética! Depois entrou. Intacta, a igreja sobreviveu à guerra.
Esta é a Elena (aos 13 anos, à direita) no dia da inauguração da praça que encabeça este post.