Eu amava Dina Sfat (1939-1989). Ela foi, primeiro que tudo, um grande rosto de atriz.
Filha de judeus poloneses, foi também uma bela, lindíssima mulher, porém
sua essência jamais obteve ser captada por câmeras fotográficas,
pois as câmeras mostram cristalizações do fugidio, figuras imóveis,
enquanto Dina só podia ser apreendida no somatório
de gestos, voz, maneiras, expressões, movimentos, charme e por um fato único
(e talvez inexplicável): Dina tinha uma presença assombrosamente sensual e sedutora.