ONU: Brasil cai e fica em 22º lugar em ranking de felicidade; a fria e ateia Noruega lidera

ONU: Brasil cai e fica em 22º lugar em ranking de felicidade; a fria e ateia Noruega lidera

Noruega

Com informações da BBC Brasil

Não tinha escapatória, né? Com os Temer e seus coxinhas indiciados no poder, o Brasil ficou ainda mais triste, agora segundo as Nações Unidas.

A liderança passou da fria Dinamarca — país com maioria ateia — para a Noruega, que é bem parecida. Uma pesquisa de 2016 revelou que 39% dos noruegueses não acreditam em Deus, contra 37% de crentes, e 23% que responderam não saber. Se Deus não os deixa mais felizes, também o sol e calor não parecem ter muita influência positiva na felicidade das pessoas. Mas isso nós, gaúchos, sabemos.

O Relatório Mundial da Felicidade de 2017 foi divulgado nesta segunda-feira (20) pela ONU. O período compreende os anos de 2014 a 2016. O Brasil caiu cinco posições e está agora no 22º lugar entre 155 países. É a segunda queda consecutiva. Na edição de 2016, referente ao período de 2013 a 2015, o país já havia caído do 16º para o 17º lugar.

O ranking de 2017 é encabeçado pela Noruega, que tirou a liderança da Dinamarca. Islândia, Suíça e Finlândia completam a lista das nações mais felizes do mundo. Portugal é o quarto país menos feliz da Europa.

Na outra ponta, as mais tristes são Ruanda, Síria, Tanzânia e Burundi. A República Centro-Africana ocupa a lanterna.

A Europa Ocidental e a América do Norte dominam o topo do ranking, com os Estados Unidos e o Reino Unido nas 14ª e 19ª posições, respectivamente.

Já países na África Subsaariana e atingidos por conflitos tiveram notas previsivelmente mais baixas. A Síria em guerra ficou no 152º lugar entre 155 países, e Iêmen e Sudão do Sul, que estão enfrentando fome iminente, estão nas 146ª e 147ª posições, respectivamente.

O Relatório Mundial da Felicidade foi divulgado para coincidir com o Dia Internacional da Felicidade da ONU.

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O levantamento é baseado em uma única pergunta simples e subjetiva feita a mais de 1 mil pessoas todos os anos em mais de 150 países: “Imagine uma escada, com degraus numerados de zero na base e dez no topo”, diz a pergunta. “O topo da escada representa a melhor vida possível para você e a base da escada representa a pior vida possível para você. Em qual degrau você acredita que está?”

O resultado médio é a nota do país – que, neste ano, variou de 7.54 (Noruega) a 2.69 (República Centro-Africana).

Mas o relatório também analisa as estatísticas para explicar por que um país é mais feliz do que o outro. Entre os dados observados, estão o desempenho da economia (medido pelo PIB per capita), apoio social, expectativa de vida, liberdade de escolha, generosidade e percepção de corrupção.

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Porque hoje é sábado, Sara Sampaio

Hoje, acordei com desejos de mamilos

Porém, quando tu, Sara, pela manhã, me perguntaste

se os palestianianos

(pois é assim que se diz em Portugal)

deveriam cultivar esperanças

olhei em teus olhos e teus lábios e decidi

que os mamilos ficariam para a próximo sábado

ao mesmo tempo que te respondia Não tenhas ilusões

porque o conflito israelo-palestiniano

(e falei corretamente para que ela soubesse que conheço nossas línguas)

está envolvido num contexto maior,

o árabe-israelense ou árabe-norteamericano, tanto faz

e que tudo isso de hoje seria um passo

no sentido da visibilidade e da dignidade

e quando teus olhos me perguntaram se isto era não ter ilusões

te respondi que o fracasso seria como água nova brotando

e mesmo que o afropresidente americano estranhamente (para nós, Sara)

queira vetar, e apesar de você, Susan Rice (desculpe por falar em tal mulher na tua presença),

qualificar tudo de um estratagema pouco sábio,

sabes?, haverá uma enorme euforia

apenas por saber que uma esmagadora maioria

está conosco, Sara.

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Gaza

Por José Saramago

A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelita, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registadas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho.

Desde o dia 9 de Dezembro os camiões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a cobardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende.

Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente actualizado.

Reproduzido de : http://www.iela.ufsc.br/?page=noticia&id=744

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