Na última sexta-feira, 13, a desgovernadora convidou os participantes do Festival de Gramado para um convescote. Ninguém foi, ou melhor, foram uns gatos pingados. Procurem alguém de alguma importância para o cinema brasileiro na foto geral da claque participante do evento (baixar aqui em alta definição — 961 KB de desprazer).
Deixo-vos de presente hoje um detalhe muito interessante da foto, na verdade um Cavalo de Troia dominical.
Prestes a afogar suas mágoas em bom espumante, Yeda Crusius pousa envolvida em corrupção, adornada pela solidariedade do arroz de festa Lya Luft.
“Cineastas” curiosamente GORDOS!
Estão, todos, mais para Michael Moores de subúrbio do que para ascéticos Antonionis magros de desejo de serem desagradavelmente cooptados para a proximidade perigosa da feiúra das “Lyedas”…
Pois é, segundo Bergman, os cineastas gordos fazem complicados movimentos de câmara por verem o mundo da grua… Mas estes só veem grua em superfaturamentos…
Milton!
Que foto!
YRC, nem aí para os fatos.
D.Lya e seu companheiro(chefão do DAER), atrás da “poderosa”.
Precisamos investigar o DAER também!
É impressionante, é impressionante. E como o DAER participa dos festins, né?
Quanto a “desgovernadora”, você certamente pode falar melhor do que eu. Agora, que de fato Lya Luft se perdeu, e já faz tempo, concordo com a critica. Rara nos dias de hoje em relação a esta senhora. abçs
Burguesas de merda!!!!
Yeda vai se safar. No Brasil, ser pessimista é ser realista: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac420281,0.htm
Mas quem confirma o que foi comentado acima? O chefão do Daer é mesmo companheiro de Lya Luft?
Acho que seria interessante retomar aquela coluna racista da escritora ariana. Afinal de contas, ela faz a cabeça de muitas mulheres maduras no Bovinão.
[]’s,
Hélio
Milton,
Essa notícia e todo o que se tem discutido nos últimos tempos (Sarney, Dilma, Marina) me lembrou de uma discussão que precisa ser feita.
Na sociedade midiatizada, o que não é veiculado na mídia corporativa, não é notícia. O ponto-de-vista que não é veiculado na mídia corporativa, ou é ridicularizado, ou é desconhecido. E aquilo que a sociedade desconhece, não lhe faz falta.
A questão nacional pode ser contada a partir de pelo menos dois vieses diferentes:
1) AGENDA DE MANUTENÇÃO DO STATUS QUO: Sarney aliado de Lula; lembranças do Mensalão lulo-petista e omissão do mensalão tucano; defesas ou ataques generalizados ao PMDB; redução do peso das conquistas sociais e econômicas e dos investimentos em infraestrutura do atual governo; não-investigação da censura midiática de Aécio em MG, da corrupção de Yeda no RS e de zilhões de processos contra o Gov. Serra na AL-SP; criminalização dos movimentos sociais; supervalorização da importância do agronegócio; preocupação excessiva com a macroeconomia; exageros quanto à violência urbana e às questões da saúde; real interesse com a sustentabilidade verifica-se predominantemente na TV por assinatura e na internet;
2) AGENDA CIDADÃ: educação, microeconomia, agricultura familiar, voluntariado, serviço social, questões pontuais comunitárias; sustentabilidade; tornar problemas do PSDB em MG, SP e RS capas de jornal e manchetes de telejornais de veiculação nacional.
O calcanhar de Aquiles do modelo político e econômico representado a partir da mídia corporativa é o seu desencaixe em relação às questões comunitárias e a quase ausência de pautas voltadas para o conservador de classe média não-conservador. Isso não é devidamente explorado na blogosfera, já que falta assistentes sociais, advogados de esquerda e médicos comunitários blogando. Ao mesmo tempo, o alcance de ambientalistas deveria ser mais pessoal e coloquial, não institucional.
Conteúdo e massa crítica existem. Porém, não se utiliza um discurso suficientemente capaz de comunicar a uma população predominantemente jovem, urbana e de classe média. O jornalismo engajado de esquerda peca pelo preconceito com a publicidade e pela minimização da importância da cultura do consumo (ou do consumismo, que seja).
Outra falha de comunicação refere-se à ignorância da esquerda em relação ao design. A estética, a funcionalidade e o branding, isto é, a gestão de marca. Não adianta apenas escrever e crer que está sendo verdadeiro e incisivo ao mesmo tempo quando a sociedade mdiatizada está totalmente envolta na cultura de “uma imagem vale mais do que mil palavras”.
Além disso, ignora-se tanto a percepção de que vivemos em um sistema aberto e auto-regulado como a consciência de que tudo funciona em rede e que nada pode ser ignorado, pois tudo interfere em tudo.
Por fim, conscientização e informação não são sinônimos de evangelização nem de complexidade discursiva: as pessoas podem, sim, aprender a participar e a ser solidárias a partir de um chamamento bem diferente do panfletário, que foi o que predominou durante a época da ditadura militar. Não é preciso ensinar filosofia, psicologia nem sociologia através da teoria e do uso de autores. A sociedade analfabeta funcional de todos os bolsos e de todos os credos não vai se mover a partir de discursos acadêmicos.
As pessoas querem discutir política, sim. Elas são sérias. E a gurizada não é “tapada”: porém, é preciso pensar que não se está comunicando para massas mas, sim, para indivíduos completamente diferentes que, quando convém, organizam-se ESPONTÂNEA e HORIZONTALMENTE, isto é, sem seguir partidos, igrejas, empresas nem um líder carismático ou político. O que interessa é ter suas demandas atendidas.
Porém, o discurso precisa ser mais irreverente e menos denso, trazendo a verdade a partir da brincadeira, do chiste, da charge, da piada. Afinal de contas, tudo o que é lúdico chama mais a atenção. E mais: o lúdico se espalha de maneira viral.
Em função dessas contradições e ignorâncias, creio que muito pouco irá mudar no RS. A crença na democracia representativa é a garantia da manutenção do poder nas mãos dos de sempre.
Acho que o cerne de toda e qualquer discussão deve privilegiar a mudança da lei e não a simples exigência do cumprimento da lei: http://www.trezentos.blog.br/?p=2193
[]’s,
Hélio