Yeda e Lya, Lya e Yeda

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Na última sexta-feira, 13, a desgovernadora convidou os participantes do Festival de Gramado para um convescote. Ninguém foi, ou melhor, foram uns gatos pingados. Procurem alguém de alguma importância para o cinema brasileiro na foto geral da claque participante do evento (baixar aqui em alta definição — 961 KB de desprazer).

Deixo-vos de presente hoje um detalhe muito interessante da foto, na verdade um Cavalo de Troia dominical.


Prestes a afogar suas mágoas em bom espumante, Yeda Crusius pousa envolvida em corrupção, adornada pela solidariedade do arroz de festa Lya Luft.

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8 comments / Add your comment below

  1. “Cineastas” curiosamente GORDOS!
    Estão, todos, mais para Michael Moores de subúrbio do que para ascéticos Antonionis magros de desejo de serem desagradavelmente cooptados para a proximidade perigosa da feiúra das “Lyedas”…

    1. Pois é, segundo Bergman, os cineastas gordos fazem complicados movimentos de câmara por verem o mundo da grua… Mas estes só veem grua em superfaturamentos…

  2. Milton!

    Que foto!
    YRC, nem aí para os fatos.
    D.Lya e seu companheiro(chefão do DAER), atrás da “poderosa”.
    Precisamos investigar o DAER também!

  3. Quanto a “desgovernadora”, você certamente pode falar melhor do que eu. Agora, que de fato Lya Luft se perdeu, e já faz tempo, concordo com a critica. Rara nos dias de hoje em relação a esta senhora. abçs

  4. Milton,

    Essa notícia e todo o que se tem discutido nos últimos tempos (Sarney, Dilma, Marina) me lembrou de uma discussão que precisa ser feita.

    Na sociedade midiatizada, o que não é veiculado na mídia corporativa, não é notícia. O ponto-de-vista que não é veiculado na mídia corporativa, ou é ridicularizado, ou é desconhecido. E aquilo que a sociedade desconhece, não lhe faz falta.

    A questão nacional pode ser contada a partir de pelo menos dois vieses diferentes:

    1) AGENDA DE MANUTENÇÃO DO STATUS QUO: Sarney aliado de Lula; lembranças do Mensalão lulo-petista e omissão do mensalão tucano; defesas ou ataques generalizados ao PMDB; redução do peso das conquistas sociais e econômicas e dos investimentos em infraestrutura do atual governo; não-investigação da censura midiática de Aécio em MG, da corrupção de Yeda no RS e de zilhões de processos contra o Gov. Serra na AL-SP; criminalização dos movimentos sociais; supervalorização da importância do agronegócio; preocupação excessiva com a macroeconomia; exageros quanto à violência urbana e às questões da saúde; real interesse com a sustentabilidade verifica-se predominantemente na TV por assinatura e na internet;

    2) AGENDA CIDADÃ: educação, microeconomia, agricultura familiar, voluntariado, serviço social, questões pontuais comunitárias; sustentabilidade; tornar problemas do PSDB em MG, SP e RS capas de jornal e manchetes de telejornais de veiculação nacional.

    O calcanhar de Aquiles do modelo político e econômico representado a partir da mídia corporativa é o seu desencaixe em relação às questões comunitárias e a quase ausência de pautas voltadas para o conservador de classe média não-conservador. Isso não é devidamente explorado na blogosfera, já que falta assistentes sociais, advogados de esquerda e médicos comunitários blogando. Ao mesmo tempo, o alcance de ambientalistas deveria ser mais pessoal e coloquial, não institucional.

    Conteúdo e massa crítica existem. Porém, não se utiliza um discurso suficientemente capaz de comunicar a uma população predominantemente jovem, urbana e de classe média. O jornalismo engajado de esquerda peca pelo preconceito com a publicidade e pela minimização da importância da cultura do consumo (ou do consumismo, que seja).

    Outra falha de comunicação refere-se à ignorância da esquerda em relação ao design. A estética, a funcionalidade e o branding, isto é, a gestão de marca. Não adianta apenas escrever e crer que está sendo verdadeiro e incisivo ao mesmo tempo quando a sociedade mdiatizada está totalmente envolta na cultura de “uma imagem vale mais do que mil palavras”.

    Além disso, ignora-se tanto a percepção de que vivemos em um sistema aberto e auto-regulado como a consciência de que tudo funciona em rede e que nada pode ser ignorado, pois tudo interfere em tudo.

    Por fim, conscientização e informação não são sinônimos de evangelização nem de complexidade discursiva: as pessoas podem, sim, aprender a participar e a ser solidárias a partir de um chamamento bem diferente do panfletário, que foi o que predominou durante a época da ditadura militar. Não é preciso ensinar filosofia, psicologia nem sociologia através da teoria e do uso de autores. A sociedade analfabeta funcional de todos os bolsos e de todos os credos não vai se mover a partir de discursos acadêmicos.

    As pessoas querem discutir política, sim. Elas são sérias. E a gurizada não é “tapada”: porém, é preciso pensar que não se está comunicando para massas mas, sim, para indivíduos completamente diferentes que, quando convém, organizam-se ESPONTÂNEA e HORIZONTALMENTE, isto é, sem seguir partidos, igrejas, empresas nem um líder carismático ou político. O que interessa é ter suas demandas atendidas.

    Porém, o discurso precisa ser mais irreverente e menos denso, trazendo a verdade a partir da brincadeira, do chiste, da charge, da piada. Afinal de contas, tudo o que é lúdico chama mais a atenção. E mais: o lúdico se espalha de maneira viral.

    Em função dessas contradições e ignorâncias, creio que muito pouco irá mudar no RS. A crença na democracia representativa é a garantia da manutenção do poder nas mãos dos de sempre.

    Acho que o cerne de toda e qualquer discussão deve privilegiar a mudança da lei e não a simples exigência do cumprimento da lei: http://www.trezentos.blog.br/?p=2193

    []’s,
    Hélio

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