Paira alguma dúvida sobre quem seria o autor desta ária. O famoso Caderno de Anna Magdalena Bach são dois, um de 1722 e outro de 1725. Os dois são presentes que Bach, seus filhos e alunos deram à segunda esposa de Johann Sebastian. Ela era uma cantora e musicista bastante talentosa e a intenção era a de que ela o utilizasse em casa, para divertir a si e à família. Em ambos, cada um deles escreveu alguma música simples, delicada e curta. Apesar da vontade que todos têm de dar sua autoria ao marido, parece que a apaixonada e severamente definitiva Bist du bei mir, do Caderno de 1725, é obra de um jovem aluno de Bach, um certo Gottfried Heinrich Stölzel. A interpretação é de Klaus Mertens, barítono, e Ton Koopman, órgão.
Ou aqui.
Porque hoje é domingo e ontem foi sábado,
porque uma Alma (perdida) flutua nestas plagas,
porque batuca o coração uma música alada, então…
SONHO DE UM CADÁVER
by Ramiro Conceição
Quando teu olhar vestiu-me, soube
que não poderia mais… despir-me;
foi tal qual um mar a batizar-me,
dando-me um verdadeiro nome.
Agora padeço de uma sina:
te perder na curva da’squina
e tornar-me o sonho de um cadáver
que dorme… quando a alma some.
“Estava lendo os poemas da Alma_ e aquela carta da irmã noticiando o suicídio, que me soou tão natural como o movimento dos lábios dos atores submetidos a uma péssima dublagem_, e digo que o Ramiro, como poeta, é bem superior! Só espero que ele abandone o cigarro para afastar quaisquer chances de posteridade.”
Se fosse mera suspeita, já estaria confirmada.
Milton,
o “Ao Mirante” está a necessitar de sua ajuda.
Este “livrinho” é demais. Mesmo tocando seus minuetos num pianão de concerto, incrivelmente soa como se fosse cravo.
Aliás, o Ton Koopman é igualzinho ao Jean-Claude Malgoire!
De passagem: você sabia que o velho patriarca Bach teve um caso com a Aninha antes de desposá-la?