A Sinfonia Nº 3 de Mahler é a que mais gosto da série. Também é a mais longa, mas não a que usa maior efetivo orquestral. Mesmo assim a orquestra é imensa, exigindo, por exemplo, as 8 trompas que dão início à Sinfonia. Apresento aqui a parte final do Finale (6º movimento: “O que me diz o amor”) com o regente da moda, o venezuelano Gustavo Dudamel. A Dudamania é um fenômeno do YouTube, mas não é demérito nenhum para o maestro, que tem enorme carisma e é excelente. A orquestra é a do La Scala de Milão. Neste excerto, fica claro o estilo de Mahler de alternar grandes massas orquestrais com rarefeitos episódios solistas. É lindo.
Mahler é o cara que você escuta e depois se dá conta de que ele mudou o seu mundo.
Para mim, sempre que vejo o Dudamel me parece que ele está regendo uma música diferente da que está sendo tocada.
Observe bem: o regente sempre está à frente do que acontece. É o que faz Dudamel.
Claro. Eu falo a respeito da intensidade. Ele anuncia um estampido e a orquestra produz um estalo.