Acho que alguns de nós, de uma forma indireta, escrevemos posts direcionando-os a determinadas pessoas que, provavelmente, o lerão. O besteirol é para ser lido por meu filho e por aqueles leitores que eu sei que os apreciam, o post de ficção vai para principalmente aquele determinado blogueiro que o lerá com extrema atenção e que comentará elogiando ou enviará um e-mail criticando (Ramiro, normalmente elogiando, ainda bem), o post sobre música vai para o pessoal do PQP Bach mais a Caminhante e a Anna, o post sobre o meu umbigo é para os amigos lerem e comentarem comigo, as resenhas vão para o Charlles, o Marcos Nunes e a Caminhante, os sobre futebol são para o Dario e o Fernando, etc. A verdade é que não apenas esqueço de muitos em minha listinha, mas que todos acabam indo para todos. É claro que o leitor-objetivo está presente em todas as áreas. Saul Bellow dizia escrever para suas mulheres, Thomas Bernhard escrevia para que seu país lesse e o odiasse mais, Clint Eastwood confessou ter feito filmes por vingança de uma só pessoa (e acabou sendo premiadíssimo), Paulo José Miranda escreveu um livro contra uma ex-mulher (e ainda solicitou que ela o revisasse…), Franz Liszt e o último Beethoven diziam escrever para o futuro. Já Fernando Monteiro diz que grande parte dos escritores atuais escrevem seus livros para um passado que, infelizmente, não pode lê-los nem comprá-los…
Já eu, aqui do meu cantinho, estava começando uma crítica simples e curta sobre um ótimo livro de Simenon e sei que a leitora-objetivo deste tipo de post era uma amiga que faleceu há dois meses. Então, ontem, eu começava, recomeçava e não encontrava o tom. Nunca tive bloqueios; sento e escrevo, analogamente ao que faço na privada e com resultados semelhantes. Eu escrevia, tentava ser inteligente, informado, sensível e bom observador porque ela era assim, porque, se eu fosse diferente, ela não daria importância. Aí, depois de algum tempo olhando para a tela, descobri: é muito mais fácil escrever dirigirindo-se a alguém. Só que este alguém me falta. “Saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu”. Pois nem isso consigo, não consigo ainda encarar a saudade. Por enquanto, o quarto ficará fechado, de pernas para o ar, até eu arranjar coragem.
Cena de The Pillow Book (O Livro de Cabeceira), de Peter Greenaway
APORIAS
Escrevemos para um outro que não sabemos,
Escrevemos para um outro que já está morto,
Escrevemos para tentar vencer a morte,
Escrevemos para nos afogarmos no porto,
Escrevemos para vencermos nossa sorte,
Escrevemos para compreender, ao menos.
Porque é na formulação de coisas que vivemos,
Porque é na compreensão do nada a resposta,
Porque a resposta nunca será completa,
Porque a vida se resume a uma total aposta,
Porque o caminho é curto e longe a meta,
Porque é para tentar saber, coisa de somenos.
Escrevemos para não morrer antes do fim
Escrevemos porque não há rosas no jardim.
Gustavo Lisboa
Belo Horizonte – MG
Não me diga que escreveste o poema APÓS o post. Eu ficaria constrangido! O post é muito incompleto.
O teu post serviu de inspiração. Saiu na hora. Vou trabalhar, é claro. Vai entrar no meu terceiro livro, talvez. Abraços
Gustavo,
gostei do poema.
Vinícius de Moraes, certa vez, ao ser perguntado por uma repórter o porquê de suas composições, largou de pronto:
– Para te comer.
Sem mais. 😉
Esta é uma motivação que nunca deve ser desconsiderada. Escreve-se porque sofremos ou desejamos intensamente alguém, claro.
Não sei se acontece com todos, mas muitas vezes escrevemos com um leitor na cabeça, talvez não existente, talvez ideal, mas muitas vezes pessoas de nossas relações, gente que certamente lerá o que escrevemos (e só elas). Noutro dia mesmo pensava que deveria, afinal, ter escrito uma carta (ou e-mail, como se diz hoje), ao meu primo Wilson, sobre assuntos de nossos diversos interesses, e até para colher material de pesquisa literária (sobre sentimentos dele, não dados históricos ou filológicos), porque ele era uma pessoa muito diferente de mim, com outros relacionamentos e interesses. Conversamos sobre isso uns três meses atrás, ficamos de nos contatar, mas… ele morreu (fora operar um tumor no cérebro, ficou na mesa de operação) um mês depois de nosso encontro casual sob uma chuva que nos deixou estacionados em um café ao lado do cinema.
Isso é o pior. Não só escrever para alguém que já morreu, mas na dívida com essa pessoa. Sua amiga não poderá ler seu texto sobre Simenon mas, posto no blog, outros leitores terão um breve contato com essa leitora de romances policiais e poderão estar, por um breve momento, mais próximos a ela, ou menos distantes, ou ainda e pelo menos colados à sua própria lembrança, valendo teu texto como um réquiem amoroso. Algo que se esfumará, como tudo, mas a efemeridade de nossas vidas é traço fundamental do humor que nossos desejos mantém em meio à tanta brevidade.
Quase caí na patetice de enviar a carta para uma caixa de correio que deve estar até ativa, mas sem leitor. Como não acredito no além, nem no além virtual, escrevo esta para dizer adeus aos meus remorsos pelo meu silêncio que não soube que estaria a ultrapassar uma morte que não pode adivinhar. Mas é um sentimento que não morrerá aqui; só mesmo quando chegar minha vez que, espero, esteja bem lá na frente (sei que não faz diferença; a vida é, afinal, só o próximo instante cumulado de outros que porventura surjam adiante).
Ao menos um pouco de compaixão merecemos, não é?
Ah, sem dúvida merecemos, Marcos.
Eu também perdi muito e curioso material familiar com o Alzheimer de minha mãe. Cheguei a lhe pedir uma espécie de narrativa ou entrevista ou gravação quando vi que ela fazia contas de somar absolutamente malucas — ela sempre fora a contabilista da casa e aquele era o primeiro sinal de que a coisa ia mal e de que ela não iria acumular consciente muitos instantes mais.
Dia desses o Simenon, que não é um de seus livros policiais, sai.
Abraço.
Esses dias respondi ao convite da Caminhante para nos falarmos por msn, dizendo a verdade, que não tenho cadastro em nenhuma dessas mídias coligativas da net. Depois temi ter sido mal educado com uma pessoa como a Fernanda que, no final das contas, ofereceria um diálogo de nível bem acima do que tenho no mundo REAL. E também tive o mesmo convite de um ex-comentarista desse blog_ com o qual estava tendo uma refrega tensa a respeito da arte solitária de escrever livros_, e acabei por oferecer a impressão de que sou um cara ao mesmo tempo retrógrado e convencido. O que quero dizer é que a net_ e não fico de todo motivado com essa constatação_, essa fonte onde se tem que beber a água, com uma sede inventada, afastando os inúmeros sapos que a contaminam, tem me trazido algum enriquecimento substancial que antes me faltava.
Da net conheci a escrita do Nunes, do Ramiro e da Fernanda, que me mandaram seus livros e pude ver o quanto as coisas andam equivocadas neste país onde os nomes nas prateleiras são outros. E…esse post me deixou emocionado, coisa que me faz acreditar que o Milton é um desses ardilosos manipuladores de emoções, no estilo do romancista Gunter Grass, que intercala matérias que se aproximam do grotesco, com outras com essa sinceridade irrestrita e desabrigada do último parágrafo do post acima que deixa as coisas demasiado claras sobre sua qualidade humana.
No romance 2666 (desculpe citar o Bolaño mais uma vez, Caminhante), há um personagem, na Parte dos Crimes, que não lê absolutamente nada por ser ateu. Se Deus não existe, por que acreditar na produção sem sentido de simples homens? E, páginas adiante_ ou páginas pregressas, como lembrar entre 900 páginas?_ uma divagação de um outro personagem constata: afinal, na última das últimas conseqüências, todos os escritores escrevem para Deus. E Adorno diz o mesmo, que os escritores, mesmo os mais enfunados num niilismo colossal, escrevem para o Deus morto. Por isso_ esse incrível alemão continua_, os livros mais valiosos, numa sociedade industrial como a nossa, serão os mimeografadas. Escrever para Deus, em certo sentido, é também escrever para ninguém. É escrever para não ser lido.
Kafka escreveu para não ser lido. O personagem mais célebre de Bellow, Herzog, escreve cartas para os vivos e os mortos, cartas caudalosas e tocantes, para depois as atirar na cesta de lixo. Quando notificaram Faulkner que havia ganho o Nobel, um reporter_ que mais tarde, ele também ganharia o prêmio_ notou a cara de fastio do escritor, que vivia a calma de sua fazenda e de sua posição privilegiada de autor para poucos. Steinbeck atribuiu a diferença na balança de seus livros, melhores os primeiros e piores os últimos, por, no começo, dispor de uma saudável cota de apenas dez mil leitores.
Ou como o vocalista dos Doors, Jim Morrison, que escreveu um dos versos mais tocantes e enigmáticos: “Em todos os poemas há lobos, menos um.” Para quem ele realmente se abriu?
Incrível como minha memória de Herzog é equivocada. Amei o livro, mas não lembro de absolutamente nada.
Agradeço o elogio pelo post e acrescento que, se Kafka é o melhor exemplo, meu JS Bach não lhe fica muito atrás. Kafka sabia que — secreta ou não — tinha sua obra. Johann Sebastian jamais teve esta noção. Certamente escrevia para o Deus morto de Adorno. E com que dedicação o fazia, chegando a Lhe enviar charadas matemáticas que só foram descobertas no século XX.
O Ramiro e o Nunes tinham de ter seus livro editados e (bem) vendidos. E a tese da Fernanda é maravilhosa. Fazer o quê?
Estou meio sem saber o que dizer diante dos comentários…
É um misto de vaidade e agradecimento…
Jamais imaginei que eu uma das leitoras a quem você dirigia os posts de música, já que raramente comento lá e sou inculta, etc (tem um post à caminho sobre isso). Escrevi a minha dissertação inteira imaginando que escrevia para o meu blog e deve ser por isso que ela é legível. Deve ser estranho perder um leitor, que você nem ao menos pode imaginar que lerá em segredo.
Os anonimos são sempre maioria nos blogs e é muito difícil fazê-los sair do seu silêncio. O que é uma pena para eles, que perder o privilégio de serem pensados na hora que um post é escrito.
[email protected] disse (09:55):
só entrei aqui pra te dizer que me arrependi de ter comentado
M i l t o n R i b e i r o disse (09:56):
comentado o quê?
[email protected] disse (09:56):
teu ultimo post
o comentário foi junto com dos outros, que foi tão emocionante… Se tivesse lido o deles, não teria escrito (ou teria feito mais tarde, com mais capricho)
M i l t o n R i b e i r o disse (09:57):
deixa eu ler
Mas é óbvio que tu é um dos objetivos do post dominical
Desde aquela sonata de Brahms
[email protected] disse (09:58):
que eu baixei, que não transformei em cd pq só tem da LG e meu aparelho não aceita
de qualquer forma, teu post foi muito bonito e meu comentario foi apressado
e há muito tempo não perco um amigo
acho que só perdi um
M i l t o n R i b e i r o disse (10:01):
Bem, o comentário do Charlles foi para ti, né?
[email protected] disse (10:01):
tbm
[email protected] disse (10:02):
eu o desestimulei a abrir um msn, foi engraçado
M i l t o n R i b e i r o disse (10:02):
hahaha
[email protected] disse (10:02):
ele pediu mil desculpas e disse que estava pensando em fazer, pq perdia muita coisa
M i l t o n R i b e i r o disse (10:02):
isso aqui pode ser bem chato e invasivo
[email protected] disse (10:02):
e eu disse – ah, não, não por nossa causa
as pessoas só falam besteira no msn
se vc abrir uma conta, descobrirá que eu e o milton somos pessoas comuns
M i l t o n R i b e i r o disse (10:03):
e offline
[email protected] disse (10:03):
pois é
eu preciso ir, estou atrasada
bjs!
M i l t o n R i b e i r o disse (10:03):
bjs
Só há uma palavra para a Caminhante (com todo respeito): deliciosa!
Todos nós somos apaixonados por ela. Um abraço, Charlles !!!!
Meninos, como vocês são exagerados. Por melhor que o meu livro seja, ele é apenas uma dissertação. Daquelas histórias fabulosas tenho apenas o mérito de ter colocado no papel, de ter ido lá entrevistar as pessoas. De nada serve ser um bom cozinheiro sem ter ingredientes de primeira (suponho. Porque sou uma porcaria na cozinha).
Mesmo com exagero, obrigada, obrigada. Vocês deixaram minha tarde mais especial hoje!
Após os comentários do Charlles e do Milton,
Caminhante, ou agora, Fernanda, teria imenso prazer também em conhecer o seu trabalho. Você poderia enviar-me uma cópia, via e-mail? Se possível, ei-lo: [email protected].
Aproveitando-me do ensejo, caso outro leitores deste Blog queiram trocar figurinhas sobre poesia ou, essencialmente, das coisa da vida, por favor, sintam-se a vontade…
Diz pelo menos o título do livro do Simenon, Milton. Esses dias li “Em caso de desgraça”, dos chamados romances duros dele. Excelente. Vale cinco Maigret dos melhores.
Eu vou comentá-lo ainda esta semana, espero. É “O Burgomestre de Furnes”, recém relançado pela L&PM. Sim, também vale 5 Maigrets.
leia o prefeito maldito
Branco
Já li. É ótimo tb.
“O Burgomestre de Furnes” foi o livro que converteu o Paulo Hecker Filho ao Simenon. Eu gosto bastante, mas dos livros duros meus preferidos ainda são “Neve suja”, “Os fantasmas do chapeleiro” (que deu um filme bem ruizinho do Chabrol) e o já citado “Em caso de desgraça”. Mas tem muitos outros.
Neve suja seria Sangue na Neve no Brasil?
Meus top são O homem que via o trem passar, O gato, Sangue na Neve e Em caso de desgraça. Mas não li tudo, imagine!
Sim, o título original é La neige était sale, A neve estava suja.
Sou fã do Simenon. Não tenho nenhuma dúvida de sua genialidade. Há um livro dele, “A Janela dos Rouet “(acho que é isso), que é thriller psicológico absurdamente bem construído (principalmente para quem produzia na velocidade dele). O Sangue na Neve, e O Homem que Via o Trem Passar, são dignos da grandeza de um Dostoiévski, sem medo de estar exagerando. Li uns trinta Maigret, embora faça uma década que não revisito o autor.
É, Neve suja é Sangue na neve, como sempre traduzido com grande imaginação. O Gato é ótimo. Dizem que é baseado no segundo casamento da mãe dele. Quando perguntaram porque tinha sido tão cruel, disse que a realidade era muito pior. Outros bons são O quarto azul e Quatro dias na vida de um pobre homem. Realmente é difícil ler tudo do Simenon, escreveu quase que uma biblioteca.
Ernani, a tradução literal do Sangue na Neve seria “A Neve está Suja”.
Opa, agora que li o título preciso do Milton…
É o que dá citar de memória…
Milton:
És um cafetão das palavras e um prostituto literário, esportivo, cinematográfico e musical.
Felizmente (ainda) estás nos dando de graça.
Cafetão, tudo bem. Mas prostituto?
:¬)))
Sim !
Ficas te mostrando e dando teus textos por aqui.
Tu esqueces que sei da tua origem: fazias “programas” para qualquer um na década de 80. Bastava pagar…
Eu era programador, gente. Calma lá!
O meu porquê para escrever creio que esteja no poema a seguir…
NASCIMENTO
by Ramiro Conceição
Na paridela do Ser-Humano,
o computador indicou, imediatamente,
“verbete inexistente”.
Mas a parturiente em dilatações gritava,
porque o renovo mudara para
uma difícil posição de nascimento.
Nesta indefinição,
o chefe da junta médica da gramática
decidiu pela metrotomia: ser……………………humano.
Mas a mãe se opôs: – Não, quero meu Ser-Humano!
(Ela compreendera, durante a gestação,
o brilho da grama d’Ática ao amanhecer).
Por fim, decidiram:
parto natural induzido.
Nasceu robusto rebento,
substantivo composto complexo:
o Ser-Humano !
A Poesia passa bem.
errata: não é “peia”, mas “pela”.
Milton se der para corrigir agradeço muito.
E olha que revisei, revisei, revisei…
bastou postar para…. um “Puta-Que-Pariu” gritar na sala…
Demorei a achar aquele peia, cheguei a pensar que tu tinhas enlouquecido.
Hahaha, excelente, Ramiro.
Tive que ir ao dicionário por obra daquela metrotomia…
Outro dia eu tava conversando com um amigo, poeta, autor de uns tantos livros publicados, algo equivalente.
O parto do poema costuma ser sempre mais doloroso, porque exige uma palavra que se instaure, se inaugure, ou reinaugure, naquele instante mesmo do poema, ou se reintroduza abrindo o horizonte duma paisagem nunca vista, e para isso não servem os óculos cor-de-rosa, mas os olhos bem abertos de quem ao mesmo tempo vê, sonha e age no sentido de uma práxis literária sem qualquer vislumbre de consumo, fama, reconhecimento, poder, cargos públicos ou editorias.
Bá, caramba, isso dá margem para uma vaidade desonesta, disse lá pro Osvaldão, que respondeu meio assim: “Melhor uma vaidade desonesta por ocultamento do que uma vaidade honesta por falsa modéstia”. Foi assim? Talvez não; mas é como eu me lembro agora.
“O parto do poema costuma ser sempre mais doloroso, porque exige uma palavra que se instaure, se inaugure, ou reinaugure, naquele instante mesmo do poema, ou se reintroduza abrindo o horizonte duma paisagem nunca vista…”
É isso, Marcos.
Por isso a razão daquele hífen, aquela ponte entre
Ser-Humano!
Não é fabuloso e ao mesmo tempo desprezível,
talvez ter nascido para ter simplesmente escrito
corretamente um hífen?…
Não é de se pensar-sentir, querido Marcos?
Muitas vezes escrevo por simples necessidade. Meus dedos simplesmente não conseguem ficar sem digitar. Na verdade, eles gostariam mesmo é de tocar cello. Outro dia entrei aqui para colher algumas dicas sobre uns hits de um dos filhos do Bach, o Carl Philipp Emanuel. Descobri depois que o que estava procurando era o The Three Cello Concerto em gravação notável do Hidemi Suzuki. Na minha infância e adolescência ouvia muito esse disco de vinil (não sei se era com o Hidemi), porque Carl Philipp é uma espécie de ponte entre Bach e Mozart ou Bach e Haydn, porque ele consegue ser barroco e clássico ao mesmo tempo, porque assim é a vida, porque assim os meus dedos gostam de digitar.
“Na verdade, eles gostariam mesmo é de tocar cello”. Caramba, os meus também! Violino tb! Mas nunca viola!
Gosto muito de violino, mas, engraçado, nunca me interessei em tocar. Não sei porquê. Tocar viola? Nunca. Outro instrumento que gostaria de tocar mas nunca toquei (em todos os sentidos) é Oboé.
Apesar de comentar muito pouco, leio todos os seus posts. Costumo deixar um comentário no “porque hoje é sábado” apenas para que você saiba que estou vivo e porque é sobre um argumento que fascina muito: mulher bonita.
Alguns posts que escrevo são endereçados, mas a maioria são sentimentos meus, ou extrapolações de conversas entreouvidas nos bares, etc. Um dia vou aprender a escrever para alguém, como fazia quando escrevia poesias ou letras de músicas (faz tanto tempo que acho sempre que estou me confundindo com outra pessoa).
Verdade… também penso que escrevemos para quem nos tem empatia. Quando começou meu interesse por blog costumava deixar longos comentários, mas levei uma bronca que me deixou um pouco inibida e passei a ser mais sucinta… incrível a pressa ou/e a preguiça de ler das pessoas!
Não me considero tão culta… há post que me escapa o entendimento e releio releio até a ficha cair… e por isso mesmo venho sempre… aprendo e agradeço!
Beijos, muitos!
Escrevo esperando que o Milton leia.
Ótimo post. Comento pouco aqui (eu que reclamo de falta de comentários no meu blog), mas estou sempre lendo. Já disse uma vez, quando crescer quero ter um blog como o do Milton Ribeiro. Abraço.