Celebridades

Curioso o post de Augusto Maurer sobre celebridades na música. Achei cômica a frase de Mick Jagger que pode ser encontrada nos links do post: “Éramos jovens, bonitos e estúpidos. Agora somos só estúpidos”.

Jagger, assim como Paul McCartney, já disse que fazer rock é a coisa mais fácil que há no mundo. E eu acredito que seja mesmo. Eles entram na categoria dos que se consideram superestimados, enquanto que os artistas “de raiz” orgulham-se de serem mais ou menos obscuros e outros têm personal networkers (fabricantes de onipresença e de factóides em escala industrial).

Muito me surpreende o interesse do Augusto sobre o assunto. Ele — que é primeiro clarinetista da OSPA e professor universitário na UFRGS — é certamente o amigo mais inteligente que tenho ao vivo e a cores. Quando com ele, tenho sempre a impressão de que ele já entendeu o que recém estou introduzindo na conversa. E que já discordou ou não. E que já concebeu do quase nada uma teoria maior e para mim inatingível a respeito. Nunca pensei que ele se interessaria por isto.

Lily Allen: a que se considera “uma bobagem”. Provavelmente é mesmo.

13 comments / Add your comment below

  1. Certamente é fácil fazer música com dois, três, no máximo oito acordes. Alguns fizeram isso a vida inteira e não viraram celebridades, enquanto outros fizeram por uns dois anos e viraram (pobre deles), enquanto alguns estão mais de trinta anos nessa e já viraram emblemas da indústria culturl, sociedade de consumo, expressão de subcultura, etc. Não importa, pois também já disse o Mick Jagger: “It’s only rock’n’roll, but i liked!”

    Até amanhã!

    1. Há tempos o Kibeloco colocou um video ótimo, mostrando que os maiores sucessos da década tinham sempre a mesma seqüência de 4 acordes. O teu comentário me deu vontade de postá-lo aqui, mas pra quê? Vocês não estão a par dos maiores sucessos da década…

      1. “Vocês não estão a par dos maiores sucessos da década…”. Não entendi. Adoro cançonetas. Mas tem um problema: não me lembro das canções da década porque julgo que, uma vez ou milhares de vezes ouvidas, a maioria absoluta delas pode e deve ser esquecida. É como trocar de namorada (o) quando se tem 15 anos. Foi bom, já fui, você é a próxima (o)?

  2. Meu cunhado me apresentou a Lily Allen, disse que é grande sucesso em Lausanne na Suiça e até mesmo no Cabaret Voltaire em Zurique. Fui correr na redenção ouvindo a Lily. Mas quando cheguei na curva do chafariz troquei para o Balanescu Quartet. Esses sim são muito bons.

  3. Falsa modéstia do Mick Jagger.

    Ser um bom compositor pop é muito difícil. Por meio de fórmulas simples, como quatro acordes, tu precisas te sobressair.

  4. Putz
    Vai ser uma asneira.
    Mas o Jair Kobe, vulgo Guri de Uruguaiana, coloca o Canto Alegretense, em qualquer coisa:
    No Hino Nacional, no Help dos Beatles, Garota de Ipanema e no Trilher do finado Michael Jackson.

    1. Só mais uma coisinha:
      O Maia não parece aquele guri que sempre quer tá junto mas ninguém atura? Mas fazer o quê? Ele insiste, acaba sendo aceito na insistência….

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