Depois que descobrimos que nossa TV pode ser um despertador, deixamo-la sempre preparada para nos acordar às 6h45. A TV, claro, mostra o último canal sintonizado, normalmente o Telecine Cult. Porém, hoje pela manhã, estava ligado na RBS TV. Foi quando noticiaram a morte do deputado Bernardo de Souza (PSB, depois PPS), um dos políticos mais dignos de nosso estado e que lutava há anos contra uma doença degenerativa.
A notícia vinha normal até o momento em que anunciaram a presença de Yeda Crusius no velório. Corte. Entra Yeda.
— Bernardo foi um homem único e especial, que escreveu a história. Só temos a agradecer que ele tenha dedicado sua vida ao bem público — disse Yeda.
Até aí tudo bem, mas então ela fez aquele olhar de louca para a câmara (contraí-me na cama) e raivosamente soltou mais uma pérola (pedrada):
— Ao contrário do que pensam alguns, foi ele quem inventou o Orçamento Participativo!
Todos sabem que o PT de Porto Alegre copiou a ideia de Bernardo de Souza, que a aplicou e desenvolveu, mas a maluca tinha que fazer o ataque, desrespeitando o velório. Sinceramente, a desgovernadora me envergonha, apesar de eu não votado nela.
Uma vez Yeda, sempre Yeda.
Se é pra acordar assim, melhor ficar com o bom e velho relógio despertador…
o celular também pode ser usado como despertador kkkkk, cruziuuuusssss
Barbaridade, quando li no twitter “acordando com yeda”, achei que fosse algo do tipo: “acordando com yeda, ao seu lado”. que pesadelo…
Milton,
confessa. Esperavas acordar num canal com uma série americana tipo Friends, não?
Branco
PS.
falando sério, também considero um desrespeito, Esse é o problema dela. Até faz e diz coisas certas, mas sempre mostra a incoveniência.
Eu, se do PT, não responderia, claro. Mas a resposta boa (e usada pelo Fogaça) seria: Viu! O que os outros fazem de bom nós usamos e melhoramos. Isto é grandeza. Ela corru o risco de ter soltado um bumerangue
Talvez haja uma maneira de programar o despertador/tevê para acessar o canal de áudio que toca música “clássica” ou “erudita”.
Haverá uma maneira de desprogramar a Yeda?
(Como governadora não vale, basta não reelegê-la)
Por outro lado, sem tirar o mérito do já saudoso Bernardo, ouvi dizer que, antes, a experiência já havia sido proposta em Lages-SC. Pouco importa. Uma coisa é certa, novidade mesmo, a Yeda Casanova patrocinou ao comprar uma casa nova em plena campanha eleitoral.
No século passado, quando a tecnologia despertante era limitada ao rádio-relógio, acordava-se com o Rogério Mendelsky informando: – Brigada Militar mata suspeito, etc.. aí ele finalizava: 1 a 0 prá nós…
É mole?
Veja o lado bom: a adrenalina da raiva te fez mandar embora o restolho de sono da noite!
Dê graças a Deus pelo fato de esse seu encontro com a desgovernada não ter se dado ao vivo, mas sim ter sido mediado pelas ilustradas câmeras da corporação mafiomidiática.
Milton, Bernardo de Souza era o homem que deixava os professores sem salário em Pelotas, na época em que meus pais davam aula naquela cidade, minha cidade natal, diga-se de passagem.
PS. 1: Meus pais sempre militaram à esquerda, estão envelhecendo, porém, não “endireitando”. Continuam daquele lado.
PS. 2: Acompanho e admiro seu blog, diariamente.
Apenas porque não suporto beatificações.
Milton:
Aproveitando este episódio lamentável, lembrei de algo que, não havia te comentado, um tanto similar ao teu caso.
Em uma manhã de sábado recente, enquanto lia o jornal, liguei a TV. Não sei se pelo frio ou pela antiguidade, mas minha TV tem um delay muito grande entre o som, que aparece instantaneamente, e a imagem, que aparece alguns (muitos) segundos depois. Coincidentemente, minha TV também estava sintonizada na RBS TV.
Enquanto continuava a ler o jornal, uma voz masculina, que me pareceu familiar, começou a invadir meu quarto. Quando finalmente a imagem apareceu, desviei o olhar para a tela da TV e então reconheci a figura impar que estava na tela. Enfim, quase terminei acordando com Milton Ribeiro. Digamos que preferiria ter acordado com minha esposa, que havia saído cedo…