Tenho a sorte de jamais ter passado fome. Não tenho preconceito contra quem já passou. Tenho a sorte de não conhecer o idiota dono deste carro. Não sou de opinião que o bolsa-família tenha sido tão decisivo, mas, se foi, tenho que respeitar quem votou com o estômago. Inclusive paranaenses e catarinenses. O incrível é que este imbecil faz dois gols contra: expõe seu preconceito e faz um elogio involuntário ao governo. Patético.
Não votam com o estômago, votam com o ESGOTO (Veja & cia.), o que é muito pior…
Eu estava no Pão de Açucar na época da eleição e um velhinho disse para a caixa:
“Esses eleitores da Dilma são todos burros. Eles não sabem votar, eles se influenciam por pouco. Só porque esse pessoal está comendo um pouco melhor…”
Mesmíssimo raciocínio. Afinal, comer bem é um direito alienável só da classe média pra cima.
Sorte a minha também.
Nessas horas eu queria ser uma formiga ou uma lesma. Não sei se as formigas e as lesmas são solidárias com a fome das suas semelhantes, é só que acho os meus semelhantes tão desprezíveis às vezes!
“Votar com o estômago” é exatamente — repito: e-xa-ta-men-te — a crítica que o Lula fazia aos programas de transferência de renda do FHC em 2002. Fanatismo emburrece.
Bravo, Rafael!
E que tal uma dose de CPMF, para aumentar o ganho dos “bolsistas” do Nordeste, comprá-los novamente e reeleger o PT em 2014?
Tu és um babaca mesmo mesmo não é magricela?
15 meses depois, mesmo tempo de meu “pitaco”, percebe-se que o “estômago” é apenas um lado da moeda. Os aeroportos se tornando “rodoviárias” é outro termômetro. Os comerciantes norte-americanos, mormente os de Nova York e da Flórida, rindo à toa, diante do grande incremento nas vendas – com milhões de brasileiros pululando aqui e alí, nos “States” – é outro. Obama que o diga: quer até escancarar as portas pros tupiniquins! Na Europa também tem-se ouvido, com irritante frequência, um certo idioma latino. E as estradas nacionais? Já não se consegue transitar por elas! Meu automóvel que tanto gosto de usar em minhas viagens, mal consegue rodar: outro termômetro. E que tais. Alguma coisa está mudando na Sexta Economia do planeta, apesar, é verdade, do ainda débil IDH, que precisa de um reforço. Assim, será que foi somente o “estômago” que elegeu nossa Presidenta? Pelo que se vê …!