Ferreira Gullar, uma triste figura no Roda Viva

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Ferreira Gullar foi o entrevistado de ontem no Roda Viva. O programa, agora capitaneado por Marília Gabriela, é parecido com o Manhattan Connection, ou seja, parece uma sucursal televisiva da Veja. Gullar, aos 80, é ainda uma figura sedutora, fluente, de ar jovial, com a qual é complicado não estabelecer imediatamente empatia.

Além disso, também não sou indiferente a sua poesia. Como tenho 53 anos, pude comprar a primeira edição do Poema Sujo e também a primeira versão do Toda Poesia, onde havia por inteiro toda sua obra poética de antes dos anos 80. Li aquilo com devoção. Gullar era um de meus deuses por suas qualidades de poeta e não pretendo atacar o que considero inatacável. Após Barulhos (1988?, 87?), começou a decadência. O homem ficou cada vez mais crítico de arte e menos poeta.

É óbvio que tenho vontade de ligar seu direitismo tardio à decadência da poesia. Acho que há ligações mesmo, pois quem se une à direita mais truculenta (Augusto Nunes e amigos), dificilmente terá uma produção que faça sombra ao ex-Gullar, atual José Ribamar Ferreira, simplesmente. Porém, também sei que há Pound e Céline com seus Mussolini e Hitler e que Augusto Nunes não poderia comparar-se a estes, pois está abaixo em realizações — não consegue nem obter votos para o Serra, imaginem.

Então, minha afirmativa de ontem no twitter de que “Ferreira Gullar preservou pouca coisa daquilo que o levou a ser Ferreira Gullar” é baseada não apenas numa posição política, mas numa sensilidade de leitor. Principalmente depois de Muitas vozes, mas já clara em O Formigueiro (acho que é este o nome do livro do início dos anos 90), o poeta já tinha abandonado o barco para dar lugar a um bom crítico de arte.

Então, fiquei realmente deprimido ao ouvir a multidão de lugares comuns do programa de ontem. Fui dormir cedo para esquecer.

P.S. — Ah, eu sempre brincava com meus amigos dizendo que eu cantara em casa O Trenzinho do Caipira de Villa-Lobos com a letra de Gullar antes do Edu Lobo gravar a música. E era verdade! A letra está no Poema Sujo com uma ordem mais ou menos assim: leia os versos a seguir cantando sobre a melodia do Trenzinho Caipira das Bachianas Brasileiras Nº 2. Este é um de meus orgulhos mais bobos da juventude…

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28 comments / Add your comment below

  1. Oi, Milton.

    (In)felizmente não assisti ontem ao Gullar no Roda Viva. Assino embaixo de muito do que vc escreveu. Só não acho que o Ferreira Gullar crítico de arte seja possível de ser salvo na sua produção recente. Os livros “engajados”, como “Vanguarda e subdesenvolvimento” vá lá; mas depois que ele começou a flertar com a direita mais reacionária, houve uma guinada à la Affonso Romano Sant’Anna na obra dele que é de apavorar. Sobretudo as intervenções críticas sobre a bienal de SP: de um desconhecimento e de um preconceito gritantes…

  2. O problema da entrevista de ontem foram os entrevistadores, pouco preparados. Eles são bons para questionar economistas, políticos e etc. Na arte, não entendem nada, como a maioria intelectual do povo brasileiro. Pouco preparados, fizeram um papelão e por pouco não ouviram um cala-boca de Gullar.

  3. Os hipócritas governantes dos estados Unidos, baseiam seu poder em intervenções militares pelo mundo, sempre sob a bandeira da “democracia”, ou seja, é a principal desculpa que se utilizam para roubar e saquear (no código Penal Brasileiro, é tipificado como Latrocínio, só que em grande escala, o que caracteriza Genocídio), os países que não se alinham aos seus interesses econômicos e ao mesmo tempo possuem vastas riquezas minerais em especial o petróleo, como é o caso do Iraque e Afeganistão.
    Só que não se utilizam do mesmo critério ao tratar os países que são seus parceiros econômicos, como é o caso do Bahrein, Arábia Saudita, que são tratados como se não fossem autocracias ou ditaduras e sim “Democracias”, não sofrendo por parte dos EUA e seus aliados, diga-se União Européia, quaisquer tipos de sanções como sofrem, por exemplo, o Irã, Venezuela e Cuba
    Qual o verdadeiro conceito de Democracia para os EUA?
    Para eles não passa de mero ponto de vista, desde que os países que atendam seus interesses econômicos, em especial os países do terceiro mundo, então com certeza esses países serão considerados “Democracias”, desde que sirvam ao capital norte americano com suas riquezas naturais e sua subserviência.
    A maior riqueza do Oriente Médio é o petróleo, matéria prima essencial na movimentação da indústria capitalista yankee, portanto, está aí à verdadeira explicação para tanta preocupação norte-americana em promover mais uma ocupação humanitária, justificando assim a sua vasta presença militar nesta região.

    Pediria a gentileza do responsável por este blog, que se achar interessante colocar meu blog como colaborador, deste blog que tanto admiro.
    Convido também a todos a conhecerem meu blog que é um blog voltado para a política e contra qualquer tipo de imperialismo e neoliberalismo, além de falar de cultura, esporte e variedades.
    http://ericksilveira.blogspot.com/

  4. Tenho horror, por gente truculenta, e o sr. Gullar faz parte de um grupo de intelectuais, que representa essa nova direita fascista. Não consigo separar o poeta, com o cidadão, é a mesma pessoa.

  5. BÁ, outro dia peguei pelo meio um roda viva em q a Marília Gabriela queria convencer o entrevistado (talvez um ministro, não me lembro agora) de q por trás de um poder tinha um fetiche… uma bosta como não sei descrever agora, mas ela fez uma pergunta com um apelo sexual q ficou subentendido e não gostou q a resposta, q era pessoal, não concordava… aí ficou insistindo na pergunta, tentando mudar a resposta do cara. tremendamente ridículo, ficou até chato.

    por outro lado, vi uma entrevista daquelas frente a frente, dela com o lobão. ótima. mas tbm, às vezes o entrevistado é um prato cheio.

  6. Bem, se alguém se banquetear com camarão, caviar, trufas, arroz selvagem e um vinho de “quinhentos contos” cagará uma bela bosta… com biografia.

  7. Essa (ou esse?) Ary nem manjando caviar, scargot, camarão, ensopado, conseguirá cagar (ele próprio é uma bosta ambulante; o chato é que parece se daqueles clorisformes fecais idênticos aoscoelhos (se reproduz diaria e ferozmente.

    Esse Ary (será o Tolete ou o Toledo), deve ser o tipo que fala cuspindo perdigotos nas faces alheias… E sua biografia se resume, na mais caridosa das hipóteses, a um prato de bile, recheado de vômito.

    É o típico esquerzóide que tem orgasmos com Fidel…
    kkkkkkk

    Quanto ao post, uma nulidade total. Julgar um poeta que – literalmente- pôs no ralo sua própria vida em função dessa desinteria que se chama convicção política, no caso a a infecção intestinal atende pelo nome de comunismo Um cara que combatia, que perdeu o filho, a mulher morreu cedo, o outro filho pirou…

    Pra que?

    Pra ver que essa merda que esse chama esquerda provar que é uma merda mesmo, tão nojenta quanto a direita?

    E ainda somos obrigados a ler esses artigos e os comentários de uma gente iletrada, babaca, e que pensa ainda viver nos anos 60, cujo maniqueísmo ainda poderia ser alimentado por interessantes discussões intelectuais.

    O Brasil virou a sucursal da Veja e seus subterrâneos são ocupados por ratazanas escrotas como Zé Dirceu.

    Kassab é de esquerda?
    Sarney?
    kkkkkkkkkkkkkkk

    Limpem suas bocas imundas para falar de um poeta como Ferreira Gullar.

    1. Eu tenho convicção de que quando uma pessoa perde o controle passa a falar mais de si do que do ofendido.

      Um abraço, João Silvério. Vou ali na esquina ter um orgasmo com Fidel…

  8. Ok, Milton Ribeiro.
    Boa sorte.
    Cuidado com o paredon. Lá existem as ruas tutóias também…
    O que me dizes?
    Comovido?

    E cuidado com o racionamento, as filas, a falta de saneamento, de médicos, a traição e etc….
    Agora, se V.Sª for um dos eleitos…
    Aí a Dacha está garantida…

    1. Quando leio alguém falando sobre comunismo, fico pensando que o sujeito foi congelado, ou entrou em coma, nos anos 50 e acordou de repente no Sec XXI. Claro que eu estou errado e deve ter alguma explicação lógica para esse tipo de mentalidade, que não passe por uma internação em hospital psiquiátrico e medicação com Aldol.
      Uma vez eu rebati, em meio virtual, uma demagogia barata sobre porte de arma de policiais, que era apresentado como um favor a ser disponibilizado por projeto de lei de um deputado. Escrevi uma resposta dizendo que policiais tem o dever funcional, sob pena de punição administrativa, de portar arma de fogo compatível com a função e que, se o deputado pretendia conceder algum benefício aos policiais devia, em primeiro lugar, revogar o monopólio concedido a Taurus e a Imbel. Considerei que a maioria dos policiais não exerceria o direito de comprar uma arma melhor que a fornecida pelo estado, pois são poucos os que se preocupam com esse tipo de coisa, visto que policiais por vocação são minoria. Uma das respostas que eu recebi dizia que os policias não gostam de armas em razão da doutrinação conduzida pelas “forças esquerdistas internacionais” (?!?!?!). Desisti de argumentar com esse tipo de maluco.

  9. Calma, calma, Milton…
    a poesia anda a dizer…

    JARDIM DOS CASTANHOS
    by Ramiro Conceição

    Não tenho casa,
    porque a tenho
    sob os cabelos.

    Meu jardim dos castanhos
    será o que verei, vejo e vi:
    uma celebração do existir.

    Assim, quando vier o medo
    em que o senhor é o escuro
    da certeza de que – se é só,

    uma alegria terei de dizer, ao olhar ao lado:
    “Obrigado, por te amar até o dia que findará
    pela falta de sorte, que será a nossa morte.”

  10. Milton, já posso dizer que li algo do Moacyr Scliar.


    Milton e o concorrente

    Mílton ainda não abriu a sua loja, mas o concorrente já abriu a dele; e já está anunciando, já está vendendo, já está liquidando a preços abaixo do custo. Mílton ainda está na cama, ao lado da amante, desta mulher ilegítima, que nem bonita é, nem simpática; o concorrente já está de pé, alerta, atrás do balcão.

    A esposa — fiel companheira de tantos anos — está ao seu lado, alerta também. Mílton ainda não fez o desjejum (desjejum? Um cigarro, um pouco de vinho, isto é desjejum?) — o concorrente já tomou suco de laranja, já comeu ovo, torrada, queijo, já sorveu uma grande xícara de café com leite. Já está nutrido.

    Mílton ainda está nu, o concorrente já se apresenta elegantemente vestido. Mílton mal abriu os olhos, o concorrente já leu os jornais da manhã, já está a par das cotações da bolsa e das tendências do mercado. Mílton ainda não disse uma palavra, o concorrente já falou com clientes, com figurões da política, com o fiscal amigo, com os fornecedores.

    Mílton ainda está no subúrbio; o concorrente, vencendo todos os problemas do trânsito, já chegou ao centro da cidade, já está solidamente instalado no seu prédio próprio. Mílton ainda não sabe se o dia é chuvoso, ou de sol, o concorrente já está seguramente informado de que vão subir os preços dos artigos de couro. Mílton ainda não viu os filhos (sem falar da esposa, de quem está separado); o concorrente já criou as filhas, já formou-as em Direito e Química, já as casou, já tem netos.

    Milton ainda não começou a viver.

    O concorrente já está sentindo uma dor no peito, já está caindo sobre o balcão, já está estertorando, os olhos arregalados — já está morrendo, enfim.”

    Retirado do blog da professora Rachel Nunes:

    http://rachelsnunes.blogspot.com/2011/03/um-conto-de-moacyr-scliar.html#comments

  11. Milton, mudando de assunto, li essa semana um romance de Bohumil Hrabal chamado Uma Solidão Ruidosa, e ele me causou uma impressão um tanto parecida com a que me causou Uma Confraria de Tolos e O Processo. Se já o leste, me diga, foi só comigo?

    Abraço.

    1. Li um livro de Hrabal… Algo como “Eu servi o Rei da Inglaterra”. Gostei muito, mas desconheço a tal Solidão Ruidosa.

      Mas me interessou, imagina se não!

  12. E aí, Miton, como foi o papo com Dom Fidel de La Mancha?
    Muitas Regalias, ou foste colocado feito gado espremido, em quitinetes, ao lados dos comuns?

    E o povo, como anda?
    Satisfeito?

    Ah, o povo e os intelectualóides de esquerda ou de direito ou do centro.
    Sempre a um passo em falso?

    Conte-nos, nobre jornalista.

    Ps – Enquanto isso, imagino o decadente Gullar, difamado, pré-julgado, só porque não é do PT…GRANDE MERDA SER DO PT… Aliás grande MERDA SER DE QUALQUER PARTIDO, NESTE IMENSO E MISERÁVEL PAÍS.
    Perco meu tempo em homenagem
    a Gullar.
    E taí, Milton, sua audiênia garantida.

  13. Sou leigo em poesia, mas se o homem inventou Deus para que o mesmo o criasse com diz Gullar, então Gullar deve ter inventado a diarreia para que a mesma o criasse.

  14. Acho que há, sim, uma conexão entre a decadência da poesia de Ferreira Gullar e seu ingresso na direita. Porque ambos os fatos têm a ver com o dar de ombros que o artista dedicou à ética. Já cansei de ler o sujeito usar o caso Celso Daniel como argumento para suas teses, e a verdade é que eu, assessor do Celso à época de sua morte, nunca, jamais recebi um mísero telefonema de Gullar ou de alguém que trabalhasse com ele para checar a menor informação. E, no entanto, ele baseava suas teses em informações que hoje se sabem furadas – e que à época qualquer um minimamente conectado com o procedimento da imprensa também as saberia.
    Um homem sem uma ética minimamente pessoal solta argumentos, e mesmo ofensas, cuja única função é destruir coisas. Um poeta sem ética produz poesia medíocre. Os dois são Ferreira Gullar.
    Mas devo discordar de você, Milton, num ponto. Entendo que o Poema Sujo tenha representado frescor e impacto à época. Mas o tempo é o melhor juiz da história. À luz de hoje, embora valioso documento histórico, o Poema Sujo denuncia que a capacidade poética de Ferreira Gullar é limitada. Sabemos que grandes artistas primeiro conhecem o básico, depois inovam. Picasso, Matisse, Monet eram excelentes figurativistas. Stravinski saberia compor à maneira de Bach (embora não, talvez, com o mesmo talento). Da mesma maneira, bons poetas têm de saber fazer a escansão antes de apelar para o verso livre – Borges, só para citar um direitista, já dizia que este é mais difícil do que aquele. Ferreira Gullar depõe contra si, ele parece não ter aprendido o básico antes de ingressar na inovação – e, cá entre nós, que inovação?
    Sua recente briga contra Décio Pignatari denuncia um homem rancoroso e perdido no tempo. O fato de, neste momento, o mundinho brasileiro – aqueles mesmos que frequentam as páginas da Revista Caras – estar fossilizando-o como um grande em nossa História diz tanto sobre Gullar quanto sobre o tempo que vivemos. Abraços

  15. Alexandre Almeida é leigo em poesia; no entanto, não é leigo em assuntos intestinais. É a própria diarreia opinando.

    Já a opinião – em que pese equivocada – do Léo Bueno, merece respeito.

    Não há correlação alguma entre uma inexistente decadência da poética de Gullar com sua inexistente adesão à direita.
    O que ocorreu – parece-me – foi o descontentamento dele – após anos de luta – com a esquerda.

    Esquerda (?)…
    Esquerda vendida, escrota e outrora (seria só outrora?) capitaneada por uma falange. Hoje respondem a inúmeros processos; atacam a imprensa que antes bajulavam, são fisiologistas de primeira linha.

    Aprenderam bem a lição com a Direita, qual seja: clientelismo, assistencialismo, corrupção e demagogia.

    Quem realmente entende de literatura, deve dar boas risadas com alguns comentários aqui.

    E escolheram Gullar, tão-somente porque ele não reza da mesma cartilha infame dos atuais donos do Poder. Meu Deus, eis o critério para afundar a reputação literária de um grande poeta…

    Os atuais donos do Poder…
    São putridos iguais aos antigos. Aliás, os antigos estão aí, lado a lado com o digno PT: Sarney ett caterva, Temer e sei lá mais quem…
    “Ah, mas como vamos governar sem eles?”
    Perguntam de plano, tentando justificar-se.

    kkkkkk, sei lá, bando de ratazanas. Virem-se.
    Palloci voltou. Seja bemvindo.
    Cade o Dirceu?
    Sumiu?

  16. Sim, Léo Bueno. O Poema Sujo é cem mil vezes, infinitamente mais valioso, como instrumento poético do que essas diatribes políticas.

    É simples.
    Mas a maioria confunde suas próprias regalias, quando confrontadas, com algo inteiramente diverso do mérito.

    Que se diga que o Poema Sujo é fraco, a título de gosto pessoal; que não detém o ritmo necessário para um poema longo, e etc.

    Mas fazer correlações entre essa obra-prima da poesia brasileira com a bile das entranhas políticas é demais…

    Perode-me, mas é uma prova de indigência cultural, no mínimo.

  17. Sobre a Morte de Celso Daniel, abstenho-me de comentar.
    Não sou juiz. Nem sou carrasco da desgraça alheia.
    Até hoje queremos saber as razões desse crime.
    E não sabemos.
    E – acho, infeizmente – que jamais saberemos.

  18. Anos e anos e vocês ainda não compreenderam a real mudança (ou ‘décandence’, pra lembrar o termo que é primeiramente um problema nietzschiano) do Ferreira Gullar. Não estou julgando o texto nem a linha de pensamento de quem o escreveu, mas vos digo: essa ‘decadência’ que vocês apontam é apenas uma (mínima e descartável), quando, na verdade, há uma outra décadence no poeta. Essa sim vocês deviam perceber. Mas, enquanto os senhores se prestarem a debater política ou direitismo, acho pouco provável compreender o macrocosmo da coisa em questão.

  19. Lula cruza os braços e é responsável pela morte de dissidentes cubanos torturados e presos.

    Olhaí a poesia do Milton Ribeiro.

    Dilma passa a mão na cabeça do Sarney, cujas estripulias levam milhões à fome no Brasil.

    Veja como o Milton Ribeiro é bonzinho, humanitário, ético, lírico e descolado.

  20. Não assisti ao programa mencionado por Milton Ribeiro, mas aproveito a oportunidade para dizer que o Ferreira Gullar, um poeta e homem engajado que admirava muitíssimo, me decepcionou como ser humano ao se mostrar favorável à internação psiquiátrica como terapêutica de tratamento das pessoas portadoras de transtorno mental. Nessa esteira deve defender também choque insulínico, eletrochoque, psicocirurgias deformantes, etc., pois está provado em diversos artigos, livros e outras publicações que o isolamento promovido pela internação psiquiátrico só agrava os transtornos mentais, além de transformar o doente num ser sem vontade excluído pela sociedade. Francamente, Sr. Grullar

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