Nascida em Veneza, Barbara foi adotada e batizada pela família Strozzi. Provavelmente foi filha “ilegítima” de Giulio Strozzi e Isabella Garzon. Giulio incentivou o talento da filha, até criando uma academia onde Barbara pudesse aprender e apresentar-se. Ele parecia estar interessado em expor seu considerável talento vocal para um público mais amplo. No entanto, a cantora logo substituída pela compositora e seu pai conseguiu que ela estudasse com o compositor Francesco Cavalli.
Por outo lado, é bastante crível que Strozzi possa ter sido uma prostituta. Ou quem sabe era apenas alvo de calúnias por parte de contemporâneos do sexo masculino? Ela nunca casou, mas sua vida amorosa foi movimentada. Há evidências de que pelo menos três de seus quatro filhos tinham por pai o mesmo homem, Giovanni Paolo Vidman, o que seria estranho para uma prostituta. Após a morte de Vidman é provável que Strozzi se sustentasse por meio de seus dotes físicos, por suas composições ou quaisquer expedientes. Ela, aparentemente, não deixou nada para seus filhos.
Strozzi morreu em Pádua em 1677 e há indícios de ter sido enterrada em Eremitani. Quando ela morreu, sem deixar testamento, seu filho Giulio Pietro reivindicou sua inexistente herança.
Há CDs brilhantes de composições de Barbara Strozzi. E há ao menos um livro traduzido que analisa seus Lamenti: Safo Novella – Uma Poética do Abandono nos Lamentos de Barbara Strozzi., Veneza 1619-1677. Este livro inclui um CD e traz análises das composições de Strozzi, além de um perfil das mulheres da Veneza da época e de reproduzir textos originais e traduzidos.
Quase três quartos das suas obras impressas foram peças vocais escritas para soprano, mas ela também publicou obras para outras vozes. Strozzi efetivamente evoca o espírito de Cavalli, herdeiro de Monteverdi. No entanto, seu estilo é mais lírico e mais dependente dos cantores. Muitos dos textos de suas peças iniciais foram escritos por seu pai, Giulio. Mais tarde, os textos foram escritos por amigos de seu pai.
Neste 8 de março, homenageio a grande Barbara Strozzi, modelo de mulher talentosa e lutadora. Brilhante compositora , cantora, poeta e, talvez, prostituta.
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E alguém conhece o livro? Tem o atestado de qualidade?
Eu não li, Lucas.
“Vida amorosa movimentada” é diferente de “prostituição”. Se, hoje, em certos meios sociais, qualquer mulher que tenha uma vida sexualmente “movimentada”, é, no mais das vezes, tachada de “prostituta”, “galinha”, e que tais, imagine naquela época! Então, tal comportamento sexualmente libertário seria um escândalo! Não creio que uma mulher com mente tão fecunda tenha sido uma “prostituta”, aqui considerando a prostituição como a venda do prórprio corpo, como uma degradação.
Ok, OK, mas as fontes que li falavam especificamente em prostituição.