Maria, na foto abaixo, pareces estar no confessionário…
Já eu, venho aqui confessar meu medo
O medo de que tu jamais voltasses
a disputar uma final de Grand Slam
Sentimos tua falta
— e como! — porém hoje pela manhã
voltas a disputar uma final em Wimbledon
após sete anos de ausência
Maria,
a Kvitova não ousará te vencer
Quando todos aqueles que amam as mulheres e suas formas
te verem entrando cheia de graça na quadra
a torcida será tua — e mesmo teu gritos insuportáveis
soarão como orquestrações de Rimsky-Korsakov
como contos de Tchékhov
como filmes de Tarkovsky
e, como ratinhos de Palov,
te perseguiremos com os olhos
no aguardo de tua felicidade.
Мария, я люблю тебя.
Sozinha, em casa, numa madrugada fria, eu merecia algo bem melhor que a Sharapova. Milton, decepcionaste-me. Bem que eu queria o Feliciano Lopez no lugar dessa loira.
Mesmo assim, bom fim de semana!
Regina.
Ainda bem que o meu blog não aceita mais comentários… É horrível pensar que alguém nos atribui uma decepção tão facilmente.
Não Deu. A tcheca venceu não foi difícil.
As tchecas sempre são melhores ….
A tcheca ganhar de Sharapova são excessos onomatopaicos.
Nada de Wimbledon.
Maria ganhou seu dia, encantando-nos no PHES!
Porque hoje é sábado, então…
CONTA DE LUZ
by Ramiro Conceição
Somos punitivos.
Não, educativos.
Se não se pagar a conta de luz,
o corte não se dará na segunda,
na terça, na quarta ou na quinta-feira
mas sempre numa maldita sexta-feira.
O escarro do recado é o seguinte:
o fundamental é passar às cegas
o sábado e certamente o domingo;
o importante não é a solução do problema
mas a humilhação do olhar, na falta de luz.
Ouriçados, cacarejam os urubus de plantão:
– Por que não botou no débito automático?
– Por que, por três meses, você não pagou?
Por esquecimento e, efetivamente, por desleixo.
– Então vai se fodê; toma no cu a sua escuridão.
Mas… e se eu não tivesse conta no banco,
ou se eu fosse um desempregado? Aliás,
quem vai me pagar a geladeira queimada
naquela sobrecarga?
– Vá se fodê, poeta!
– Vá chiar no Procon!
Quem vai pagar a vida daquele velho que,
de síncope, morreu quando parou o elevador?
E aquela mulher, em coma, quem vai pagar,
porque findou a luz no hospital, sem gerador?
Quem vai indenizar o motociclista paraplégico
que, no cruzamento, se acidentou no sinaleiro?
– Vá se fodê, poeta!
– Não enche o saco!
Vão se fodê, vocês!
Na segunda – pago a conta!
Milton e seu indefectível decote, digo, bom gosto…
Saudades.
Beijos
Ela é humana! Ela perdeu e me fez acreditar que realmente existe. 🙂
Caro Milton,
Agradeço a publicação do texto “Mulher não precisa trabalhar” no Sul21. Vou aproveitar o feriado municipal e fazer um churrasco em agradecimento.
Ops!
Shirley uma pinoia!
Ficou memorizada a “Shirley” do comentário no post da Marina e do Eduardo. 😀
O Milton pode não acreditar em Deus, mas em Deusas ele acredita, hein…