Volto quarta, tá? Bom Carnaval a todos. O Porque Hoje é Sábado? Ah, no sábado vai haver umas mulheres desnudas na minha matéria alusiva à data no Sul21. Mas lá o esquema é mais família, mais sério. Pero no mucho, né? Vá lá e confira.
Volto quarta, tá? Bom Carnaval a todos. O Porque Hoje é Sábado? Ah, no sábado vai haver umas mulheres desnudas na minha matéria alusiva à data no Sul21. Mas lá o esquema é mais família, mais sério. Pero no mucho, né? Vá lá e confira.
Espero que você leve a quantidade de preservativos suficientes.
Mas é um alívio saber que Goiás não tem praia. Tô mais descontraído.
Que inveja!
Os meus viajaram. Estou aqui perdido, solitário, mais preocupado que meus orientandos, corrigindo dois mestrados para defesa em Março. O que me salva é que estou, concomitantemente, a fazer poesia… Por paradoxal que pareça.
ALEATÓRIO
by Ramiro Conceição
Se da lama evoluiu a alma,
num jogo aleatório de tramas,
então por que da incerteza bruta
não virá a delicadeza… culta?
COMO?
by Ramiro Conceição
Hoje,
antes de viajar,
meu filhinho
de três anos,
mostrou-me que
sabia fazer cocô
no vaso…
Agora estou aqui…
Ele viajou…
Como se faz cocô?
Ramiro, tua poesia é muito boa! Continue nos brindando. Um abraço. Já que não sou poeta, vou publicar uma poesia do grande e verdaeiramente imortal, Mário Quintana.
A criação da Xoxota
Mario Quintana
Sete bons homens de fino saber
Criaram a xoxota, como pode se ver:
Chegando na frente, veio um açougueiro,
Com faca afiada deu talho certeiro.
Um bom marceneiro, com dedicação,
Fez furo no centro com malho e formão.
Em terceiro o alfaiate, capaz e moderno,
Forrou com veludo o lado interno.
Um bom caçador, chegando na hora,
Forrou com raposa, a parte de fora.
Em quinto chegou, sagaz pescador,
Esfregando um peixe, deu-lhe o odor.
Em sexto, o bom padre da igreja daqui,
Benzeu-a dizendo: ‘É só pra xixi!’.
Por fim o marujo, zarolho e perneta,
Chupou-a, fodeu-a e chamou-a…
Buceta!
Ary, acho que essa poesia não é do Mário Quintana. Eu já li isso em outro lugar, e era uma coletânea de poemas eróticos de caras como Gregório de Matos, Castro Alves, etc.
Na Internet consta como sendo do Mário. Em todo o caso…
Ary, duas observações:
1) a primeira, uma errata: no poema “Como?” há um erro de pontuação, separei o sujeito do verbo.
2) quanto ao poema de Quintana: desconhecia-o. Consultei a rede e, realmemente, ele aparece como sendo de Quintana. Contudo, por amar profundamente o poeta, me parece difícil tal autoria. Há uma salutar ironia nos versos, mas pareceu-me um pouco machista, grosseiro, não encontro a palavra exata; é muito difícil, para mim, acreditar que, um dos tradutores de Proust, escreveu aqueles versos associados ao pescador, pois a dita-cuja, quando amada, na verdade, tem o odor e o sabor dos mares, você não acha, Ary? Portanto, se for verdade a autoria, creio que foi um deslize do poeta. Afinal, todo escritor tem seus deslizes, não é?
Em tempo ainda:
nessas coisas sobre uma específica literatura, e o autor dela, deve-se ter extremíssimo cuidado.
Não sei o contexto no qual Quintana escreveu, ou disse, ou ficou registrado, o mencionado poema. Talvez, à epoca de tal escritura, Quintana quizesse reagir contra o lirismo falso da poesia. Talvez quisesse escrever versos realistas contra uma moral hipócrita que imperava, e impera, no Brasil. Não sei.
O que sei, creio, é que jamais Quintana seria grosseiro contra a mulher. Talvez, até, magoado. Mas não Grosseiro… Coisa ao contrário do que aconteceu com Nietzsche que, em várias passagens de sua obra, menospreza, sem qualquer dúvida, a mulher.
Tenho cá pra mim que, é praticamente impossível de provar, se Nietzsche tivesse tido um filho, e se não tivesse sido vítima da sífilis, não teria reavaliado muito do que escreveu. Mas isso é coisa pra muita, muita, discussão.
Errata:
é óbvio que na frase “NÃO teria reavaliado muito do que escreveu” não existe o “NÃO”.
(Eu devia estar bebinho…).