Associação dos Amigos da Ospa: pouco mais de dois dias, 2361 apoiadores

Saiu ontem na Agenda Lírica de Porto Alegre do grande Aury Hilario:

Não foram poucas as vezes que nos manifestamos neste espaço sobre a Associação. Sempre a entendemos um elo importante entre a Orquestra e seu público.

Uma pergunta nunca foi respondida: por que motivo foi extinta?

Aleluia!!!  Esqueçamos isso, porque algo maior e inesperado aconteceu!

Graças ao  extraordinário  poder de agregação  das Redes Sociais,  em  24 horas, no Facebook, 2232 pessoas (isso era ontem à noite) aderiram ao  Grupo ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA OSPA, cujo objetivo é “APOIAR A  ORQUESTRA SINFÔNICA  DE PORTO ALEGRE  EM SUAS FINALIDADES.”

Ora, se isso não é uma evidência  de que a criação oficial ou a reativação da antiga Associação é atitude que se impõe, então já não entendemos mais nada!

No ritmo atual das adesões, em 1 semana contará com um número tão expressivo de seguidores que,  se  somente  10 por cento se associassem à OSPA, teríamos, além de casa  cheia  nos espetáculos, arrecadação mensal importante para  minorar as históricas deficiências financeiras da entidade.

Senhores da OSPA! Mirem-se no exemplo da Dª Sopher, seu Theatro São Pedro e sua ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS!

Aury Hilario

Finalizo dizendo que somos do Movimento dos Melômanos Incondicionais e Opiniáticos e que nossas ações não se limitarão à Internet. Aguardem!

7 comments / Add your comment below

  1. (Totalmente fora de contexto: uma consulta médica).

    Prezado Dr Milton Ribeiro.

    Em função de nossa longa amizade, via rede, e de sua renomada experiência sobre daltonismo, sobre os hábitos dos artiodáctilos da família Cervidae, ou seja, sobre a admirável veadagem gaúcha (estou aqui a lembrar do célebre post sobre os ditos chifrudos do Pampa), e levando também em consideração a sua erudição sobre cinema, atrevo-me, por meio desta, a consultá-lo em público, pois estou com alguns probleminhas de saúde.

    Probleminha no1.

    Há alguns meses que meu ‘ramirinho’ teima em fazer corpo quase mole quando diante duma situação efetiva de crescimento, quer dizer, comporta-se tal qual um erudito braile, sem bengala, solto no seio da entropia de nossas cidades, a apalpar espaços – antes bem conhecidos; além disso, o ‘mirinho’ apresenta-se preguiçoso à prospecção dos queridos buracos adjacentes e pertencentes às profundidades do mar da libido que, como é sabido, manifesta-se em uma falta de energia associada aos instintos preservadores da vida. Pois bem, fui consultar um urologista que, como de costume, me mandou realizar uma batelada de exames. A surpresa: descobri que sou diabético (o único caso conhecido em minha família): glicose, 431 mg/dL; outro fato, estou com uma alta taxa de triglicérides, 967mg/dL, fruto muito provavelmente de minha obesidade movida principalmente às amareladas geladas. Diante de tais fatos, o urologista recomendou-me um endocrinologista especialista em artistas diabéticos. Como não acredito no livre-arbítrio, obedeci qual um triglicéride-carneirinho-glicosado.

    Probleminha no 2.

    E lá fui eu, Dr Milton Ribeiro, à consulta com o tal endócrino. Olha um exame aqui… Olha outro acolá… E pronto: receituário feito. Contudo o endócrino, especialista em artistas diabéticos, me chamou a atenção sobre as amarelinhas em temperaturas inferiores a 25oC: só duas latinhas, no final de semana. Catralhos me mordam! Tentei logo uma argumentação: “Mas doutor, sou poeta! E minha inspiração?”. Numa dialética digna dos antigos gregos, aquele olhar perguntou-me: “Você viu ‘Vicky Cristina Barcelona’ de Woody Allen?”. Prontamente respondi negativamente. De bate-pronto continuou o neo-socrático-capixaba: “Pois é. Lá você encontrará a sua inspiração; e a deve compreender profundamente, antes de tomar qualquer medicação que estou a recomendar. É parte fundamental do tratamento! ”.

    Afinal, eis a minha consulta, caríssimo Dr Milton Ribeiro. Em sua opinião:

    i) o endógrino é um gozador?;
    ii) devo assistir ao filme proposto?; ou
    iii) devo logo dar o rabo até o final de meus dias?
    Anciosa e atenciosamente no aguardo de sua amável resposta.
    Dr Ramirus Concepcione.

  2. (AAO tem apoio da ASA).

    ASA
    (Associação dos Sonhadores Anônimos)
    by Ramiro Conceição

    Só por hoje,
    eu acredito
    no acalanto
    das mães…

    Só por hoje,
    eu acredito que
    não há racismo
    e que a justiça
    não é constituída
    por canalhas…

    Só por hoje,
    eu acredito
    que a Terra é indivisível,
    pois não somos donos
    Dela; mas ao contrário
    pertencermos ― a Ela
    (como sabe à cores e de cor
    cada aborígine da Tasmânia).

    Só por hoje,
    eu acredito
    que a teologia, a filosofia,
    a ciência, a tecnologia,
    a arte e a alegria são partes
    da política à sabedoria,
    à liberdade humana…

    Só por hoje,
    penso-sinto que o amor venceu;
    e que, realmente, não estamos sós
    pois o seu inverso não tem sentido
    nem aqui, nem ali – pra além do Sol.

    Só por hoje,
    eu acredito que o sagrado seja essas mulheres
    a ensinar, umas às outras, a arte de amamentar.

  3. Que notícia excelente! Tomara que aconteça mesmo existir uma associação de amigos que possa prover os recursos necessários a uma Orquestra Sinfônica, tirando do estado esta desnecessária e avulsa função.
    Ficará bem que músicos e os doutos conhecedores, tenham seu nicho cultural bancado por sua própria inciativa e, não pelo meu bolso e o de outros cidadãos.

    1. PROTOPLANETA
      by Ramiro Conceição

      Um protoplaneta, azul, num céu
      de cometas com frio, sem amor,
      seria se não houvesse gametas.

      Progênito
      de caçadores,
      de agricultores,
      de engravatados
      saqueadores, és.

      Progênita
      de poetas,
      de pintoras,
      de putas
      caridosas, és.

      Muitos morrem poucas vezes
      após haver nascido; porém poucos
      nascem muitas antes de haver morrido.
      Logo, são relativas as datas definitivas.

      Instruir-se
      é uma ascendente
      espiral divergente.
      O contrário
      é uma descendente,
      convergente.

      Ainda bem
      que bendito é tudo
      que nasce sem poesia
      e que à noite ou ao dia
      late estrelas!

      LAMBARI
      by Ramiro Conceição

      Nossa história
      promoveu-me
      a trocador de lâmpadas.
      Porém
      como explicar, a ela, que sou
      um acendedor de lamparinas?

      Nosso trem não tem trilhos
      porque vem de lá, d’aurora.
      E o único lugar onde pára
      é na democracia do agora.

      Entram seres estranhos.
      Saem “seres-humanos”!

      O trem apitou…

      Quem entrou, parte.
      O destino? É a arte!

      A originalidade é o melhor de si:
      dela; dele; e também dum lambari.

  4. Prezado Estácio.

    Complementando o ‘Protoplaneta’. Entre tantas canções dos Beatles, há uma que é extremamente enigmática: ‘I am walrus”, de Lennon.

    Na última estrofe tem-se:

    “I am the eggman (1)/
    They are the eggmen (2)/
    I am the walrus (3)/
    Goo goo g’joob” (4)”.

    Os versos (1) e (2) podem ter a seguinte interpretação: sou um homem-ovo (1); eles, homens-ovos (2), que pode querer dizer: somos seres explicáveis pela teoria dos gametas (ovos), ou seja, uma síntese entre o feminino e o masculino. Logo, somos uma explicação possível, intelectual, adjacente a um processo social e cultural. Enfim, dentro do possível, somos seres intelectuais que tentam se compreender (eggmen).
    Por outro lado, o verso (3) é extraordinário… Parece querer dizer: sou uma morsa! além dessa nossa cultura; sou um animal-artista que necessita duma explicação melhor!
    E o verso (4) é a síntese!!: vocês, intelectuais, cientistas, que procuram explicações para tudo, e eu, que sou um simples animal-artista (the walrus), devemos em conjunto construir as condições de um trabalho sadio – à vida:
    Goo goo g’joob!

    Saudações poéticas, Estácio!

    (http://www.youtube.com/watch?v=V8-NKv_C_Ec)

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