Há quatro anos, a escritora Cíntia Moscovich, que reside em Porto Alegre na Rua Marquês do Pombal, entrou na Justiça contra a escolinha do Grêmio Náutico União. Esta teria o pátio muito próximo de suas janelas e atrapalharia seu processo criativo. Afinal, eram 60 crianças brincando diariamente. O primeiro fato que me surpreende, antes mesmo de comentar a decisão da Justa, é que Cíntia é casada e mora com o também escritor Luiz Paulo Faccioli. Por que os dois não entraram juntos nessa furada? Pô, Luiz Paulo, que falta de solidariedade! Bem, estou brincando, cada casal é de um jeito. Conheço e gosto do casal, apesar não concordar em nada com a ação ganha. Pois é, de fato a escritora venceu e as crianças não podem mais sair para o pátio, a não ser que sejam antes caladas. Se alguém der o primo canto, pronto, a escola terá que pagar R$ 5 mil de multa.
O fato inusitado deu à escritora uma celebridade nunca antes fruída por ela — toda a cidade e todo o Facebook só fala disso. Nunca li um livro de Cíntia, apenas suas colunas, e acho que ela tem o direito de trabalhar em silêncio dentro de sua casa. A minha opinião é torta e a Justiça não gosta de complexidade: se o barulho fosse gerado por um maluco com um rádio tocando música perecível, este seria digno de um processo, mas 60 (sessenta) crianças não. Cíntia não apenas escreve como também dá aulas em casa. Mais um motivo para diminuir as interferências da rua com o isolamento acústico. Por que a escritora não optou pelo isolamento acústico e um ar condicionado? Custa certamente menos do que contratar um advogado.
Numa entrevista concedida por Cíntia, ela dizia que absorvia “mais a interferência do cotidiano doméstico, fracionando sua atenção entre os sons que vêm do pátio, da rua e dos bichos, e estava produzido melhor de madrugada”. Agora, trabalhará de dia.
A opinião de Cíntia é a opinião de Cíntia, o problema maior é a Justiça ter embarcado na insistência dela. Lembro de quando era estudante e achava que tinha que me livrar dos sons da vida para conseguir aprender alguma coisa. Olha, foi a melhor das épocas. Eu ia para a Biblioteca Pública. OK, OK, isso sou eu. Se fosse a Cíntia, um tratamento acústico me bastaria. Pois, pensemos, a escola terá de fechar por causa da profissão e das exigências da escritora? E as crianças? É uma questão numérica: 60 x 1 ou 60 x 2 com o Luiz Paulo. Mas a Justiça é burra como uma anta. Os caras foram lá, mediram o barulho e disseram que estava acima do permitido. Só que não era um motor, uma festa, o DOPS ou um rádio, eram crianças.
Se um dia eu for atropelado, vou lembrar de não gritar. Tenho Unimed, mas não R$ 5 mil disponíveis. Vou dizer um ai bem baixinho e pedir ajuda educadamente.
Ah, — lembra um amigo — Proust fez isolamento acústico. E era Marcel Proust.
E volto para minhas férias.
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A escritora Cíntia Moscovich publicou na tarde de hoje um comentário sobre a ação que moveu (e venceu em duas instâncias) contra o Grêmio Náutico União.
Leiam o que a escritora publicou:
“Vamos aos fatos: a escola União Criança costumava estar localizada dentro do clube, em um espaço amplo, bem diferente do espaço em que se encontra hoje. A mudança ocorreu porque o clube resolveu construir um estacionamento onde antes ficava a escola. Estacionamentos são um negócio bem mais rentável que a educação. Todos sabem disso. No fim das contas, a escola foi transferida para uma casinha na Rua Marquês do Herval. De um lado dessa casinha mora a vizinha que entrou na justiça e que acabou sendo tratada como vilã da história, mesmo sem ser. Do outro lado, moro eu e minha família há 25 anos. A janela do meu quarto, aliás, dá exatamente para o pátio da escola. Estão dizendo por aí que o processo todo é um absurdo, que representa a vontade de uma pessoa contra a vontade de todos. Vontade de todos? Peraí! Quer dizer que a vizinhança do Grêmio Náutico União não faz parte desse todo? Desde que moro aqui (minha vida inteira!) o ruído oriundo do clube sempre foi um pé no saco. E tenho certeza de que não falo só por mim. Tanto que existe outro processo, movido por outros vizinhos, que reclamam justamente do barulho descomunal gerado pelo clube. Barulho esse que, diga-se de passagem, não tem dia nem hora pra acontecer, já que a sede Moinhos de Vento é “pioneira no oferecimento de serviços 24 horas”.
Mas voltemos à escola: se o barulho já era ruim antes, ficou ainda pior. Na realidade, o volume de emissão sonora da escola é cinco vezes superior ao permitido por Lei. Isso foi atestado por perícia realizada a mando do TJ. Se é natural que crianças façam barulho, não é natural – muito menos saudável – que alguém esteja sujeito a esse barulho doze horas por dia. Imagina que tu quer falar ao telefone quando vinte crianças estão no pátio. Não dá. Agora imagina que tu quer ler. Também não dá. Imagina que tu quer estudar. Desiste, chapa. Agora imagina que tu depende justamente disso tudo pra sobreviver. Imagina que teu sustento está baseado em algum tipo de atividade que exige o mínimo de concentração. Esse é o caso da vizinha que moveu o processo, e esse é também o meu caso. Nos últimos cinco anos, tenho sido obrigado a ajustar a minha rotina à rotina da escola. Nesse tempo, compartilhei minha frustração com muita gente. É triste não conseguir fazer o que se tem vontade dentro da própria casa. Se alguém duvida que a situação seja essa, as portas estão abertas. Empresto o quarto pra quem quiser trabalhar uma tarde aqui. Se conseguir fazê-lo, ganha um doce. Salvem a União Criança, sim, mas salvem-na da negligência da administração do clube. E vamos ser mais criteriosos pra não difundir bobagens por aqui.”
Por isso que não dá pra levar a justiça brasileira a sério,vamos combinar…Essa senhora,dá claros sinais de senilidade e se mora num bairro rico,pq ela não coloca um isolamento acústico na casa dela?!Talvez pq seus livros não lhe tenham dado um rendimento suficiente p/comprar um…mas então pq não pede p/o marido dela?!
http://www.sul21.com.br/blogs/miltonribeiro/2012/11/30/escritora-entra-na-justica-contra-escola-maternal-barulhenta-e-vence/
Toda criança tem direito a brincar. Segundo Chamboredon e Prévot (1973) brincar é o ofício da criança.
Este direito foi incluído na Declaração das Nações Unidas dos Direitos da Criança em 1959 e reiterado em 1990, quando a ONU adotou a Convenção dos Direitos da Criança. No artigo 31 da Convenção estabelece-se que “1. Os Estados Partes reconhecem à criança o direito ao repouso e aos tempos livres, o direito de participar em jogos e atividades recreativas próprias da sua idade e de participar livremente na vida cultural e artística”.
Brincar é uma atividade social muito importante para as crianças e é nuclear para a construção das suas relações sociais e das formas coletivas e individuais de interpretarem o mundo (Borba, 2005).
· Brincar é a forma fundamental das crianças desfrutarem da sua infância. É essencial para a sua qualidade de vida como crianças.
· Brincar é divertido.
· Brincar pode promover o desenvolvimento das crianças, a aprendizagem, a imaginação, a criatividade e a independência. É um atividade propiciadora da aprendizagem da sociabilidade.
· Brincar pode ajudar a manter crianças saudáveis e ativas.
· Brincar permite que as crianças experimentem os limites, aprendendo a avaliar a
gestão do risco nas suas vidas, físico e social.
· Brincar ajuda as crianças a entender as pessoas e os lugares nas suas vidas, aprender sobre o meio ambiente e a desenvolver a sua pertença à comunidade onde estão inseridas.
· Brincar permite às crianças descobrirem-se: habilidades, interesses e saberes.
· Brincar pode ser terapêutico. Ajuda as crianças a lidar com circunstâncias difíceis ou dolorosas.
· Brincar pode ser uma maneira de construir e manter relações importantes com amigos, cuidadores e familiares.(http://miudosemiudastemdireitos.blogspot.com.br/2010/09/direito-brincar.html)
Será que a escritora como os juízes que aprovaram este processo não sabiam disto?
Simples de resolver:trabalhe nos horários de término de trabalho da escola(já que escritora trabalha na hora que “bem entender”) ou pegue seu “carrinho” e vá pra uma de suas “casas de veraneio”…culpar as crianças..quero ver se algum pai vai comprar o livro dela-espero que ainda estes não tenham memória curta.
ATT Leandro J Reale
vai morar ao lado de uma escola e depois você tira suas conclusões. Moro ao lado de uma e minha saúde já está sendo afetada. Tratamento acústico nas escoladas e não nas nossas janelas residenciais.Quem emite o ruído? Procure ler e ter conhecimento das leis que tratam sobre isso.
Que absurdo! A Lei de Perturbação do Sossego é para ser cumprida.Se não aprendermos quando criança que adulto seremos? Passo por esse problema atualmente.7:00 h da manhã as crianças chegam berrando na escolinha Municipal de Nova União/MG e perdura até às 10:00 h.SE a educação começa pelos pais na escola são pelos professores.Não sabemos quem grita mais.Sem contar uma sirene que quando toca para o sinal parece campo de concentração. Dale Ritler! Equilíbrio é fundamental.Imagine você acordar com uma loucura dessas! E aí vem o turno da tarde! quando criou-se a escolinha ,por volta de 2000 (ano ) como era disciplinado! Saudades!
Passo essa mesma dificuldade,ao qual me gerou pressao alta ,stress,e muita irritabilidade,nao suporto escutar barulho de bola,outra coisa é o chingamento direto entre crianças e adolescentes dentro do patio da escola,e ainda por varias vezes cai bola nas telhas da casa!O proprio profeddor fala muito alto ,a ponto de escutar da minha casa,e o patio da escola é enorme,e vem tudo pra perto da cerca da escola onde fica minha casa,aos finais de semana nao tem colher de cha,sempre tem gente jogando e a bagunça é direto!as vezes acho que vou ter um trco de tao irritdo que fico,ja passei trabalho com vizinho com baderba a noite e som muito alto !nm sei mais o que fazer
Concordo! Toda escola deveria ter isolamento acústico ou então q nao fosse permitido sua construção em rua residencial! Meus pais idosos moram q 30 anos no msm casa e construíram uma creche ao lado, é um inferno! Além dos carro parando na garagem e os pais entrando pra deixar as crianças e largando o carro lá! Vc quer sair e entrar tem q esperar tirarem o carro! Um absurdo! E se tiver uma emergência? Falta de educação e respeito! Um aborrecimento! E meu pai é cardíaco! Fico extremamente preocupada! Já me aborreci várias x. Estamos sendo “obrigados ” a vender a casa!
Quanta falta de conhecimento. A questão não são as crianças. Elas não têm culpa alguma. Criança faz barulho mesmo. A questão é: a escola não se adequa para que não cause transtornos no exercício de suas atividades. Isolamento acústico ou seja lá o que for. Não é a pessoa incomodada que deve fazer isso. Se fosse assim, todos que fossem incomodados teriam que fazer o isolamento acústico e quem emite o barulho é que não deve ter custo algum? Isto se chama perturbação do sossego alheio. É bom se informar!
Eu moro ao lado de uma creche e sei o inferno que é suportar todos os dias barulhos, gritos, e algazarras.
Nada contra as crianças, só acho que se precisa fazer barulho então, respeite o vizinho e faça uma estrutura acústica para não perturbar a vida do próximo.
O barulho chega a afetar nossa saúde.
A Cintia Moscovich não entrou contra uma escola maternal, mas contra o barulho que havia.
E faz alguma diferença?
Barulho este feito pelas crianças matriculadas em uma escola maternal…
Na verdade, creche de um clube, que mudou para o lugar ao lado da casa da escritora por que no outro local foi feito um estacionamento. O título do texto do Milton foi maldoso, seguindo a massa que está condenando a Cíntia como se ela fosse contra as crianças.
Vivo o mesmo problema desde janeiro de 2010 e os mais afetados são meus pais 82 cadeirante, 80 e uma tia 75 o pátio da creche fica a 1,50m de distância da janela dos meus pais, quando se entra com esse tipo de ação vc passa a ser discriminado, pois todos tem soluções prontas para os problemas alheios, mas só sabe do problema quem está no olho do furacão, dou total apoio a escritora que processou a escola, vivemos em uma grande comunidade temos que respeitar o próximo pra ser respeitado tb e para esclarecer no código civil, direito de vizinhança, tem direito a quem mora a mais tempo no local, quem constrói depois tem que se adequar a quem já mora na vizinhança.
Parabéns. E, muito agradecida pela sua lucidez. Na verdade, só quem passa ou passou por esse tipo de problema deveria ter o direito de expressar sua opinião. Passei por problemas semelhantes. Morei com minha família em uma casa a três metros de uma caldeira de hospital. Sofríamos dia e noite. Os funcionários deixavam ela rugir como um mostro quase que o tempo todo. E, soltava uma fumaça preta que enchia de fuligem a casa por dentro e por fora. O terreno como a casa não possuíam documentos. Embora existissem antes do hospital ser fixado lá. Moramos lá por 12 anos. Minha mãe faleceu de câncer contraído 5 anos antes de termos condições de nos mudar.
Eu dou total apoio, uma vez que meu muro é germinado com de uma creche. Não é fácil, o barulho das crianças em si nem me incomoda, mas as loucas que se julgam professoras, os gritos delas, os maus tratos, eu vou lá e reclamo, quebro o pau e a incompetente da diretora nunca toma providencia. Foram reformar as janelas, quebraram o telhado da garagem, um arrombo e nunca arrumaram, ficaram falando que iam arrumar e nunca fizeram. Vão pintar, sujam tudo de tinta meu quintal, nunca limparam, fomos reclamar somos tachados como errados. As crianças não tem culpa, quem tem são os responsáveis incompetentes. Por isso digo que é fácil julgar quando não se está vivendo no problema.
ACHEI CORRETO A ATITUDE DA ESCRITORA, SOU VÍTIMA DE UMA ESCOLA BARULHENTA. ESSAS CRIANÇAS NÃO BRINCAM GRITA MUITO, VAIAM E EXISTE UMA FANFARRA MUITO BARULHENTA QUE A DISTÂNCIA DE 200M VOCÊ OUVE O BARULHO, MUITAS VEZES O RECREIO É MOVIDO AO SOM DO FANK. JÁ TINHA ESSA IDEIA DE ENTRAR COM UMA AÇÃO, AGORA VENDO O CASO DA ESCRITORA, NÃO TENHO MAIS DÚVIDAS. CERTO QUE CRIANÇA PRECISA BRINCAR MAIS NÃO GRITAR, VAIAR E TEM MAIS ELAS VÃO PARA A ESCOLA É APRENDER A LIÇÃO , BRINCA É NUM PARQUE EM CASA MENOS NA ESCOLA.TEREMOS QUE RESPEITAR DIREITO DE VIZINHANÇA!!!!!!!!!! SUA ATITUDE FOI CORRETÍSSIMA PARABÉNS!!!!!!!
Vocês não vão acreditar, mas ela escreve livros infantis! Isto é, o dinheiro dos pais das crianças é bom, mas o barulho não! Boicotem os livros e atingirão o único ponto sensível do ser humano, ao menos deste, o bolso!
Que comentário desprezível
Melhor coisa do mundo é trabalhar ouvindo música erudita. Que ela faça isso.
É o que gosto de fazer.
Se houver uma campanha de arrecadação financeira para que a escola maternal seja transferida para ao lado da casa do Milton, eu me prontifico a doar 50 pilas!
Processo na hora. Há precedentes! Estamos formando jurisprudência! :¬))
Hahaha! Boa Milton!
Que tipos e vizinhos você tem Milton?
também ajudo.
eu dou 150
Bela análise. E patética escritora. Eu a respeitava muito, agora, seus livros descansarão absolutamente esquecidos nas prateleiras da vida.
Revise o conceito de jurisprudência que a imprensa toda está usando de forma equivocada e levando à desinformação (como é usual, aliás…)
Moro a 20 metros de uma creche municipal.. Garanto que a “serenata” dos cachorros da vizinhança em plena madrugada, às vezes por horas a fio, me incomoda mil x mais do que o recreio das crianças, bem menor também que o vozerio dos pais e o barulho dos carros quando largam e pegam os pimpolhos… Imagino que garrulice da criançada incomode Dona Cintia mas…eles estão no patío o dia todo? por 12 horas? Acho que o Clube é responsável mas o tiro foi no pé pq parece que o fato pegou mal pra Dona Cíntia… bem dizia meu pai “Os incomodados que se mudem”… Veremos o vai dar, no fim da novela…
Inês
caso a Cíntia se mude e depois vem outro….muda novamente?
Proponho à administração e aos professores da creche que realizem performances diárias no pátio da instituição, para que uma furtiva (e progressivamente assustada) Cíntia Moscovich pela janela de sua casa assista. Algumas ideias (lembrando que tudo deve ser ensaiado exaustivamente para que pareça o mais natural e não programado possível):
Segunda-feira: todas as crianças brincando, pulando, correndo pega-pega, as meninas com os uni-du-ni-tês, os meninos com os jogos de futebol, os professores sentados nos bancos conversando e rindo entre si alegre e despreocupadamente. Apenas um detalhe: tudo NO MAIS ABSOLUTO SILÊNCIO, na mais inexorável mudez. Assim o dia inteiro, até ouvirem um grito vindo da casa ao lado e a ambulância chegando para atender a escritora notada subitamente surda.
Terça-feira: Todas as crianças vestidas de negro, deitadas no pátio, simulando estarem mortas. No meio dos corpos, ter o cuidado de selecionar aquele entre os fedelhos que seja indiscutivelmente, por conhecimento geral, o que mais retirava a adesão das musas da inventiva cabecinha da escritora, o que mais gritava e tinha a vozinha de lâmina de vidro; pois este menino, ou menina_ esse diabo vestido de uniforme_ em determinada hora milimetricamente sincronizada com a hora que a reclamante judicial olhar pela janela mais uma vez, irá esticar o braço e apontar um dedo acusador para o vulto na janela, durante cinco minutos (ou até ouvirem mais uma vez o grito e as sirenes do manicômio dobrando a esquina).
Quarta-feira: Instalar-se há um grande pano por sobre o muro que divide a casa da querelante e o prédio da creche, que será descortinado em horário próprio em que a escritora, temporariamente restituída de seus juízos cerebrais, estará de frente à janela, o que, então, esta poderá ver a fila de meninos e meninas vestidos de estigmatizados uniformes listrados seguindo em marcha para uma câmara improvisada no pátio, aonde todos desaparecerão no interior sombrio, enquanto uma fumaça sobe pelo ar e do outro lado cai no chão um dos livros da escritora, no qual as crianças, com todos seus silêncios e ausência de felicidades, se transformaram.
HAHAHAHAHHAHAHA, sensacional.
Só mais uma:
Quinta-feira: a escritora respira fundo, faz o nome do pai, se benze, toma um diazepan com suco concentrado de alface e maracujá, e, enfim, tem uma trêmula coragem de olhar pela janela…
…ao que encontra todo o pátio da creche transformada em fumódromo de crack, com todos aqueles zumbis semi-nus envolvidos com trapos que um dia foram os uniformes das crianças…
…EM ABSOLUTO, SAGRADO E IMPONENTE SILÊNCIO…
assino com o roteiro do charlles. e guardemos o domingo de descanso ao cio dos gatos!
Se benzer? Ela é judia!!!! KKKK
Assim como não se pode buzinar ou fazer comíssios em proximidades de escolas, igrejas e hospitais, eles também não têm o direito de atrapalhar a vida dos vizinhos. A escola que procure se adaptar às leis virgentes no país. A justiça fêz bem em dar ganho de causa a Cíntia.
Muito me estranha a posição do Miltom.
As crianças devem estudar em algum lugar! Me diga qual escola seus filhos, netos , sobrinhos estudam e te direi os vizinhos que os ouvem!!!!!
justamente estas crianças da creche do união não estudam, passam o dia inteiro gritando e correndo, com estímulo de música eletrônica. São de pais que sonham com filhos futuros atletas. Leiam o processo e vejam que se trata de um caso especial, não se trata de uma escolinha qualquer com um intervalo onde as crianças brincam.
Concordo plenamente com o Bosco
Apenas alguns dados para que se possa analisar o caso com menos preconceitos. 1. Defensores das crianças: na escolinha em questão são matriculadas crianças cujos pais têm intenção de torná-las atletas e por isso são crianças submetidas a constante atividade física. Há uso de música eletrônica, inclusive. Há superexposição destas crianças a atividades que visem torná-las atletas, por desejo de seus pais. Isso tampouco é saudável para crianças. Não estou dizendo que a intenção da escritora é defender as crianças disso, mas os defensores das crianças poderiam ponderar isso.
por favor, não diga uma insanidade dessas sem saber… a escola é de educação infantil e não creche é porta de entrada aos esportes. Extremamente positivo; pai que quer filho atleta matricula na atividade esportiva do departamento do clube. Sou mãe- prof de educação física, ex funcionária do clube e tenho total conhecimento para discordar de seu comentário..
Meu Deus, criatura, de onde vc tirou isso?
Sra. Silvia, sou mãe de aluna, e acho que a Sra. Deveria conhecer melhor a metodologia da escola antes de falar bobagens. Se a questão é a superexposição das criancas, que chamem o MP e o Conselho tutelar. Não quero que minha filha seja atleta. Quero que tenha a carreira que ela escolher, mas em primeiro lugar quero que seja feliz, tenha uma infância alegre, acolhedora, e que seja amada, para não se transformar em uma pessoa amargurada como alguns que vejo escreverem por aí.
Silvia, boa noite!
Minha filha estudou no União Criança e posso afirmar com toda a certeza que vc está equivocada a respeito de alguns fatos…. os pais que matriculam seus filhos nessa escola não esperam que eles se tornem atletas e sim que tenham além de uma ótima proposta pedagógica o contato com todos os esportes olímpicos que estão disponíveis no GNU, projeto esse sem similar no pais, para que as crianças tenham a possibilidade de conhecer outros esportes que não seja o futebol e quem sabe optem por seguir um pela vida, sendo assim um ser humano mais saudável que não fique em um apartamento jogando video game (quem sabe se outras escolas fizessem isso diminuiríamos o sedentarismo e a obesidade entre as crianças). As crianças em nenhum momento são submetidas a constante atividade física, e tão pouco tem música eletrônica, inclusive a alimentação servida é sempre saudável. Outros fatos que a mídia não tem comentado, mas quem viveu essa situação sabe o quanto foi constrangedor a Srª Cintia subir no muro e xingar das mais diversas palavras de baixo calão, crianças de 2 a 6 anos de idade e seus professores; jogar água nas mesmas isso no inverno, abordar os pais na entrada com ameaças e muitos outros fatos que se fosse descrever não teria espaço suficiente…. em momento algum ela tentou um acordo com o clube/escola/pais e na ação o único acordo proposto foi o fechamento do pátio e isso a meu ver não é acordo, pois qdo não a opção é imposição. Por favor pondere sobre isso…..
Revisem essa ideia de jurisprudência. A justiça tem discernimento suficiente para examinar caso a caso. O fato de alguém ser absolvido de um homicídio não cria jurisprudência para que todas as pessoas no futuro sejam absolvidas. Esse não é o conceito de jurisprudência.
Imaginem-se no lugar da autora do processo. Se vocês depois de 50 anos morando na sua tranquila casa, se vissem assolados por gritos exagerados e constantes todas as tardes. Nem todo mundo quer viver dentro de um gabinete com ar condicionado. Isso também é condenar uma pessoa, no caso inocente de qualquer crime, a viver presa. Faltou bom senso do clube para contornar o caso com medidas conciliatórias. Ou alguém acha que ela entrou com o processo sem ter tentado que o clube promovesse algum tipo de isolamento acústico?
Silvia, faz 40 anos, o bairro onde eu morava era uma área rural, hoje é a de maior densidade demográfica de Porto Alegre. O que eu dveria fazer? mover ação judicial contra a prefeitura? Imagine os Kaigangs…
As escolinhas que eu conheço tem um tempo de intervalo que é de fato barulhento. Alguém conhece uma escolinha que funciona na base do barulho alto todo o turno? Toda criança tem o direito de brincar nos pátios? Mas é normal submeter uma criança a passar o dia inteiro berrando ou ouvindo os coleguinhas berrar? Já pensaram realmente nestas crianças, além da vizinhança (que naõ é só Cintia)?
Ai meu Deus! Tu não conheces a escolinha em questão, não podes opinar! Era uma escola normal, como qualquer outra em Porto Alegre. Parem de querer defender a atitude egoísta a qualquer preço!
Moro exatamente em frente a uma escola infantil que, por incrível que pareça não tem aula, somente recreio, com velotrol, muitos, crianças aos berros por mais de 6 horas ao dia. Um parque de diversões a céu aberto, em plena zona residencial.
Sou aposentada por invalidez pela coluna e tenho que manter minha janela fechada de 7 até 18h. E fumo. Tentei escutar meu rock, mas o barulho da escola e seus donos e professores sobrepujam até Deep Purple.
O que será dessas crianças sem a mínima educação?
Minha total solidariedade a mulher corajosa que conseguiu que a lei imperasse.
Se eu pudesse pagar advogado para isso já o teria feito.
Brincar e não zonear!!!…
Coloquei mal a interrogação na frase “Toda criança tem o direito de brincar nos pátios” . Trata-se de uma afirmação.
Tirando a brincadeira (que eu fiz) de lado, eu sou inteiramente a favor da Cíntia. A lei é para todos, e é uma bruta de uma má intenção usar o fato de ser autora de literatura infantil para condená-la, como se um escritor de ficção científica não pudesse processar a NASA por um satélite artificial cair no quintal de sua casa, ou Rubem Fonseca, que escreve sobre a ultra-violência, não pudesse prestar queixa contra um assalto a mão armada. Há sim muitos excessos nessas escolas infantis, que poderiam ser controlados se o MP fosse acionado mais vezes, ou se a administração não fosse omissa. Não é pelo fato de serem crianças que elas não perturbem.
Não vejo como total má fé esse argumento de que ela é uma escritora de livros infantis. Até eu, que não sou mãe e nem ao menos gosto de crianças, sei que ser barulhento nessa fase é importante e inevitável. Eu me incomodaria muito no lugar dela, xingaria o dia inteiro, mas reconheceria que é um mal necessário e eu que tinha a má sorte de estar mal localizada.
Cê sabe que eu tenho duas crianças aqui, uma de 3 e outra de 2. Gosto muito de criança. Mas, isso de ela ter de suportar a sua sina por a escola ter sido transferida para o lado de sua casa é uma abominação. Uso a minha experiência de fiscal sanitário para dizer que todo estabelecimento comercial é regido por regras para ter seu alvará de funcionamento: fábricas de queijo e frigoríficos tem que ter cordões sanitários que as isolem em boa distância de residências. Não entendo sobre escolas infantis, mas dou minha mão direita como há regras sobre a manutenção do direito dos vizinhos ao sossego.
Por que a escritora é quem deve providenciar o isolamento acústico de sua casa? Isso deveria ser feito pela escola, que montasse um galpão para as crianças brincarem, que as escolas também tivessem um “cordão sanitário” para que a algazarra não fique debaixo do nariz do cidadão ao lado.
Vitimizar as “pobres da criancinhas” e demonizar a “pérfida mulher de 50 anos” é um tanto contra-produtivo e confuso e covarde. Por que, me digam, a escola saiu de onde estava? Lá, pelo visto, nunca tinha recebido processo por perturbação. Por que não ir na causa do problema mesmo, em vez de se ater a esses esteriótipos de mocinhos e vilã? Um estacionamento. Ah, bom! Contra o poder do capital fica difícil se ir, né. Mas contra o enredo simplista de uma mulher de “50 anos” (como se, com maturidade, a antiga criança perdesse seus direitos civis e se tornasse um pária das novas crianças) acabando com o direito das crianças de brincarem e “fazer Porto Alegre voltar a ser uma cidade bonita”, é fácil. Não exige esforço.
A maioria das pessoas acham seus próprios filhos lindos, e os defeitos nos filhos dos outros. Como pai, procuro me policiar muito nisso. Nada pior que a visita de uma amigo e seu filho pequeno, em que tal amigo é ausente em disciplina e deixa seu filho colocar os pés no sofá, quebrar a porcelana, arranhar os cds, etc.
Quer ver como a situação muda?
Milton, uma pergunta:
E se fosse uma escola evangélica pra crianças, como as muitas de muitas coligações religiosas que há por aí, e o barulho delas fosse referente às orações e aos cultos?
E DO LADO DA SUA CASA.
As crianças deixariam de ser tão fofinhas e inofensivas assim, né?
Olha, isso de que deveria haver regras regulamentando a distância de escolas das residências ou algo no sentido de garantir o sossego da vizinhança faz todo sentido pra mim. Não tinha visto sob esse prisma.
Nessa condição, duma escola evangélica adjacente à minha casa. Sem qualquer dúvida, queimaria uma puta grana num puta som e, justamente, na hora do culto, poria a todo o volume algum CD específico dos atabaques do Candomblé… E esperaria, cachimbando, qual o Saci Pererê, todos os Erês “descendo” do outro lado. Sem a menor dúvida: seria processado!
Charles, tens 2 crianças, provavelmente teus filhos… E onde eles estudam? Todos os dias, quando deixares as crianças na escola, agradeça por ter vizinhos compreensivos! Abraço.
concordo muito com estes argumentos.
Também não custa reforçar que a ré não são as crianças, mas o clube, que por sinal vem acabando com as residências do bairro. Uma pena o clube ter encontrado tantos defensores.
Criança faz barulho. Que bom que criança faz barulho. Tem mais é que fazer barulho. E quem se ergue contra o barulho da criançada (ainda que de forma indireta) está errado perante a VIDA, no mínimo. Ainda mais uma escritora, alguém de quem se espera mais sensibilidade.
Eu sou meio radical nisso: trabalha em casa e quer silêncio sepulcral? Isolamento acústico, como disse o Milton, ou um sítio talvez.
E tem o caráter simbólico da decisão, mais um retrato de uma Porto Alegre velha, chata, cafona e mal humorada. Em Porto Alegre, as crianças precisam calar a boca para que os já bem adultos possam pensar em paz. E muita gente concorda com isso, não vê nisso nada de absurdo. Tomara que o Guardian faça uma matéria a respeito, daí talvez a opinião de algumas pessoas mude e entendam que criança grita mesmo, sabe.
Sim, Igor, isso se insere numa tendência maior: a da “esterilização” de Porto Alegre, alegria de nossa sofredora classe média.
Numa cidade onde os adultos não podem conversar e rir numa mesa de bar num sábado, não me admira que as crianças tenham que ser mudas. Recentemente me mudei para um condomínio de casas, principalmente pela segurança, para que meu filho possa brincar na rua, como fazíamos antigamente, sem ser alvo da violência descontrolada de Porto Alegre. Eis que às 4 da tarde de um belo domingo de sol, brincavam as crianças com carrinho de lomba na rua… Bastou para que surgisse uma alma recalcada para reclamar pelo excesso de barulho proveniente da alegria das crianças por estarem brincando de uma maneira que já não se pode nas ruas comuns de Porto Alegre. Mesma cidade onde se interdita uma praça por que uma colméia lá se instalou…
Gente, olhem o absurdo “crianças serem mudas”… é assim que vcs enfraquecem os argumentos, pois não se tratou disso.
Bravo , Igor!
“E quem se ergue contra o barulho da criançada está errado perante a VIDA, no mínimo.”
Que bonito, façamos uma camiseta com tais dizeres! Melhor ainda: uma passeta pela liberdade das crianças em fazer o barulho que bem entenderem, na hora que quiserem, com o incentivo das trabalhadoras em educação em provocar a malvada proprietária (burguesa!!!) escritora velha, chata, cafona e mal humorada! Tudo com cobertura do SUL21, claro! 😉
No dos outros é refresco.
Caro Matheus: lamento que tu considere protesto e indignação coisas ridículas. Mais do que isso a tua provocação rasteira não merece, desculpe. Boa noite e tudo de bom para ti.
Igor, criança faz barulho e deve poder fazer barulho. Considera porém também que crianças gritando por horas a fio não tem nada de pedagógico, nem lúdico, nem de saudável. Pensa nas crianças também, não fica só nesse debate simplório.
Não é à toa que somos o estado com o maior número de processos por habitante. Todos temos direitos que são maiores que os direitos dos outros, mesmo que os outros sejam “serzinhos” que ainda nem sabem o que é justiça.
Bem feito para eles, quem mandou quererem se divertir?
Lembro também daquela figura constante em toda a pelada das épocas de guri: O vizinho que não devolvia a bola.
Aos 42 anos, descobri que ele existe.
Milton, andei dando uma olhadela na rede sobre o caso. Pareceu-me que o pano de fundo de todo o “imbróglio” foi a mudança da escolinha de um determinado lugar, que virou um estacionamento, para o atual: adjacente à casa da escritora e às de outros vizinhos. Pareceu-me que não só a escritora mas outros vizinhos se sentiram incomodados pelo dito ruído oriundo da escola que, por sinal, já foi medido tecnicamente, e que está muito acima do permito por lei e, principalmente, pelo bom senso!
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O que quero dizer é o seguinte: quando de alguma atividade no seio de uma cidade, deve ser considerado a priori, no planejamento, os potenciais problemas associados a mesma. Por exemplo: uma creche, uma escola de samba, uma igreja, uma casa noturna, sem dúvida, são atividades sociais nas quais a questão do ruído deve ser considerada.
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O que me parece é que tanto a escritora, os outros vizinhos e, principalmente, as crianças são as partes inocentes da história, quer dizer, são as vítimas! O que houve, pareceu-me, foi um empreendimento, com fins claramente comerciais, efetuado pela alta direção do referido clube sem o devido planejamento; ou seja, bem à brasileira, quero dizer, nas coxas!
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E agora?
Só complementando. Em São Paulo, durante a ditatura, sob as garras de Paulo Maluf, foi construído o Minhocão. Ou seja, toda a população, que possuia imóveis ao redor, simplesmente foi pro vinagre. O problema tratado nesse post, obviamente, não pertence a mesma escala, contudo, tem a mesma origem: o capitalismo selvagem…
e mesmo argumento equivocado: os incomodados que se mudem. Mas o que é isso? Então se instalam um absurdo do lado da tua casa, tu é que tens que te mudar?
E se não fosse o clube? E se fosse qualquer outra escola que resolvesse funcionar ali? Tem todos os documentos? Tem profissionais capacitados? Então, por que não? É muito comodo dizer agora que as crianças são vítimas do clube malvado. Por favor! Moro no Moinhos, sou sócia da SOGIPA e o União nunca me incomodou (digo isso só pra informar que não tenho relação direta e não estou defendendo meus interesses)! E sobre o barulho que foi medido, já mediram o som do recreio do Rosário? Do Bom Conselho? Do Farroupilha? Do Instituto de Educação? De qualquer escola? Certeza que os recreios são muito mais barulhentos porque são centenas de crianças e não 60. Não há lugar em Porto Alegre pra uma mudança radical que afaste Escolas, Igrejas e outro estabelecimentos barulhentos das casas. Fica o bom senso. “Nas coxas” é pensamento sem reflexão.
Houve um tempo em que os escritores ficavam famosos por suas atitudes humanistas.
Cuidado, Adriano,
Stefan Zweig suicidou-se, em Petrópolis, diante da impossibilidade de lidar com o descalabro humano.
A perícia foi clara, nenhum redutor de ruído seria eficaz ante o volume sonoro ali presente. Quem cinicamente defende a posição do clube, está é defendendo que os incomodados é que devam se mudar. Época triste, a ditadura do “meu filho”, tudo é em nome dos filhos, e as pessoas vão ficando mais e mais indiferentes à vida alheia.
Será que sem as algazarras das crianças, o Egberto Gismonti teria composto a música O Palhaço? Villa Lobos, dizem, compunha rodeado pela “neta”, que certa vez derramou o tinteiro sobre os papéis que ele escrevia. Prontamente não deu bola e recomeçou. Viva a algazarra das crianças, é fundamental para seu crescimento e vida, na hora do pátio, do play. A risada alta e fácil. Na hora da aula, atenção!
POEMA ENJOADINHO
by Vinícius de Morais
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Filhos… Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete…
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los…
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
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PS.: no belíssimo poema, contudo, ficou uma questão: como educá-los? Tal pergunta é complexa, pois se trata dum processo vital… Não um negócio de prostitutos a prostituir “baixinhos”.
Ridícula a maneira com a qual a justiça rapidamente “problemas” como esse, enquanto que qualquer outro serviço que se espera é necessário uma burocracia absurda!!! Ela não quer ruidos morando em uma cidade, num bairro praticamente central, aonde SIM, funcionam clubes, creches, escolas, passa carros e, como ela mesma falou, divide a vizinhança com quem, com certeza, deve emitir sons de suas casas (fico pensando na época em que tive de me mudar do meu apartamento alugado a menos de 30 dias por um vizinho tal mala quanto que não queria ouvir nem uma escala que eu tocava). Quer silêncio? Vai ler e morar no meio do mato, no interior! Processar uma escola infantil, que funciona durante o horário comercial porque “ela não que ouvir o barulho ENSURDECEDOR das crianças” é uma atitude de um egoísmo extremo!
Rapidamente?????????? o processo levou mais de dois anos!
Pode ser Veja, pode ser Sul21, SEMPRE vai aparecer uma matéria imbecil como essa. Então a Cíntia, que vive há muito tempo na mesma residência, tem que se adaptar a uma mudança com fins puramente lucrativos, porque são crianças? A creche já se situava em um lugar apropriado e foi transferida, para o União, um clube de elite, construir um estacionamento. Milton babaca e pessoas que apóiam o União, mais babacas ainda.
o problema é a escolinha ou o clube a que ela pertence?
Comentário idiota, se fosse uma escolinha independente do clube a situação do barulho seria exatamente a mesma. Sua opinião seria a mesma ou é movida apenas pelo seu sentimento imbecil de ódio contra um clube de “elite”?
Se fosse só a escolinha, nesta mesma situação, minha opinião seria a mesma. Fui contra com o começo do fechamento de bares na CB, que começou com reclamações de moradores (muitos que se mudaram para o bairro há pouco tempo). Os bares estavam há muito mais tempo lá. A questão não são as crianças, e sim o estabelecimento. Se fosse uma academia, tenho certeza que sua opinião seria diferente.
Acabo de descobrir que Cintia MOscovich estava, na verdade, engajada em uma luta de classes. Agora sim, tudo se explica. Genial.
Milton, pegastes os ponto. a ação foi ajuizada somente pela Cintia. Os outros vizinhos não quiseram ajuizar a ação: i. pq não se sentem incomodados; ii. sentem-se encomodados, mas sabe que escola sem barulho não é escola, e respeitam o direito à educação; iii. sentem-se incomodados, gostariam de ajuizar uma ação, mas pensam na repercussão que isso pode gerar.
Pergunto aos defensores da Cintia: será que ela não imaginava que a opinião pública não iria ter essa reação?
Outra coisa, só por curiosidade, acessem ao site do TJ verifiquem a quantidade de demandas já ajuizadas por essa cidadã que se sente incomodada por tudo e por todos a exceção de seus cachorros e gatos.
Pelo visto os argumentos dos defensores estão ficando escassos, pois o tom agressivo das mensagens vem aumentando consideravelmente, aqui e em outras mídias.
Mariana, demandar judicialmente é direito de todos, melhor do que praticar a autotutela, que é o que a maioria das pessoas faz. Resolve na pancada. A Justiça existe para que as pessoas resolvam ali suas contendas. Demandar sequer é vencer, é usar um direito. Aliás, um direito sagrado. Ou vcs preferem a ditadura que calava a todos?
Mas onde as escolinhas iriam funcionar numa cidade? Me ocorre que a alternativa seria criar um cinturão rural para colocar essas escolas. Porto Alegre ainda tem áreas rurais como Belém Velho, Belém Novo, Lami, ou ainda municípios da Região Metropolitana (Eldorado do Sul, Guaíba e outros). Teria que se ver uma forma de levar e trazer as crianças diariamente, talvez construindo uma linha de trem ou metrô até ao local. Esta é só uma sugestão. Como dizia o marronzinho (um candidato de São Paulo, que logo após o final da ditadura aparecia dando sugestões deste tipo em cadeia nacional, e que ficou como meu ídolo quando o tema é bobagens): “eu não sou doutor, mas eu tenho essa ideia”.
Victor, uma coisa é um ou dois intervalos de brincadeira no pátio. Outra é brincar o tempo inteiro no pátio aos gritos, Isso sequer é bom para as crianças. Isso só é bom para os pais que depositam as crianças em escolinhas para se verem livres delas e de seus gritos.
Só uma dúvida… Nos comentários o ódio é sempre contra o clube união…
Mas o que impede que fosse simplesmente aberta uma escolinha neste local, independente do clube?
A reação seria mesma ou estão apenas odiando pelo fato de ser um clube, que em suas concepções é uma instituição “rica, que acha que pode fazer o que quiser por seus interesses financeiros”?
Nada impede, a menos que a escolinha seja instalada da forma correta, a não incomodar os moradores na volta. Não são os moradores que têm que se adaptar à mudança, mas a mudança aos moradores.
Corretíssima a escritora em exigir os seus direitos. Hoje em dia somente temos deveres. Pagar isto, pagar aquilo, aquele outro, este outro. IPTU, iluminação pública, segurança, escola, plano de saúde etc. etc.
Ir morar num sítio, distante da civilização? Bom, isto é uma decisão de cada um. Nem cabe sugerir. Mesmo porque no sítio poderia aparecer (e aparecem), aquelas coisinhas fofas fazendo raves, fazendo pegas, cantando pneus, consumindo livremente suas porcarias. Tudo regado à bate-estacas full-time.
Mas o que me assombra é o nível de alguns comments. Teve uma aí que atestou ‘evidentes sinais de senilidade’. Apesar de não haver elencado os ‘evidentes sinais’, imagino que ela seja, possivelmente, uma psiquiatra. Ou uma vidente. Mãe de santo, talvez?
De qualquer forma, nem nossos ouvidos, nem nossos olhos são penicos, digamos assim. Os abusos aos direitos alheios têm mesmo que ser duramente combatidos. Pena que esta caso foi uma exceção!
Antigamente havia uma frase que sintetizava tudo: “O meu direito termina quando começam os direitos do outro”.
Mas, novos tempos, velhas práticas, o tempo do abuso voltou!
Acho curioso. Morei com minha mulher na esquina da Otto Niemeyer com Cavalhada. Bem em cima da Panvel, ao lado da sinaleira. Havia buzinas, poluição e som de carros travando e arrancando. Impossível conversar e respirar. As paredes ficavam pretas quando abríamos as janelas. Como vivíamos? Ora, nunca abríamos as janelas, nem no verão, quando usávamos ar condicionado direto. Quando achávamos que o ar estava viciado, ventilação com o mesmo ar cond. É só aprender a viver em cidade grande.
Mas quando tu te mudou pra lá, já sabia da condição. Aquela zona sempre foi tumultuada desse jeito, bem diferente do caso da Cíntia.
exatamente.
E ele fala no passado, ou seja, que não aguentou e se mandou de lá.
Rodrigo,
nenhum ministro pode falar mais alto que a Constituição.
Joana,
a queixosa não quer que ninguém “ceda”. Ela só quer PAZ.
O clube pode muito bem construir um lugar seguro para que seus clientes usufruam dos seus benefícios E NÃO INCOMODAR OS VIZINHOS.
É TÃO DIFÍCIL ASSIM ENTENDER??
E a queixosa não tem por quê isolar o recinto dela.
O outro é que tem que para de fazer barulho.
Mesmo depois de ter postado que as crianças eram inocentes, fui de um lado a outro nessa história, indo e vindo de opinião algumas vezes.
Lembrei das brigas com minhas irmãs e das muitas vezes que todos eram castigados, mesmo sendo inocentes. Segundo a mãe, estava errado quem implicou e quem não soube evitar a briga: Castigo geral! (E agradeço muito por isto, hoje).
A qualquer projeto apresentado à prefeitura de Porto Alegre, em primeira instância deve ser apresentado o EVU (Estudo de Viabilidade Urbana) que, teoricamente, analisa o impacto daquela atividade no contexto urbano pretendido pelo investidor.
Quando tratam-se de imóveis existentes, teoricamente, estes devem ser adequados às novas atividades para que se obtenha a mesma análise da hipótese anterior.
Em teoria, o poder público “pensa” no contexto.
Claro que tem treta, mas isto são outros 500. Ou mil, dependendo dos envolvidos…
O erro não é do clube, das crianças ou da escritora. Estamos todos discutindo a decisão da justiça, que foi silenciar as crianças. Se, ao invés de “ser cruel” a justiça obrigasse o clube a trocar o local onde está instalada a creche, a interpretação dos fatos seria diferente.
Se a justiça realmente se importasse em corrigir este problema, ela não podia silenciar uma das partes envolvidas. Isso, para mim, é o que incomoda mais.
Acho que toda escola devia ter o som dos seus recreios medidos. As categorias seriam: 10.SOCORRO, 9.MEU DEUS, 8.NÃO TE OUVI, 7.REPETE, 6.TE ESCUTEI, 5.DA PRA BATER UM PAPINHO, 4.CONVERSA ANIMADA, 3.MODERAÇÃO, 2.INSPETOR OLHANDO, 1.PATIO VAZIO. Nesta ordem, do ensurdecedor ao silêncio. Se medissem todas as escolas – se essa moda pega, verão que o União Criança tá ali no 4. Na conversa animada, no riso feliz… E isso, meus senhores, não está relacionado a mau comportamento ou a permitir que crianças mimadas façam tudo que querem. Crianças saudáveis são barulhentas, crianças malcriadas também são, mas não temos na Escola, provavelmente, 60 crianças mimadas que os pais são permissivos, fazendo barulho só de birra pra importunar a pobre mulher. A Dona Essa tem razão? Tem sim. Mas e os outros? O que precisamos entender é que algumas coisas são maiores que nós mesmos. Educação é uma delas.
voces sabiam que a senhora citada no texto sobe no muro para xingar os professores do Uniao Crianca? sabiam que ela joga agua com sua mangueira por cima do muro? sabiam que ela faz gravacoes com camera digital das criancas no patio da escola, sobre o muro? pois é, esses sao alguns dos absurdos que ela faz (por se achar FODA).. essa mulher é uma estupida, ignorante e mal educada.. oq internet e jornais dizem nao eh nem metade do que realmente acontece! mulher idiota!
Sim, foi revoltante quando fiquei sabendo no dia. Se tivessem chamado a polícia na hora talvez essa história tivesse um rumo diferente. Agressão contra crianças não pode ficar impune, deu tempo da Sra reverter o jogo e ser a vítima..
Mas se há provas testemunhais, esse crime não prescreveu. Processem a autora desta agressão. Está mais do que em tempo.
Na minha opinião o fato gerador é Cíntia x Sons infantis e não outro. Meu inconformismo está no fato da autora da ação ter atacado sons de pessoas, sons da vida e não sons mecânicos ou de música alta. Nenhum humanista deixaria de achar engraçada a intenção da moça. E cada vez mais acho que eu deveria ter processado a prefeitura por colocar uma sinaleira na minha esquina! :¬)) Afinal, quando os pais da minha mulher compraram o terreno, eram os anos 50. Chegamos antes!!! Queremos indenização!!! A gente era feliz e então começaram a jogar fumaça e barulho pra dentro de casa!!! Tivemos que nos trancar, pobres de nós…
Acabo de falar com minha sogra e soube que ela e seu marido saíram da maldita esquina com dois filhos pequenos para três quadras adiante — por não aguentarem mais a sinaleira — e alugou a casa. Processo, processo!
Mas por que vc não processa? Talvez não vença, mas é seu direito, é um direito de quem vive em uma democracia com sistema jurídico. Ou a ideia é proibir as pessoas de ajuizarem ações? Belo espírito republicano de vocês.
Acredito ser muito positivo essa situação chegar a todos veículos de comunicação. Nos faz pensar em como resolver o problema recorrente em cidades grandes: barulho excessivo x o direito de sossego no lar.
O que mais me deixa abismada é que o estatuto da criança e do adolescente está acima da constituição, e o mesmo não foi levado em conta pelo judiciário, nesse caso.
Há um ano instalou-se uma creche bem próximo de onde moro e as crianças fazem barulho, obvio! E o que vou fazer?? Nada, claro!!! Isso é um direito deles…
E tbm não entendo como uma escola de educação infantil, que precisa de uma serie de documentos e uma serie de condições para funcionar de acordo com os órgãos responsáveis (secretaria da educação, smic, etc), e que tem tudo isso regulamentado, perde seu direito?
A escritora alega que ministra oficinas literárias em sua residência e passou a ser impossível realiza-las. Pergunto: ela tem alvará de funcionamento para fazer esse tipo de atividade em sua residência?
Alguém comentou acima que acha absurdo o argumento de que a escritora deveria se mudar. Ok, tbm acho!
Mas é justo deslocar mais de 60 crianças todos os dias pelas ruas de Porto Alegre para fazer suas atividades no clube? E a segurança dessas crianças, onde fica? E as crianças pequenas de 1 ano e meio? Porque pra os adultos percorrer 200, 300 ou 500 metros para fazermos nossas atividades não é nada, mas e para uma criança de 1 ano e meio? É muito!!!
Melhor ainda seria deslocar a escola de lugar e causar transtorno para mais de 60 famílias que, um dos motivos de matricularem seus filhos naquela escola foi que fica perto de suas residências ou trabalho???
Dois pesos e duas medidas??? Porque é um absurdo que a escritora tenha que se mudar, mas causar todos esses transtornos as crianças e seus familiares não?!
Não estou aqui dizendo que a escritora deve se mudar, não se trata disso. Creio que um acordo entre as partes é o mais sensato, mas até onde sei a escritora não quis aceitar acordo nenhum.
Sou mãe de aluna e vcs podem ter certezas que meus questionamentos e criticas a direção do clube tbm estão sendo feitos! Creio que o caso não foi tratado com a devida atenção pelo União.
Fico pensando: e se fosse uma escola comum, como seria???
Se a escola sair da casa onde funciona hoje, desejo (de verdade!) que ali não vire um bar ou restaurante. Aí sim a escritora verá o que é incomodo!!!
Uma escolinha comum não mantém crianças o turno inteiro gritando.
Parabéns pela matéria! Finalmente ouvimos palavras coerentes sobre o assunto!
Das coisas que mais impressionam nesse post foi o uso do TU pela dita escritora em seu texto. Nós aqui das Gerais sabemos que vocês aí do sul guardam uma certa particularidade no emprego do TU. Refiro-me à conjugação dos verbos, por certo. E o faço lembrando que “fazem vós” no coloquial, não na forma culta, nos textos formais. Todavia, a escritora, trabalhadora das letras, se permite usar o TU assim tão livre, como se ele fosse uma singular terceira pessoa. Tudo bem. Sem problema. Érico Veríssimo não se preocuparia com isso, não veria mortos vivos na praça por tal “incidente em POA”. Como diria uma personagem irreal daqui desta minha terra de grandes sertões e algumas veredas, “se não tem tu, vai tu mesmo”. Quanto ao barulho, por que essa senhora não ajuiza uma Ação judicial para retirar a buzina nos automóveis? Afinal, barulho por barulho, muito mais barulho por nada promovem os motoristas, nos dias correntes, por entenderem que a buzina veio substituir o grito.
Caro bardo, provavelmente pela simples razão que o barulho que a atinge é dos berros no pátio ao lado, que foram periciados e constam nos autos.
Será este é o futuro que nosso país quer seguir? Enquanto o Brasil não pensar na educação como uma arma de desenvolvimento, promoção de saúde e qualidade de vida o país vai se afundando e conseguindo bater recordes negativos nos rankings de educação. Enquanto a justiça não pensar que o coletivo é mais importante que o individual a desigualdade socai só vai crescer e os mais poderosos vão continuar comandando os rumos do país, sem dar a mínima para o bem estar e o desenvolvimento social e educacional da nação!!! Senhores Juízes, por favor não fechem os pátios da escolas do Brasil!!!
Donos de escolinhas, por favor, ajudem as crianças a refletir, a pensar, a ler e não as mantenham o dia inteiro gritando em um pátio!
Que comentário mais ridículo e insano! Nem a própria autora do processo está tão empenhada em sua própria defesa quanto esta senhora… Logo se vê que não faz a menor ideia do processo de desenvolvimento de uma criança e das múltiplas competências que compete à escola desenvolver na criança… O pedagógico é apenas UMA, motricidade é a base fundamental de todo o seu desenvolvimento… Quis Deus que as pessoas emitissem sons e as crianças fossem felizes independentemente de pessoas infelizes e amargas. Processe-O.
-achei que poderia interessar:
MANIFESTO EM DEFESA DO BARULHO DAS CRIANÇAS
O Grupo de Pesquisa Identidade e Território (GPIT), ligado à Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Ri
o Grande do Sul (UFRGS), vem por meio deste manifestar a preocupação de seus pesquisadores no campo do Planejamento Urbano e Regional com a recente decisão do desembargador Carlos Marchionatti, motivada por ação de uma escritora, que alegou prejuízo profissional de atividades realizadas em sua residência em função do ruído produzido por crianças de 18 meses a seis anos de idade, no pátio de uma escola vizinha, localizada no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. A decisão, vencida em primeiro grau e confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), coloca algumas questões importantes e urgentes sobre as quais a sociedade brasileira precisa refletir.
Nos estudos urbanos ainda carecemos de maior volume de investigações a respeito das relações entre sons e cidade, no entanto o tema tem estado presente em trabalhos acadêmicos em todo o mundo, inclusive os realizados e debatidos no interior do GPIT. Não temos dúvidas sobre a importância dos sons como delimitadores de territorializações na experiência espacial, especialmente no espaço urbano. Sirenes, badalar de sinos, vozerio das multidões ou saudosos sons dos vendedores de jornais e afiadores de faca não apenas situam um tempo-espaço como também acabam por expressar ou mesmo regular a convivência. Locus da modernidade, o urbano é o lugar de encontro das diferenças e de convívio com imagens sonoras, as mais diversas. Viver em cidade é acolher a diversidade e experimentar a diferença. Escolas são importantes equipamentos urbanos que articulam a vida dos bairros, orientando inclusive a escolha da moradia por famílias que desejam viver em proximidade com esses espaços. Do ponto de vista da legislação urbana, inclusive não há impedimento de atividades escolares no Moinhos de Vento e, por princípio, escolas devem estar situadas em áreas de alta densidade.
Entendemos que a decisão da Justiça do Rio Grande do Sul pode estimular a intolerância, ao invés de promover soluções apaziguadoras, como a adoção de tecnologias de conforto acústico e uma série de outros recursos e medidas que minimizem a propagação sonora tanto na escola quanto na residência. A mediação de conflitos neste campo não pode mais se dar apenas baseando-se na medição física do fenômeno acústico, dada a importância social de muitas das atividades que se configuram como fontes emissoras. Estudos apontam que o tráfego automotor, por exemplo, é responsável pela maior parte do que é considerado poluição sonora em nossas cidades hoje, levando inclusive a transtornos psíquicos, mas não se tem apontado para a proibição da circulação de automóveis como solução desse problema. No caso dos espaços reservados à vivência das crianças em nossas cidades, o que propomos aqui não é que se deixe de observar os direitos que assistem o cidadão, mas que possamos pensar e colocar em prática alternativas que não se traduzam no distanciamento – ou silenciamento – de grupos ou sujeitos, pois é exatamente o relacionamento entre eles que fortalece a civilidade.
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Grupo de Pesquisa Identidade e Território – GPIT/CNPq
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
http://www.ufrgs.br/gpit
Oportunista e simplista.
Oportunista? Sim, aproveita-se do fato ocorrido para lembrar à justiça que existem outras formas de resolver o problema.
Simplista? Simplismo é silenciar, castigar uma das partes e eleger a outra como certa.
“…pensar e colocar em prática alternativas que não se traduzam no distanciamento – ou silenciamento – de grupos ou sujeitos, pois é exatamente o relacionamento entre eles que fortalece a civilidade”. Isto não tem nada de simplista.
Tá, e se as partes fizessem um acordo, com a escola pagando pelo isolamento acústico do quarto da escritora, e ela, retirando a ação?
Nao é fácil tomar partido nessa disputa, mas como moro na Praça da Matriz, falarei de minha experiencia:
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Moramos, sem dúvida, num dos lugares mais barulhentos da cidade. Em tempo de revitalização do bairro, marretas, britadeiras e caminhões fazem uma sinfonia única. Da mesma forma, o excesso de ônibus e transportes em geral incomoda muito. Nada, absolutamente nada se compara as vozes e aos carros de som dos manifestantes de todos os sindicatos imagináveis. Semana passada, visitaram-nos CEPERS e o pessoal da SUSEPE. Tambem, no predio que chamamos de Forte Apache, ensaiam todos os dias a gurizada da Orquestra Jovem do RS. Por fim temos ainda: o sino da catedral, o burburinho 24h da praça, os “Bah e Istmo” do Tangos e Tragédias e os varredores de lixo de ar, com seus motores de barco. De manha, somos capazes de sonhar que estamos sendo violentados por qualquer desses “amigos”, pois não temos condições financeiras para trocar as janelas.
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Moro aqui porque as coisas positivas se sobrepoem as dificuldades, é muito seguro, é perto do transporte publico, não falta luz (porque nosso gerador é junto com o do Piratini/Assembleia/etc) ou agua. Tem um climao de cidade do interior, com cumprimentos aos vizinhos e seus pets na rua e na praça, e tem vista pro Guaiba… mas nao se pode ter tudo. Silencio nós não temos.
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Toda moradia tem seus prós e contras. Se longe fosse das facilidades e da civilização, ouviriamos reclamações sobre a falta de investimentos do governo e da iniciativa privada. Se o lugar fosse ermo, o policiamento seria insuficiente. Se o terreno do clube fosse abandonado, diriam que é fonte de mosquitos, dengue, cupins e baratas. Se tivesse um restaurante, o problema seria o cheiro e o lixo gorduroso. Se fosse um puteiro, o problema seriam… as roupas das atendentes. Se fosse outro predio residencial, o problema seria as infiltrações no muro em comum.
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Em suma, morar, namorar, casar, estudar, trabalhar: em todas essas facetas de nossa vida precisamos optar pelas coisas boas e entender o que teremos que tolerar. “Alguém tem que ceder”…
Parafraseando nosso ministro do TSJ com uma pergunta direcionada a comentarista Silvia:
“Vossa excelencia é contratada pela defensoria?” que folego para revidar todos os comentarios contra a Cintia Moscovich. Só havia visto fãs tão devotos assim com menos de 14 anos!
A Ministra do meio ambiente da Holanda, Jacqueline Cramer, decidiu que o barulho causado pelas crianças em playgrounds não pode mais ser classificada como poluição sonora. A ministra declarou: “as crianças poderão gritar e berrar quando estiverem brincando legitimamente no ambiente fora de escolas ou em escolas infantis”. As novas normas entraram em vigor a partir de primeiro de janeiro de 2010. Assim, os vizinhos não mais poderão registrar queixa sobre o nível de barulho de crianças brincando legitimamente no ambiente fora de escolas ou em escolas infantis.
link:
http://www.rnw.nl/english/article/children-cannot-cause-noise-pollution%5D
A ministra que vá para a puta que pariu.
Não sou de Porto Alegre, mas, arrisco opinar. Se é verdade que houve uma mudança no local da escola e que o clube “resolveu construir um estacionamento onde antes ficava a creche”, como diz a escritora, poxa, dou razão à esta. É terrível escrever, ler e exercer atividades intelectuais com barulho. Existem muitos sortudos que nem ligam para o ambiente, mas quem preciso de um mínimo de silêncio, é terrível. Errado está o clube em desrespeitar a vizinhança para construir um estacionamento onde antes se localizava a escola. Não pensou nas pessoas em torno. Não importa a classe social dos vizinhos. Com o barulho, todo mundo sofre. E isolamento acústico e ar condicionado, poxa! Não é o mesmo que sentir os aromas da estação, ouvir os sons do mundo, o escritor precisa dos sentidos da cidade. Além disso, perícias devem ter sido feitas. Mais: não é questão de ter “piedade” das “pobres” criancinhas. É questão de chamar o clube à responsabilidade para com os vizinhos. Deveria ter pensado no que fazia quando executou obras lá dentro. É muito fácil para essas instituições abusarem do poder que têm em detrimento dos moradores em torno. Desta vez, alguém berrou mais alto! Ainda bem que era Cíntia Moscovitch. Viva Cíntia, gente! É isso que penso. Não me comovem as criancinhas, quando errado está o clube. Este é o responsável pelas “criancinhas” não terem o pátio. Jamais a escritora. Devemos ter clareza nesta questão. Neste caso, ainda bem, a justiça agiu certo. Gostaria de saber o que aconteceria se o reclamante fosse um pesquisador ou, melhor ainda, um professor. Abs a todos.
Eu sou professora e sou cidadã como qualquer outro profissional.
O que posso dizer é que “SÓ SABE ONDE SAPATO APERTA QUEM O CALÇA.”
Eu sei muito bem o que é ser perturbado por som alto de vizinho, bar próximo etc.
Aguentei por seis anos uma vizinha que batia a porta de entrada do seu apartamento com toda força, sem nenhum cuidado, causando-me uma dor cabeça insuportável. Pedia, conversava explicando que seu apto está bem ao lado do meu; que, por favor, cuidasse para não me incomodar. Ela continuou. Ainda ria de mim. Dizia que “o vento batia”.
Comprei um aparelho de som muito potente e, agora, toda vez que ela repete a façanha, ponho um rock alemão no mais alto volume. ELA ODEIA!!!
Já cuida pra não me incomodar porque sabe que o troco vem na hora.
Se eu tivesse ido à Justiça talvez nem me tivessem dado razão.
Obrigada.
E, um detalhe:
Não é só escritor que precisa de silêncio em sua morada:
TODOS MERECEMOS ESTAR BEM EM NOSSA CASA.
Dona liselena,
empreste o seu quintal pras criancinhas se divertirem e fique lá o dia inteiro escutando-as.
Gostaria de deixar minha opinião sobre o assunto e acredito que quem diz que não incomoda e que são apenas crianças, não tem idéia do que é aguentar isso todos os dias. Moro há dois anos em frente a uma escola estadual de primeiro grau e é simplesmente insuportável. 3 vezes por semana as crianças tem aula de educação física (crianças de até 11 anos no máximo, que deveriam estar aprendendo a ler, escrever e fazer contas!!!!!!!!) berram e correm no pátio minúsculo e sem nenhum tipo de isolamento, numa região cercada por prédios residencias. A diretora da escola, quando questionada, diz que as aulas de educação física não interferem no aprendizado das outras crianças que estão tendo outras aulas no momento, mas vamos ser francos, o barulho é ouvido a dois quarteirões de distância e não é ouvido dentro da escola?
Acho um total absurdo! Eu não sou dona do imóvel e apenas para colocar uma cortina que abafaria um pouco a janela do quarto, me foi pedido R$ 1,200.00!!!!!!!!!!
Falta de respeito total!
E para aqueles que condenam a ação, convido a passar uma semana em minha casa, com as portas e janelas fechadas e a TV ou som ligados, das 07:00 as 18:00, especialmente as terças, quintas e sextas.
é claro que é infernal.
só não compreende quem nunca passou por esta situação.
EU passo pelo mesmo problema. Moro em frente a uma escola. Eu não tenho tido sossego!!!! Quando as crianças estão fora da sala é um inferno !!! E dentro das salas eu simplesmente ouço as professoras gritarem com as crianças o tempo todo Estamos esquecendo aqui que todos tem direitos. As crianças tem direito aos estudos ,brincar… mas os vizinhos tem direito a ter o mínimo de sossego. E não vem com essa história de isolamento acústico pq ninguem merece ficar dentro de um apartamento com ar condicionado . Outra observação tudo em excesso faz mal. Quando as crianças são expostas as volumes altos mesmo que a própria voz são futuras propensas q terem problema de audição….
Perfeito!! parabéns a escritora por essa ação contra a escola… contra a escola e, em momento algum, contra as ciranças… foi uma empresa que chegou na vizinhança para ganhar dinheiro. e, se alguém está tão incomodado com a postura da escritora. é simples. pegue a escola e leva para dentro de sua casa ou coloque-a ao lado de seu quarto, sua cozinha, seu banheiro etc.
se todos fizessem isso, essas empresas pensariam duas vezes antes de se apropriar da paz de uma vizinhaça séria e que gosta de ser respeitada.
parabéns Cintia pelo seu ato cidadão. eu faria o mesmo.
Acho que a escritora tem suas razões,
mas como ela escreve mal hein…
Também passo por um problema desses e, só quem tem uma escola como vizinha sabe o que é. As crianças fazem um barulho terrível, no meu caso, a escola é de ensino fundamental e seu espaço físico é muito grande.Pertence a uma denominação evangélica do 7º dia…, bom nos finais de semana ainda tem reuniões da igreja.Resumindo, vc tem as 07:00 horas da manhã e as vezes atá antes desse horário; um repertório de palavrões e batidas de bola nas paredes que, só ouvindo pra entender. Eu tenho certeza que nenhum pai ou mãe, atura um barulho desses em casa, pois, tenho duas filhas e sei o que é criança, mas, numa situação dessas, podemos dizer que elas estão fora de controle, até porque a escola hoje em dia não possui muita ingerência sobre os alunos.Enfim, a Cintia tem razão…
Parabéns Cintia, esse povo tem que respeitar a s pessoas.Ninguém merece ficar o dia todo sujeito a bagunçada que é uma escola,é terrível ,verdadeiro inferno, só quem convive com isso sabe.
Cíntia, parabéns pela atitude, a escola tinha que ter o cuidado, fazer um estudo prévio e, pensar no próximo, se por vantagens financeiras resolveu abrir uma escola ao seu lado sem qualquer critério, é justo, que por seu sossego, você (justiça) proíba o barulho. Esse povo que te critica, não tem tem essa pimenta no rabo para saber o quanto doí, as crianças, no meu entender, não tem qualquer culpa, mas a escola sim e, deve pagar pelo erro que cometeu. Pergunto aos que te criticam, – E o direito do cidadão? onde está?
Não é porque trata-se de uma Escola que tenha que levar alguma vantagem, pelo contrário, tem é que dar o exemplos.
Eu e minha família vivemos (ainda hoje) um problema semelhante ao da escritora, não se trata de condenar crianças que gritam, mas de que qualquer um de nós tenha seus direitos respeitados. Todos os dias eu e minha família somos acordados pela gritaria (estridente) das crianças, não estou dizendo que criança não deva brincar ou gritar até as cordas vocais falharem, estou dizendo que também tenho o direito de acordar sem sobressaltos. Não sou eu que estou obrigada a vedar o som externo que chega a minha casa, mas se se instala uma escola em uma área rodeada por residências tenho que adaptá-la às necessidades daquela área de forma que ao iniciar as atividades não prejudique direito alheio. É muito fácil criticar a escritora, é muito fácil criticar sem estar na pele do outro. Deixo claro que não defendo interesses de classes, pois tenho formação de professora e sei da realidade de nossas escolas e do meio educacional e é justamente deste meio que se deve partir as ações para ensinar as nossas crianças, desde cedo, a respeitar o direito dos outros.
., Sin embargo estoy aprendiendo de usted, como yo estoy tratando de lograr mis metas. Verdaderamente me gustaba leer todo lo que está escrito en su website.Keep las historias que viene. Lo disfruté
é, pimenta no dos outros é refresco.!
vai morar vizinho a uma creche e vocês vão saber o que é inferno, bando de hipócritas !
Vejo um bando de imbecís, querendo dar uma de “bom samaritano” criticando as pessoas que desejam e merecem, um pouco de sossego, pelo menos em casa, mas infelizmente, a lei não proteje .
Lugar de creches, não é em ruas residencias, e sim em lugares apropriados à manifestação natural de crianças.
Seria bem interessante, que essas pessoas, tivessem o azar de terem ao lado de suas casas, comercios como, creches, bares, clubes.
É por isso que o Brasil tem os governos e administradores que mercem,,,,,,,
Boa tarde a todos.
Sou educadora, musicista e pesquisadora em ecologia acústica. Resido no Rio de Janeiro, onde leciono no Colégio Pedro II, colégio público e de excelência aqui na cidade. O campus em que trabalho (com ensino fundamental 1), precisou mudar de endereço devido à obras estruturais necessárias no prédio. No endereço original, sempre foi uma preocupação dessa unidade do Colégio a questão da acústica, e a sala de música conta com tratamento completo, feito pelo coordenador de Educação Musical com a ajuda dos pais. No prédio provisório, assim como no original, fazemos todo o possível para minimizar os incômodos aos vizinhos e a todos que vivenciam o ambiente escolar.
Evitamos a utilização de microfones e caixas de som nos pátios abertos, afinal, a questão dos decibéis é lei e devem existir salas/auditórios apropriadas para tal. Que valores pretendemos passar aos nossos alunos ao negligenciarmos uma lei (muito necessária e que ainda está engatinhanhando no Brasil) por comodismo, preguiça em se pensar a respeito ou falta de interesse em cumprí-lá?
A questão do recreio é constantemente repensada, para que o mesmo seja mais agradável e menos impactante, tanto ao ambiente externo à escola quanto aos próprios alunos, professores e funcionários que constroem este ambiente. Incentivamos os jogos educativos e, sobretudo, conversamos e investimos muito nos valores de respeito ao próximo, na importância da escuta, no conceito da liberdade que não tira a liberdade do outro, etc. É claro que é possível correr e fazer atividades fisicas sem transformar o pátio num escândalo. Algum barulho irá existir, faz parte, mas quando falamos em escândalos, estamos falando em muito mais que um grito pontual.
Educação é o meu caminho querido, os seres humanos, as relações.
Tenho muita pena do que vejo em muitas escolas e famílias, que às vezes, até por pensarem estar fazendo o melhor, em sua ignorância, acabam gerando danos irreversíveis, tanto no campo emocional quanto no audição das crianças.
São muitas as escolas que associam as brincadeiras das crianças no recreio ao completo descontrole das mesmas. E essas escolas permitem que as crianças experimentem essa vivência cotidianamente. As crianças mais sensíveis sofrem muito, sentem dores de cabeça, não querem ‘descer para brincar’ e associam o recreio a algo ruim. Isso não precisaria acontecer se houvesse verdadeiro investimento ou olhar/escuta com a questão sonora. A audição está profundamente ligada ao equilíbrio e ao psíquico.
Trabalhei em mais oito escolas em minha ainda curta jornada, algumas delas bem renomadas, e presenciei, em algumas dessas escolas, professoras gritando em microfones a céu aberto, caixa de som com músicas para animar o recreio, entre outros… Só que não se grita em microfones. Microfones também não devem ser usados a céu aberto, a não ser que se esteja isolado em um sítio. E… Crianças precisam que se anime o recreio ou precisam de tempo e espaço para criarem?
Finalmente compreendi e aceitei que não tenho perfil para estar em um espaço educacional que não compreenda essas questões. Afinal, é o meu caminho profissional.
Quanto a ação em questão, não conheço a escritora e o seu comportamento, nem a escola. Penso apenas que qualquer opinião radical ou argumentos como ‘são crianças’, ‘agradeçam aos vizinhos da escola do seu filho’, ou ‘ela que faça um isolamento acústico’ são bastante rasos. Primeiro, porque crianças precisam ser ajudadas com contornos, limites e orientação; segundo, porque existem escolas e escolas e, se faz necessário sim, pensar sobre a ecologia acústica em todas elas; terceiro, porque um isolamento acústico custa caro e gera suas privações, além de não resolver todas as questões sonoras, mas, principalmente, porque o que deveria mudar é o que está gerando esse alto volume. Tratamento acústico deveria ser utilizado para não vazarmos o nosso som ao próximo, como meu marido e eu que somos músicos, e mesmo assim, com bom-senso. Num país em que ainda cuidamos tão pouco dos nossos ruídos, ou toxinas sonoras, é um recurso que acaba sendo adotado por hospitais, asilos outros. Educação seria o suficiente. E as escolas deveriam se educar…
Sugiro a todos que se interessem pelo assunto a pesquisa sobre ecologia acústica. Trabalhos como o de Marcelo Petraglia, Marisa Fonterrada e Murray Schafer são muito proveitosos.
Vivo problema semelhante, moro nos fundos de uma escola pública onde foi construido um ginásio de esporte em anexo a Escola, que antes era apenas uma quadra sem cobertura , entretanto com a construção do ginásio toda a acústica fora projetada de modo a não ser direcionada para a Escola e sim para o bairro, com isso a realização de todos os eventos, educação física, atividades curriculares realizadas diariamente, professores gritando com seus alunos usando microfone, ensaios de apresentações artísticas usando musicas em caixas de som amplificadas tornaram insuportáveis…
Me cansei de educadamente pedir para abaixar o volume ao qual tornava-se insuportável, até que a situação tornou-se absurdamente caótica e chamei a polícia, assim toda essa ação resultou em processo cível.(“pequenas causas”).
na determinação judicial e diante de acordo firmado perante conciliador, ficou estabelecido que o responsável da instituição me fornecesse um numero de celular para q sempre que os níveis toleráveis fossem alcançados, nós conversaríamos e seria sensato da parte da instituição a adequação a lei do sossego(art 42).
Porem a reincidência ou não cumprimento em caráter de acordo acarretaria prejuízos a instituição.
Pois é, hoje continuo sem resolver esse problema, em uma visita a Escola para alertar o diretor sobre o descaso dos professores devido o abuso da altura do som, o mesmo relatou que A Escola já existia e que os moradores foram quem construiram nas proximidades, que ele também não poderia se mudar do local falando em um tom irônico, que eu tinha que procurar meus direito e processar o Estado e que ele não iria deixar de cumprir sua agenda curricular por causa de problemas com a vizinhança(e frisando que a vizinhança correspondia unicamente a mim)., Ora, ora, num bairro com mais de uma centenas de casas seria ignorância e insensibilidade achar que a lei não se aplica ao caso dele, e como se não fosse pouco pediu para eu comprar um decibelímetro e medir o nível de som porque ele faz isso a partir de um aplicativo de celular e sempre está nos limites permitidos.
O fato que me deixa envergonhado é que o diretor afirmar que eu perco meu tempo …
diante disso tramita outro processo que agora remete na reincidência, anexado com gravações testemunhas e BO, agora é acreditar q a justiça faça sua parte…
Lamentável os comentários de alguns.
Sou estudante de pedagogia e realizei um estagio obrigatório nessa escola.
Sobre o fato de não ser pedagógica a questão de brincar o dia todo no pátio. Desculpa informar, mas existe um rodizio de tempo para cada turma, ou seja, elas não ficam o dia todo no pátio, pois existe um tempo determinado para isso. O que ocorre é que mudam as turmas a cada momento. Pois crianças do jardim A, não divide o pátio com berçário, por exemplo.
Antes de falar da questão pedagógica da escola, reflita sobre isso.
E sobre essa escritora, com toda a educação, vai morar no mato bem longe da civilização, obrigada.
Bom dia
Concordo plenamente com a Cíntia, a maioria das pessoas que critica se encontram em moradias que não possuem este problema ou semelhante.
Pois eu sei como é, e segue alguns outros fatores:
Calçadas quebradas.
Estaciona em cima da calçadas.
O barulho começa as 6:30 e para as 19:00.
As primeiras horas de funcionamento os pais vem com som alto.
Quando o caminhão de lixo recolhe o material fica os dejetos no chão.
No meu caso começo a trabalhar as 22:00 então no início da manhã ainda estou dormindo.
Sei que criança tem que se divertir, rir, brincar e gastar as energias, mas ela esta reclamando é do local que não acha correto.
Você compra uma casa ou apartamento e que é sossegado e logo chega um jardim que vira sua vida de cabeça para baixo, isso eu não acho justo.
Todos nós tem um dia ruim, imagina acrescentado choro, gritaria, música alta.
Como dizem, pimenta no olho do outro é refresco.
Eu moro ao lado de uma escola infantil , onde as crianças, como todas do mundo, brincam e se divertem o tempo todo, com raras ocasiões de silêncio. O fato é que trabalho a noite/madrugada, e o meu horário de descanso é justamente quando elas estão ali, com energia total.
Resolvi visitar outras escolinhas no mesmo horário de funcionamento, e pra minha surpresa são mais tranquilas, mais educadas. Essas outras escolinhas não tem o padrão de luxo que a escolinha vizinha tem, e são até bem simples, com crianças mais simples.
É absurdamente alto os gritos agudos que saem dessa escolinha, sendo que em um mesmo cômodo, para conversar com alguém dentro dele, temos de o fazer gritando. O volume da tv tem de chegar a 60, sendo que em outros horários o volume fica em torno de 15 a 20.
E pasmem, há um lote com mais uma casa entre a escolinha e minha casa.
Resolvi pesquisar sobre esse assunto, e me surpreendi ao saber que por lei, no Estado de Minas Gerais, aqui no Brasil, o máximo permitido de som em áreas residenciais, é de 65 decibéis. E resolvi medir só a título de curiosidade. 59 dB com apenas 1 (UMA) garota gritando. Resolvi nem medir do coral todo junto…
Crianças devem produzir barulho, mas em um ambiente adequado. Em local onde vivem outras pessoas, que inclusive prezam sossego, onde a escola funciona de forma irregular ao seu ambiente, o mínimo que uma instituição dessa pode fazer é aquilo que ela se propôs a fazer: ensinar. Mostrar o caminho da educação, mostrar que não precisa ser um humano irracional que grita por 3 horas seguidas sem intervalo.
Me assusta essas crianças terem garganta, e mesmo na chuva, elas ficam na piscina da escola aos berros. Como isso?
Talvez ,o que elas não podem fazer em casa, por serem educadas assim, elas façam na escola. É apenas um palpite.
Eu amo crianças, e também amo meu direito de sossego e descanso para o meu trabalho que é meu sustento.
Para resolver o impasse, resolvi me mudar, ainda estou escolhendo um bom lugar, e desejo sorte e paciência a quem decidir se mudar pra cá.
Quero parabenizar esta escritora e dizer que tbm moro ao lado de um Colégio particular que além de produzir um barulho além do permitido, provoca um completo caos no trânsito e com manobras irregulares feitas pela própria diretora e pais de alunos na calçada…Já tendo enviado carta registrada e falado pessoalmente sem sucesso a escola, em vez de acabar com o problema, trouxe vários outros .Só quem passa por um problema como esse é que sabe o quanto é estressante você ter que sair de sua rotina para viver se defendendo daqueles que deveriam dar o maior exemplo de educação.Por favor não falem das crianças , não são elas as julgadas pois elas vivem seu momento e tem muita energia para praticar esportes,gritar e tudo mais.Agora o que não pode e isso está muito claro no nosso código Civil é isso atrapalhar o vizinho pois todos nós temos que ter paz em nossas casas. Não dá para vender um bem que você lutou tanto para adquirir pois uma administração não se organiza para por em prática o que deveria fazer…”Respeito ao próximo”.Por isso o interesse financeiro muitas vezes fale mais alto e não se investe para parar o problema e sim continua com ele obrigando a quem está em seu lar e tem toda uma história no local ter que correr atrás de seus direitos para garantir o que todos precisamos “PAZ”!! Parabéns a essa escritora e que todos possam ver com mais atenção o problema antes de julgar quem corre atrás de seus direitos!!
Verifiquei algo muito .interessante nos comentarios de quem nao apoiou a escritora.
Nenhuma dessas pessoas .dotadas de alta sensibilização e profundo afeto as crianças e etc…
Moram ao lado de uma escola.fato esse que nao da pra criticarem o que nao vivem.
Apoio a escritora .fico feliz de a justica brasileira ter tido bom senso e agido na lei .se em algum caso o outro nao fizeram o seu devido papel .nao justifica e nem serve como.merito ou comparativo para outro assunto.
O escritor da postagem de alto teor sarcastico e ironico nao tem nenhuma sensibilidade com a questao a qual ele nao vive.romantizo o problema.colocando que estaria sendo punido as criancas.O processo nao e contra as criancas ..vamos expandir a bendita consiencia .e contra o local que negligenciou as normas de silencio que agiu arbitrariamente em nome.do dinheiro .colocando seu negocio em area residencial e nao promoveu isolamento adequado no local.se eles sao um local de edicacao .devem ser o exemplo.
Fato.