Quando Kelvin fez o segundo gol do FC Porto, novamente pensei que o Benfica é igual ao Internacional dos anos 80 e 90. Aquele colorado até formava bons times, ganhava jogos, mas levantar taças (ou ganhar jogos decisivos) é algo muito diferente. Para ganhar campeonatos é necessário um gênero de vontade e ousadia diferentes, exatamente o que o Benfica não tem e que o Internacional aprendeu a ter apanhando muito. Meus dois times estão em situações antitéticas. Em Porto Alegre, o Inter ganha um ou mais campeonatos por ano; em Lisboa, quase nada. O Benfica não sabe que, quando estamos ganhando um jogo decisivo, há que melar os minutos finais com quedas, faltas a cada minuto, reclamações dramáticas ao árbitro, etc. Partidas muitas vezes são ganhas por anjos, campeonatos são coisas decididas por atores dispostos a tudo. Não entendo como o Porto fez seu segundo gol nos descontos sem maiores dificuldades, numa jogada de um ex-jogador de futebol conhecido nosso: Liédson, que recém entrara em campo.
Há duas rodadas, o Benfica estava 4 pontos na frente do Porto e invicto. Na semana passada, já avisou que estava louco para entregar a rapadura — empatou com o Estoril e ficou a 2 pontos de seu principal adversário. E hoje perdeu por 2 x 1, deixando o Porto passar a sua frente com apenas uma rodada para ser jogada.
Jogando na casa do Porto, o Estádio do Dragão (ui!), o Benfica saiu ganhando. Logo o Porto empatou, mas depois nunca massacrou, nunca pressionou fortemente o time lisboeta. Tudo parecia sob controle: o Benfica estava em pé, demonstrava compostura e esquema tático. Porém, se o Porto não massacrava em campo, o Benfica provavelmente massacrava-se internamente. E, lentamente, a equipe foi se desmanchando, se desmanchando e então o técnico Jorge Jesus cometeu o maior dos absurdos: lançou mão da estratégia que a torcida colorada costuma denominar de chama-derrota. Em vez de tratar de manter a posse de bola e o adversário sob contra-ataques, retirou um jogador de frente para colocar um zagueiro. A entrada de Roderick Miranda no lugar de Gaitán indicou claramente ao Porto que “não vamos atacar mais, vamos ficar todos lá atrás e o papel de vocês é o de tentar fazer o gol que lhes falta; o nosso, de impedir”. Ora, uma das coisas mais simples e esquecidas do futebol é a necessidade de fazer com que o adversário fique longe de nosso gol. Ou temos uma super-defesa à italiana, ou o melhor a fazer é sair com a bola para longe, trocando passes.
Quando Liédson passou a Kelvin e este chutou cruzado, a TV mostrou a mais dramática, bela e importante imagem do jogo. O técnico Jorge Jesus desabou de joelhos, fazendo cara de enorme dor. Não encontrei nenhuma foto da cena de Jesus ajoelhado à beira do gramado de cabeça baixa e com cara de dor, mas digo que a profunda dor moral foi causada por ele mesmo. Ao final do jogo, JJ declarou: “Esta derrota penaliza fortemente e vai deixar marcas”. É mesmo?
Dizia Drummond — e eu concordo — que amar se aprende amando. Pois eu digo que vencer se aprende vencendo. E está difícil para o Benfica aprender.
Estarei em Porto Alegre próxima terça feira 14/05 ; sigo direto pras terras de Garibaldi. Retorno praí na quarta, uma convenção da ONU e quinta feira 16/05 a partir do horário do almoço até a noite estarei livre para um café com meu escritor predileto! Esqueceu??? Sou tua “fã número dois” já que nossa querida Claudia disse a mim ser por ti a “número um”. Tomar um simples café, ou até mesmo percorrer o Parcão com o senhor “ao vivo”.. . preparias pra mim um chimarrão?… tchê!…Muito bem…seja lá onde for. Se estiver ocupado eu entenderei…Bah! …mas por favor, diz que sim!!!…diz que sim!!!. Felicidade a gente já aprendeu que não existe completa. Porém pra mim estar de conversê outra vez, ouvir ao vivo o que escreve!!! Aí seria completa. Beijinho docemaior pra ti, Claudia e filhos. Por favor …avisa toda a Porto Alegre linda… que eu vou.
http://diabenfica.blogspot.com.br/2013/05/de-deus-e-outros-demonios.html
O mesmo que você diz. Mas em português de Portugal…