As fotos a seguir são do norte-americano nascido em Taiwan Hilo Chen.
Só tem um detalhe: não são fotos, são pinturas.
Mas apenas em algumas imagens a sensação de irrealidade fica mais alta.
Me digam qual é a diferença de olharmos uma mulher real ou um desenho?
Pensemos, por exemplo, em Charlize Theron.
Você, um de meus sete leitores, jamais terá Theron — então …
… qual é a diferença entre vê-la em fotos ou ver um desenho dela?
Ah, ela tem trabalhos admirados por nós e uma biografia?
Sim, mas o que nos interessa nestas noites de sexta-feira …
… é seu trabalho photoshopado para a Playboy em maio de 1999, não?
E ali, o que é Charlize e o que é ficção? O que há de realmente apalpável nela?
Sei lá, mas fiquei bem interessado no conceito dos trabalhinhos do …
… certamente perecível Chen.
Agora, de garantido mesmo, é que a foto abaixo …
… é pura Charlize. E basta para ser irresistível.
Conheço um desenhista brasileiro (conheço mesmo, fomos amigos de infância) que tem o desenho de uma mulher que ele tenta transformar em real e engana alguns. Ele deu a ela uma biografia, site, amigos, até em revistas ela já apareceu.
(Não coloco o link porque aí eu já estrago antecipadamente a brincadeira)
FILOSOFIA & MITOLOGIA
by Ramiro Conceição
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É…, este PHES tá filosófico!… Eis a questão proposta: o que é mais importante, a realidade ou as diferentes formas de representá-la? Questão complexa!…, pois a “realidade”, efetivamente, nunca se revela por completo: sempre, digamos, é “sentida” mais próxima ou mais distante, conforme o método adotado para representá-la, compreende-la e, consequentemente, superá-la.
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Tudo parece indicar que estamos no caminho mais preciso para algumas coisas e, concomitantemente, mais distantes em relação a outras… Por exemplo, já temos uma nave a caminhar fora do sistema solar, contudo, estamos longe de resolver questões associadas à continuidade da vida por essas bandas…
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Outra questão a ser resolvida nesse XXI: a estrada à nossa espécie deverá ser via o capitalismo, aparentemente já vencedor, ou via o socialismo, já definitivamente sepultado? Parece-me, até o momento, que os dois processos foram desastrosos: tanto o mercado quanto a pseudoextinção da luta de classes não resolveram a questão associada essencialmente à social liberdade humana. A arte e a religião onde ficam nessa confusão?
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É…, o que fazer (sem ser “Lenitivo”)?… Pois pela primeira vez, efetivamente, somos: o Poeta; o Engenheiro; o Sonhador; “Ninguém”; e o antropófago Minotauro (ainda mais: estamos sós!…).
Uma possível pseudorresposta…
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APOTEOSE
by Ramiro Conceição
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Se não crês em mim tal qual amigo
então não me vês, mas um inimigo
que carregas dentro e que te devora,
que, a te furtar, está nesse teu agora.
Amar é não plantar carências…
Ah, essas farpas da existência!
Rascunhos são a nossa essência.
Dos fracassos se faz ciência.
Trocar amigos por inimigos
é do mar, com o mal, roubar o sal
no escuro d’estrelas embrulhadas.
Para provar que sou amigo, digo:
amar é crer… em nossa hipótese
e às cegas ver a nossa apoteose.
Eis outra pseudorresposta…
Eis outra possível…
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http://www.youtube.com/watch?v=4q9hYVQxLbsEis outra…
Eu não desisti da Charlize, e tenho certeza de que ela me aguarda, em algum lugar sagrado do Mediterrâneo.
(suspiro)
Tomara que “As Mil e Uma Noites”
sejam de amor… Não aquela rima
pobre que normalmente explode.