James Joyce e seu neto Stephen

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James Joyce et son petit-fils Stephen

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  1. MOLLY BLOOM & PROMETEU
    by Ramiro Conceição
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    sim sou a inocência que levanta todo dia diante do sol
    sim alguém que crê na arte como um rascunho capaz
    de gerar criativos desenhos amorosos
    sim sou um cisne cínico que debocha
    desse cotidiano que não desabrocha
    sim um paradoxo um livre prometeu acorrentado
    a buscar o amado e desconhecido “ser- humano”.
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    PERFUME DO IMENSO
    by Ramiro Conceição
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    O mistério do amor?… Ora,
    é cuidar dos pequenos, pois
    aí brota o perfume do imenso.

    1. DICIONÁRIO
      by Ramiro Conceição
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      Para onde foi aquilo, aquele, aquela, eles, elas, estas, estes elos: o oeste, o leste, o norte, o sul que pareciam tão próximos? Por que tudo parece distante justamente quando o perto parecia tão certo? Por que tem de ser assim para quem cria, crias? Por que o silêncio é necessário para conceber um barulho estranho?
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      Disse o poeta – das Elegias – que quando tal acontece devemos estar em júbilo, mesmo diante da maior dor, pois tal acontecimento é a prova fundamental de que o vital não nos abandonou… Disse ainda que “todo anjo é terrível” porque nos ilumina, nos denuncia, nos anuncia e, principalmente, nos desnuda  no rio da vida  a pequenez. Portanto, dessa maneira, então, os nossos demônios devem ser a prova da nossa potencial grandeza… Vai saber!… Quem efetivamente sabe dessas coisas?
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      Dizem os livros antigos que somos políticos, que necessitamos do outro, de muitos outros, pois no fundo somos seres inacabados… E tal convivência só pode ocorrer sob algo de nome democracia – este mar confuso onde os barcos têm o direito de navegar sob a lua da liberdade de expressão e sob o sol de cada destino. Todavia, ultimamente, diante desta coisificação global, tudo está a virar um mórbido entretenimento cotidiano  entre países ricos e pobres.
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      Então, o que é liberdade? O que é se expressar? Qual é o destino? Há alma? Há espírito? Ou, somente reações químicas ao acaso que geraram um produto físico-químico denominado ser………………………….humano?
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      Se tudo é uma viagem sem se saber se há volta ou ida contínua… Então, por que não construirmos amorosamente aqui  enquanto há uma dádiva do tempo avesso à morte  a ponte ao belo transitório?
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      Mais que isso: por que não sermos a própria ponte, um hífen ao complexo substantivo composto a ser descoberto  o SER-HUMANO? Por que não, a partir daí, escrevermos juntos, com o passado e com o presente, um futuro, um inacabado dicionário desconhecido?

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