Em versão ultra-light, certamente hipócrita e insincera de tão light, o autor deste blog aparece tranquilamente dando migalhas de pão para os pássaros, peixinhos e tartarugas do Parque da Redenção, em fotos de Elena Romanov. Nas fotos, como alguns sabem, não está presente todo o ambiente envolvido, tal como, por exemplo, o calor senegalês de nossa cidade. Senti-me como a Carlota do Werther de Goethe, dando pão com manteiga às criancinhas, esperando retribuição nenhuma. É minha postagem de Natal, gente!
Ao final da tarde, o autor do blog voltara à normalidade.
Que todos se embebedem pelo Menino Jesus!
Feliz natal pra você também, Milton.
Eu passei a ser meio receosa em dar comida aos bichos no parque por um incidente que aconteceu com a minha mãe. Ela foi munida de um saquinho de migalhas, igual você, para alimentar os gansos num parque perto da casa dela. Ela jogava os pãezinhos, que não iam muito longe por serem leves. Os gansos era muitos, comiam rápido e começaram a chegar cada vez mais perto. Gansos não são criaturas pacientes. No fim, minha mãe foi perseguida por meia dúzia deles e jogou para o alto tudo o que tinha, na esperança de escapar com vida!
Maravilhosa, essa. Pena que seja engraçada apenas na vida, não na literatura. A menos que seja escrita com muito cuidado.
PORCOS E GANSOS
by Ramiro Conceição
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Disse uma Lenda que
“não se deve jogar pérolas aos porcos”,
porém completo “nem pedaços de pão
aos gansos públicos”.
O NENÊ DO PEIXE-BOI
by Ramiro Conceição
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Quando o nenê
do peixe-boi nasce,
a mãe,
a peixe-mulher,
o leva à superfície
para respirar…
E depois desce.
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No silêncio,
por sete dias
sem descanso,
por não ser Deus,
a mãe vê o seu nenê
aprender a sua parte.
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Ora,
não faz a mesma coisa a arte
com seu nenê de 30000 anos?
Se não fosse o óculo, eu jurava que era o São Francisco.
Óculos, diacho.
Bom drible no Papai Noel, Milton. Até.
Muito bom Milton e feliz (Natal) solstício de inverno para você e sua família.
Outra experiência interessante é alimentar as tartarugas no jardim Botânico.
Alias, nem precisa alimentar: basta chegar na margem e ver surgir dezenas de cabeças para fora d´água, com aqueles pescoços parecendo aquela foto famosa do monstro do Lago Ness. O agravante é que todos aqueles monstros nadam velozmente em sua direção.
Que a luz oscile entre o claro
e o escuro da vida, mas qual
uma novilha… quando feliz.