O que vê e como se sente um daltônico?

O termo daltonismo deriva de John Dalton, um cientista inglês que estudou teoria atômica, autor da lei de Dalton (algo sobre pressão, se não me engano) e que foi o primeiro a estudar a anomalia de que sofria. Atualmente, o termo mais utilizado não é mais daltonismo e sim Color Blindness ou Cegueira para Cores. Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossomo X, ocorre mais frequentemente entre homens pois, no caso das mulheres, seria necessário que os dois cromossomos X contivessem “gens daltônicos”.

Curiosamente, os daltônicos muitas vezes apresentam genitália avantajada. Seus filhos, não.

Você reconhece um daltônico quando ele, ainda adolescente, morando na casa da mãe, sai de casa bem arrumado para alguma ocasião especial trajando estranhas combinações, como calça verde e camisa vermelha. No meu caso, a Dra. Maria Luiza Cunha Ribeiro dizia para mim:

– Pelo amor de Deus, muda de roupa, Miltinho. Tu mais pareces um periquito – não estranhem, minha mãe sempre falou um português perfeito, com todos os verbos bem conjugadinhos…

E o periquito voltava para seu quarto, acompanhado de sua mãe, dentista e consultora cromática, a fim de trocar de roupa. Mas nunca o fazia na frente dela, pois tinha vergonha de mostrar a característica secundária que os daltônicos carregam consigo.

Outra forma de identificar um daltônico é quando pedem a ele um objeto mais ou menos assim:

— Vai lá no quarto e pega a caixinha lilás.

Para nós, uma caixinha lilás ou marinho ou azul ou cor-de-burro-quando-foge é exatamente o mesmo. Ou, melhor dizendo, são diferentes, bem diferentes, o que não significa que eu saiba qual é especificamente a lilás (cor especialmente complicada). Quando eu não sabia que era daltônico, pensava que era apenas idiota, impressão que até hoje não se desfez inteiramente. Concluí que era incapaz de aprender as cores e ficava mal-humorado quando via algum mapa cheio de legendas coloridas no livro de geografia. Enchia os livros de flechinhas e anotações…

Porém, meu colega de daltonismo, fique sabendo que a culpada é sua mãe e desta forma ela não pode ficar irritada quando você não pega as meias nem as toalhas certas ou ameaça explodir a casa se errar aquela ligação elétrica identificada por fiozinhos coloridos. Neste momento, você deve mandá-la examinar seu cromossomo X — que você herdou exatamente dela — ou a puta que a pariu. Tudo depende do contexto.

Mas depois você casa e sua mulher lhe grita do banheiro para pegar no quarto a calcinha rosa e você lhe traz uma igual só que verde azulada, na opinião dela. E ela vai lhe dizer mui compreensivamente:

— Que má vontade, hein? Pegaste a primeira que te apareceu na frente! Isso demonstra teu desinteresse por mim — sem imaginar que você quase morreu dentro daquela gaveta colorida e que, de tão angustiado, esqueceu de mergulhar o nariz nela (no meu caso, um nariz igualmente avantajado).

Mas observem a imagem acima. À esquerda, está a imagem normal; à direita, as pessoas que não são daltônicas verão a imagem que nós, daltônicos avantajados, vemos. Pois é, dizem que para nós o mundo é mais feio, mas você só diz isso porque você não revisou em detalhes nossa anatomia.

A mesma mágica acima. A do lado esquerdo é a sua; a do direito, a nossa. Minha mulher tirou esta foto de minha filha para mostrar que eu não vejo o vermelho, cor do Sport Club Internacional, minha maior paixão. Diz ela que, à esquerda, o sofá é vermelho e, à direita, é outra coisa que esqueci. Talvez não esteja mentindo; afinal, aprendi a distinguir os gremistas por seu comportamento. Eles nem sempre estão fantasiados com seus pijamas.

Acima, foto de meu filho com sua ex-namorada Carol. Bernardo e Carol, aos 16 anos (isso em 2007), são certamente virgens – nem imagino outra hipótese! Acontece que dizem que o verde dos daltônicos (lado direito) é uma coisa desmaiada e seca, fato que nos torna mais concentrados, desligados do mundo exterior, das coisas materiais, mais reflexivos e inteligentes. Além, claro, de termos aquilo que vocês, pessoas espertas, já sabem.

Voltamos ao infeliz tema do vermelho. Agora, em nova e elegante referência subliminar ao casalzinho anteriormente citado, vemos uma maçã ainda intacta, claro. Ao lado direito está a maçã normal… Não brincadeirinha, a do lado direito é a nossa, a do esquerdo é a de vocês.

Eu adoro quindim. A simples visão de um, mesmo num bar de beira de estrada, mesmo que este seja imundo e pouco freqüentado, com milhares de quindins esperando uma meia dúzia de clientes diários, mesmo que haja mofo no doce vizinho, eu como com enorme prazer. Simplesmente amo e você não vai dizer que o quindim que vejo (foto à direita) não é bem amarelo.


Em pé, da esquerda para a direita: Filipe (sobrinho), Iracema (irmã) e Bárbara (filha). Agachados: George Clonney e Bernardo (filho).

Esta foto lamentável de colorados foi tirada por uma gremista. Vejam como ficamos feios e fora de foco. E iríamos mandá-la para um amigo português que encontrou a certidão de nascimento de meu avô em Lisboa, o que nos permitirá a dupla cidadania. Pois mesmo nesta foto de agradecimento por parte dos beneficiários da gentileza de um bom amigo, manifestou-se o ruindade gremista. Ela tremeu, desconfigurou a câmera e deixou-nos horrorosos, com caras de néscios sifilíticos. Resultado: ainda não mandei a foto, nem os mimos para o amigo. Não conte com gremistas para nada.

Vemos perfeitamente o azul. É importante reconhecer claramente…

… o inimigo.

Abaixo, o teste de Ishihara para identificar homens de genit… vocês sabem.

Acho
Acho

Obs: o software que transforma as fotos foi tirado daqui. E o teste do japa daqui.

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  1. ESTE POST FOI REVISADO PARA PUBLICAÇÃO EM 04/02/2014. ABAIXO, TODOS OS COMENTÁRIOS ANTERIORES:

    Worklover: Eu não sabia q mulheres poderiam ser daltônicas. Mas, enfim, eu sei como vc se sente – afinal, tb sou. Mas não vejo o Mengão verde e preto.

    Tarsis Salvatore: Se eu fosse um homem insensível, diria: bem feito! Mas, fiquei tocado com fato de tu não ver o vermelho. Enfim.. há vantagens! Não sou daltônico, mas também não dou a mínima para o vermelho, é uma cor esganiçada, arruinada e oriunda da palavra “verme”. É uma cor menor, sem importância em tudo o que representa e portanto, é dispensável. Como nada é mais bonito que o AZUL, fica meu alerta para que tu faça um upgrade nas cores, o quanto antes. É triste, mas afinal essa deficiência poderia ser melhor utilizada. Agora esse papinho de que daltonicos são avantajados nada mais é do que uma prova contundente de que os daltonicos apresentam na verdade, hipermetropia. 😀 Abs! T§

    Meg (Sub Rosa): Adorei o post. Os testes não faço – vou acabar descobrindo que sou daltônica – Furto-me, for sure, Pàs considerações anatômicas. Recebeu meu último email? Beijos

    lulu: Milton, que prazer ler um texto tão bem escrito, irônico e inteligente. Lindo, estou boba. dos grandes, e ainda sensível!! ( hahahaha, ficou com duplo sentido, essa!!não foi minha intenção, mas vou deixar! que vergonha!) Lu.

    Adalberto: Meu caro MR: Só você pra me fazer rir, num momento assim – Agosto, entre faturas a pagar, pepinos e abacaxis e mil propostas pra elaborar. Não me sinto ofendido como gremista, porque estou na cia. de gente boa. Abraços, Beto.

    Roger: O arco-íris nunca teve sete cores…

    gugala: Flavio, não é que seu pinto é pequeno. Você que é grande. abç

    Milton Ribeiro: Resposta: não os comi nos últimos 50 anos…

    Ramiro Conceição: “…’Como’ 12 a 20% dos homens e uma insignificante parcela das mulheres…” A pergunta que não quer calar: Caro periquito da genitália grande,com qual das partes você anda comendo de 12-20% dos homens?

    Dario: Milton, me ocorreu outra coisa sobre o daltonismo, será que esse problema de visão não tem como efeito colateral uma visão aumentada das coisas ? Algo como uma “lente de aumento” natural, que só ocorreria com os daltônicos ? Isso explicaria muita coisa …

    ander: se no último dos testes eu consegui enxergar tanto o cinco como o dois, quer dizer que sou um homem de visão normal avantajado??

    valter ferraz: Milton, Pô, toda essa pesquisa só prá flar que tem o p* grande? E na lista do Branco, só tem viados. O que ele queria dizer com ela, hein? E, concordo: deves ser um gremista enrustido, enxergas o azul e preto muito bem e não quer entregar. Bom, vou-me embora, que acontinuar perco um leitor. Boa sorte por aqui Grande abraço

    Flavio Prada: Porra, descobri que sou daltonico fazendo esses testes mas meu pinto é pequeno. O que deu errado?

    Eduardo P.L.: Milton, esqueci de dizer que neste caso da PINTURA, também não vamos discordar!

    Eduardo.P.L: Milton, ótima postagem. Didática e prática! Eu não sou daltônico, e vejo muito bem as cores. Passei no seu teste. Quanto à princezinha uma graça de garota! Uma verdadeira PINTURA como o pai coruja( com todo direito, e razão) a chamou! Parabéns aos pais!

    Milton Ribeiro: Ora, Laura, eu não vi o outro lado delas. Pô, toma a vacina! Ela acabou com meus problemas de gripe, tosse, essas coisas. Branco. Alan Turing, muito prazer. Stella, eu perco um mundo mas há a vantagem de não conhecê-lo. É como a religião e Deus… Serbão, quando o juiz ergue um cartão e eu não o vejo, pronto,o cara foi expulso!

    Laura Paz: muitos risos e tosses (estou a 2 semanas tossindo a cada vez que dou risada e, (pasme!), ainda de bom humor). sabe que certa vez vimos o Bernardo com a Carlo no MARGS!? Mas essa sua certeza sobre o intacto das maçãs… ora.. me poupe! mais risos

    Stella: oi Grande Milton, Passei por aqui rapidinho, antes que a anestesia do dentista passe totalmente, adorei a foto do Bernardo…. aaah sweet sixteen. E as cores… para mim você deve perder um mundo, eu trabalhei com cores, aquarelas transparentes, a busca pela cor, e foi uma das épocas mais feliz da minha vida. Mas claro, você, GRANDE MILTON RIBEIRO, que abre todas as portas, tem sua mente brilhante! Saudades menino! Stella (o dente ja está doendo vou procurar um analgésico.)

    gugala: Não sei se é uma vantagem os daltônicos não se assustarem com a chegada por trás daquilo roxo.

    Anônimo: Milton, hehe. Claro que não sei se estes são daltonicos. Só uma brincadeira. Alan Turing foi um matemático criador dos conceitos que originaram a teoria computacional de hoje (já ouviste falar da máquina de Turing?). Durante a II guerra trabalhou para o serviço secreto britânico (na área de criptografia) e era o mais bilhante de todos. Depois descobriram-no homossexual e foi preso por um ano durante o mccarthysmo inglês (deve ter um nome, o blair da época!)pois, como tal, eram considerados espiões em potencial. Sabe-se lá o que fizeram com o rapaz, mas voltou meio patusquela e jamais se recuperou. Se não me engano, cometeu suicídio. Não, não era daltônico. Abraços Branco P.S. – Se viste o filme O Bom Pastor, o professor inglês do Matt Damon é morto pelo mesmo motivo

    Milton Ribeiro: Felipe, os pesos na academia que comecei a freqüentar parecem feitos para daltônicos. Imagine que vêm com legendas… Essa do Uderzo eu jamais imaginaria. Mais um super-dotado!

    Milton Ribeiro: Branco. A tua listinha de gays… Quem é Turing? Bom, que os amantes de ópera em sua maioria são, isso são. Mas e daí? Será que têm a alma grande (como referiu o Allan)? Hum…

    Allan: Jamais entendi meu comportamento com o teste do japa. Algumas vezes eu não consigo ver mais que bolinhas, noutras, vejo tão perfeitamente os números que não entendo o por quê do teste. Dos daltônicos que conheci, aprendi que o que eles têm de grande é a alma.

    Bernardo: Que medo, eu não enxergo nem 3 nem 2 no último!

    Serbão: Legal este post, mas nunca imaginei que és daltônico. E como vc assiste aos jogos de futebol? determinadas partidas, dependendo dos uniformes, podem te causar confusão??? abraço!

    1. hahaha. Sou daltônico e apaixonado pelo meu Esporte Clube Vitória, que é vermelho e preto (como dizem algumas pessoas por aqui)!! Muito esclarecedor o post!! Lembro que, quando pequeno, pintei as folhas da árvore no desenho de vermelho, o caule de verde e a grama de laranja! Levei uma escaldada da professora que fiquei até com vergonha… Afinal, não sabia que eu era… rs. Só fui descobrir quando eu falei pra uma garota que ela ficava bem de vestido azul, quando na verdade era violeta. Ela riu bastante e perguntou se eu era daltônico… Atualmente estamos namorando há 2 anos e ela sempre fica me abusando pra eu falar que cor é essa, que cor é aquela… ahushaushau. Eu sofro!! Obrigado!!

      1. Te entendo haha, ainda estou no colégio e sofro constantemente com meus amigos perguntando como vejo as cores de tais lápis, minhas professoras já estão acostumadas com meus trabalhos com cores na legenda dos mapas errado, meus desenhos de artes com cores trocadas,etc. Descobri que era daltônica aos nove anos, antes disso sempre me questionava por que não tava vendo as cores como os outros…

  2. Milton, além de super ilustrativo para os leigos no assunto (como eu), teu post tem o teu característico humor! Impossível não ler sorrindo, segurando a vontade de gargalhar, hehehe! Aliás, tirando os aspectos anatômicos — que pouco me interessaram, faço questão de frisar! —, não seria o caso de investigar a relação entre daltonismo e verve afiada e bem-humorada?
    Grande abraço!

  3. Milton, querido, li com toda a atenção – toda a que meu deficit permite, cada um tem a cegueira que merece ou que a genética lhe lega! (sonhei essa noite que, em vez de entrar no meu fiestinha preto saí dirigindo por capão da canoa com uma caminhonete 4×4 . Só quando saí do carro é que vi que não era o meu. sabes por que? Porque era verde! Pesadelo de gente distraída.)
    Fiquei preocupada com uma coisa. O comentário sobre o bernardo revela um outro tipo de cegueira… não deixa para lá… melhor vc continuar com a percepção alterada sobre a “parte” sexual.
    Tb sou louca por quindim. Tanto que tenho uma regra de comer só 2 por ano. dia desses quase comi o segundo. Mas estou retendo esse momento…
    bj, f

  4. bah, Milton. Tu não vê o vermelho. Fico pensando como foi se tornar colorado na infância, mesmo sem absorver o enorme impacto daquela massa vestida de encarnado num dia de sol.

    Curiosamente, a outra pessoa daltônica que eu conheço também é colorada. Fenômeno a ser estudado.

  5. Muito bom esse post, Milton, sempre tive curiosidade sobre a visão dos daltônicos (repito um milhão vezes, visão, para evitar quaisquer mal entendidos). Eu sei que tenho visão normal, já fiz teste de daltonismo quando fui tirar minha carteira para dirigir. Só que com o último teste, “esse teste é ainda mais simples”, eu enxergo a porcaria do 2, nem consigo imaginar um 5. Isso é uma brincadeira com os hipocondríacos ou eu devo ir urgentemente a um médico? Grande abraço!

  6. Prezado
    Periquito da Genitália Grande Ribeiro,
    a seguir um pouco de história da ciência.

    A notável lei de Dalton afirma que

    P(i) = Xi.P(t)

    Onde : P(i) é a pressão parcial do gás i;
    Xi é a fração molar do gás i; e
    P(t) é a pressão total do sistema.

    Porém não há mais qualquer dúvida de que Dalton deduziu sua famosa lei de maneira indireta. Em célebre artigo publicado na Nature, Ramirus Conceptione afirma que o renomado cientista inglês viveu um terrível conflito existencial, ou seja, Dalton, ao tomar seu banho diário, media freqüentemente, com o auxílio de uma escala especial, o tamanho do seu…, digamos, pirulito; todavia, com funesta mágoa psicológica, constatava sempre que a sua…, digamos, extremidade, parecida com um palito, quando seca, era muitíssimo menor do que àquela medida sob o chuveiro. Após décadas, tentando negar os resultados observados, Dalton, por fim, se deu por vencido, e formulou a sua célebre lei que, inicialmente, foi representada pela seguinte equação:

    P(r) = X.P(ideal)
    Onde : P(r) é o tamanho real do pau de Dalton;
    Xi é uma fração cujo o valor situa-se entre 0,001 até 0,1; e
    P(r) é o tamanho idealizado do pau de Dalton.

    Desta maneira, no meio acadêmico, a síndrome de Dalton ficou conhecida como Daltonismo, que nada mais é do que uma ilusão de ótica, que impossibilita uma visão realística sobre o tamanho da dita cuja, digamos, varetinha “carnale”.

  7. Caro Milton,

    quanto ao seu daltonismo nada a fazer, mas quanto aos filhos de daltônicos terem genitalha pequena, coitado do Bernardo.E quanto à afirmação de que daltonicos, tem ela avantajada, há divergências! E excessões, claro!
    Forte abraço,

    Adorei o piriquito! Próprio de mãe carinhosa!

  8. Embora, o googól afirme que o termo “daltônicos” surgiu, sim, com Dalton, mas trata-se de uma corruptela da frase proferida por sua primeira (e última) amásia ao pedir-lhe que abaixa-se as calças,ou o que se usasse à época no primeiro(e único encontro):
    “- Mas, Dalton, nicas?”

  9. Como vai Milton. Achei muito interessante suas explicações sobre o daltonismo. Tenho um filho de 8 anos que foi constatado o daltonismo. Desde que foi constatado ficamos um pouco chateados e preocupados. Chateado por ele ter essa deficiencia em identificar as cores e preocupado pelo seu futuro, pois pelo que sei é um problema que não tem cura. Como o ser humano se adapta facilmente ao meio em que está, e ele já está se adaptando a essa deficiencia, fico um pouco mais tranquilo. Seus lápis de cor são todos marcados com o nome das cores. Toda vez que ele nos pergunta que cor é essa, naturalmente nós o informamos, sem constrange-lo ou ridicularizá-lo. Por isso que me preocupei no início. Será que na escola seus amiguinhos irão tratá-lo com tanto respeito assim? Mas só a vida nos dirá isso e ele terá que se adaptar mais e mais para essa sua condição.
    Uma dúvida que eu tive é a seguinte: dias atrás estava navegando pela internet, pesquisando sobre os filmes em 3D. Em um blog http://jakelinemagna.blogspot.com/2009/10/dicas-para-nao-constranger-um-daltonico.html” achei umas dicas para não constranger um daltônico. Vi que uma delas, exatamente a de número 02, era a de nunca convidar um daltônico para assiste um filme em 3D (nova mania dos cinemas). O que você sabe a respeito? Até hoje nunca o levei a um cinema 3D e gostaria muito de poder levá-lo. Qual a sua experiencia a respeito disso. Fico muito agradecido com suas explicações e aguardo uma resposta sua. Muito obrigado e um grande abraço. Se quiser enviar seu comentário para o meu e-mail pessoal, não tem problema. Fico aguardando.

    1. Olha, Marco Aurélio. Minha opinião é a de que não é uma limitação muito importante. Como tenho muitos médicos em minha família, fizemos um mapeamento dos parentes daltônicos. Todos são muito bem sucedidos, adaptados, sem maiores problemas. Leste A Ilha dos Daltônicos. Pois é, na Sicília há um percentual incrível deles. E daí? Minha irmã já sabia que todos os seus filhos do sexo masculino seriam e o Filipe é muito capaz e inteligente.

      Certamente a família da tua mulher está CHEIA deles. Não lembro bem das árvores, mas acho que dá para afirmar que o irmão dela, se houver, É. Não fui ver Avatar, mas nem pensei em problemas com 3D. Fiquei até desconcertado com tua pergunta. Penso que seja exagerada. Acho que deves levá-lo sem dramas. Nem pergunte nada. Como disseste, a gente se adapta. Eu faço tudo o que uma pessoa de visão normal faz. O daltonismo fica como uma piada. Quando queria entabular conversação com mulheres desconhecidas, sempre acabava perguntando uma cor a ela e explicando o problema. Elas ficam com pena, o que sempre é bom…

      Bem, ele que evite a eletrônica e seus fios coloridos; também nunca poderá dirigir um avião…

      Abraço!

  10. Milton, muito obrigado pela suas informações, principalmente a última, “in off”. Na época vamos orientá-lo da melhor forma possível e esperar que de tudo certo. Um grande abraço e muito obrigado novamente.

  11. Meu nome é Elisangela Tenho um filho de 11 anos, e ele luta judô,
    no ultimo camponato, nós o avisamos que ele iria lutar com outro garoto faixa verde, e ele afirmou que ali na sua frente não havia nenhum garoto com faixa verde, só faixa cinza, e isso me preocupou, até hoje não havia notado nenhuma queixa dele, fizamos o texte dos numeros feitos com bolinhas coloridas e deu 51 % existe um especialista para detectar este tipo de problema qual? tenho muitas dúvidas e não sei quem devo procurar?
    por favor me envie a respota no meu email pessoal. Obrigada.

  12. Cara, adorei esse artigo! Acho que temos várias coisas em comum – o daltonismo, o fato de sermos gaúchos, o fato de termos o lindo nome “Milton”, o fato da genit… heheh adorei essa parte.
    Só discordo completamente em relação ao time! Mas que grande b*s** você ser colorado hein? Capaz, tô brincando. Mas é verdade.
    Como eu sofria achando que era um idiota que não conseguia aprender as cores…
    Valeu pelo post, ajudou muito.

  13. uma coisa mt estranha… eu nao sou daltonica mas na ultima foto das bolinhas e numeros eu vi um 2, nao um 5! mas em tds os outros eu vi o certo para uma pessoa normal

  14. Kkk , gostei muito do seu texto ! Tbm sou daltônico , graças a Deus vejo s cores primárias , o vermelho do inter eu vejo claramente. Mas nós testes de daltônico se eu vejo 3 números é muito! Vc agora sabe que existe os óculos que faz nós os daltônico verem as cores né ? Faz um ppst quando adquirir um é ver mundo como realmente é. Abraços.
    Saudações Cruzeirense! ( Vamos eliminar o Grêmio da copa do Brasil.)

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