Londres, 21 de fevereiro: Tate Modern

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Pois era o dia 21 de fevereiro, no dia seguinte pegaríamos o trem para Paris e tínhamos uma série de “atrações turísticas” que simplesmente não víramos. Em parte pelo excesso, em parte por sermos turistas tranquilos, não estávamos muito preocupados. Quando nos dirigimos para a Torre de Londres, item 5 estrelas de qualquer guia de viagens, a Elena quis saber o que havia lá. Fiz-lhe a descrição da maravilhas, depois falei de outras coisas da margem do Tâmisa que não tínhamos visto — Greenwich, Tate Modern e Globe Theater. E ela, que estava indo à Londres pela primeira vez, decidiu sabiamente: Tate Modern!

Mas, antes, contornamos a Torre de Londres e fomos tirar uma foto clássica.

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Depois, entramos pela cidade e caminhamos entre os estudantes dos colégios próximos até a ponte que nos levaria ao Tate Modern (há outro Tate, não esqueçam). Vejam como a ponte da foto de cima ficou pequenina na de baixo.

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E aqui, aproximando um pouco…

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Como sempre, não vamos apenas às coisas mais belas, mas principalmente às mais curiosas. Há uma parte do Tate que mostra os cartazes políticos do século XX. E é claro que não poderia faltar a presença soviética.

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Abaixo, com tradução: “Os carrascos estão torturando a Ucrânia. Morte aos carrascos!”.

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Abaixo, o quarteto de ataque do Dínamo de Moscou. Curiosamente, Marx aparece na ponta-direita dando uma de Garrincha.

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As três dançarinas de Picasso.

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Um quadro que adoro: Marguerite Kelsey, de Meredith Frampton.

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Este recebeu grandes elogios da Elena: Family Jules: NNN (No naked niggahs), de Barkley Hendricks. Ela deve ter razão ao relacionar NNN com KKK. O rapaz negro tem uma cara incrivelmente intelectual, inteligente e desafiadora. O quadro é realmente esplêndido.

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Sabem por que o gato da Elena se chama Vassili? Ora, em homenagem à Vassili Kandinsky. E, com efeito, toda vez que ela corre para um quadro, desviando-se da rota definida para que se veja todos, um a um, é por culpa de Kandinsky. Ele a atrai certamente mais do que eu.

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Visto assim numa foto, não tem muita graça em Something Old Something New, de Monir Shahroudy Farmanfarmaian. Porém, parando em frente ao quadro, você fica dividido em dezenas de pequenos pedaços.

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Na próxima foto, estamos abraçados na frente dos espelhos. Acho que dá para ver.

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Mais um Kandinsky, Swinging. Só que este é de minha absoluta preferência.

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Cabeça de Mulher, escultura de Picasso.

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De perfil.

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E a dupla diante de 11 Painéis, de Gerhard Richter.

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Os 11 painéis colocados um diante do outro, também nos faz diferentes.

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Eram quase 15h e a gente só tinha o café da manhã no estômago, quer dizer, ele já tinha sido consumido há mais ou menos três horas. Estávamos desesperados e fomos para o restaurante da Tate. Péssima ideia, estava lotado; ótima ideia, pois fomos ver a vista da sacada do local.

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Notem a cara séria da Elena. Quando ela fica assim, é fome!

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Mas segui provocando sua fome com fotos da ponte que atravessáramos há pouco…

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Ah, mais uma, vai.

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Agora do outo lado…

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Ah, queres ir embora agora? Mesmo?

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Na foto abaixo, acho que ela já me puxava pela orelha.

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5 comments / Add your comment below

    1. Ah,
      por um triz ia
      esquecer-me
      das dançarinas…
      .
      .
      .
      DANÇARINOS
      by Ramiro Conceição
      .
      .
      Vem comigo.
      mas contigo.
      Somos terrestres.
      Vem contigo
      mas comigo.
      Viemos do celeste.
      Vai contigo… Vou comigo.
      Nossa dança vem do Leste.

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