Milton Ribeiro faz uma tentativa de conversação em russo (*)

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Então a mãe da Elena, que só fala russo, liga pra cá:

— Kjnskdnamcxnsajjn niad nhiudq dqud hbdiwdsx Liena?

Eu pergunto, rindo:

— Elena, Liena, Liênatchka?

Ela também ri e responde:

– Jjhbxhj wsbsxjha xswjudys.

E eu esclareço, pois sua filha não estava em casa:

— Elena NIET.

Isso parece tranquilizar dona Klara Zlatin, que diz:

— Hyys hsaidk ysgqa djdç oljkls çdlf oifdajdwql, OK?
— OK.
— OK.
— Pacá.
— Pacá.

Olha, acho que me saí super bem na minha primeira conversa com a sogra.

(*) O título deste post é uma modesta homanagem a uma dois maiores capítulos da literatura mundial.
(*) O título deste post é uma modesta e inútil homenagem a um dos maiores romances da literatura de todos os tempos: “A Montanha Mágica”, de Thomas Mann. Neste livro, há um esplêndido capítulo chamado “Hans Castorp faz uma tentativa de conversação em francês”. Nele, Hans tenta conversar com a bela russa Clawdia Chauchat, a qual costumava bater as portas do Sanatório Berghof com calculada violência… A foto acima é da personagem de Clawdia, vivida por Marie-France Pisier, no filme de Hans Geissendörfer. E o prêmio de maior legenda de foto vai para…

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14 comments / Add your comment below

  1. УСИЛИЯ
    Рамиро зачатия
    *
    *
    О, как это требует мужества
    смеяться над собой, чтобы можно было
    эффективно плакать с желанием.
    *
    Сколько неудач …
    Сколько бессонных ночей …
    Сколько потенциальных любит …
    Сколько потерял друзей …
    *
    Но стоит усилий … Поскольку
    чем старше организм
    подробнее … стихотворение молодой
    *
    *
    (Tradução, dentro do livre instante possível…)
    *
    *
    ESFORÇO
    by ramiro conceição
    *
    *
    Ah, como é preciso uma coragem
    de rir de si para que seja possível
    efetivamente chorar com vontade.
    *
    Quantos fracassos…
    Quantas noites mal dormidas…
    Quantos amores potenciais…
    Quantos amigos perdidos…
    *
    Mas vale o esforço… Porque
    quanto mais velho é o corpo
    mais… o poema é moço.

  2. Meu caro Milton, tu que és ateu e não acreditas no inferno, devo te contar uma revelação que tive na última noite, através de um sonho. Vi pelo sonho que tu fostes direto para o inferno no término de tua vida nesta terra, e a paga por tantos anos negando o nome do Altíssimo foi passar toda a eternidade em companhia de Ramiro Conceição, este infinitamente recitando seus poemas para ti. Não importa o que tu dizias, se sobre a temperatura ultra-tropical de seu novo habitat, política ou mesmo o que ias a comer no café-da-manhã daquelas paragens, Ramiro Conceição sempre e eterna e infinitamente ia te respondendo com mais e mais de seus poemas. Confesso que acordei gritando, porque ninguém, nem mesmo o mais pérfido e devasso dos homens, mereceria um castigo tão pesado quanto este. Mas fica aqui o aviso: por precaução, te redimes a tempo.

    1. Comeces a orar, meu querido. Venda a tua casa e deposite metade na conta do Valdomiro e metade na conta do Macedo, vai que eles estejam certos.

      Ou talvez a coisa seja de outra monta: vistes o filme O grito, um terror B japonês? Veja-o. O que vale para o árduo trabalho da tua salvação é a cena final, em que o personagem principal com seu encosto sentado em sua nuca e disposto a jamais se arredar dali. Ramiro Conceição. Ramiro Conceição é teu encosto e está sentado em sua nuca, e jamais, jamais, necas de piriquitiba, se disporá a se arredar daí.

      Reze, Milton, reze. Que tua sina é sobre-humana.

      1. Pois eu tive um pesadelo semelhante. Sem contudo todo a carga Judaico-Cristã trazida por você.
        Sonhava que o Ramiro Conceição tinha viralizado o site do Milton com os seus poemas ruins. Você clicava na parte de resenhas de filmes, abria-se um haiku horroroso. Tentava trazer algum refrigério ao susto fugindo ao Porque hoje é sábado, mas encontrava lá abismais e monstruosos (tal qual abortados do mundo dos versos) poeminhas concretos, te encarando com olhinhos sedentos por atenção. A coisa ía tão de mal a pior que Ramiro tinha se viralizado até para o excerto biográfico do autor desse blog. Imiscuindo episódios da saga Ramiresca nessa Terra à vida do outro Gaúcho. Abria páginas atrás de páginas, uma aba após a outra, mas o fenômeno só se multiplicava. Temi por uns instante que a literatura fosse sufocada pela má poesia. Acordei empapado de suor e com taquicardia. Acendi uma vela à Whitman e outra Baudelaire, um anjo e um diabo da poesia. Senti-me aliviado desses terrores noturnos não se repetirem à luz do dia.
        Mas lendo agora o relato do seu pesadelo e a coincidência dos fatos, gela-me o coração e aperta o medo de um futuro nebuloso para todos.

        1. Mas já que passou o pesadelo, e agora você está acordadinho com essas velinhas nas mãos, então, por favor, me esqueça; mas, Luiz Ribeiro, ou, sei lá, Luiz, ou ainda Luiz do Mishima, o terrorista de direita e suicida que procurou um sentido heroico na morte (quáquáquá…), não esqueça: DOMINGO É DILMA!

  3. O carteiro me lembrou.

    Sendo Dilma ou não, não descarta o fato de que tu és um péssimo poeta. Produzes uma poesia preguiçosa e idiota, das mais intragáveis. Confesso que sempre que acesso o blog do Milton, e vejo a injúria das bobeiras descerebradas que escreves; quando vejo o Ramiro Conceição no canto aí de cima dos comentários, meu estômago embrulha. E tu és um parasita que não tem um pingo de vergonha, sendo que o próprio Milton muitas e muitas vezes deu mais de que uma dica direta de que tu és um estorvo, um chato. Ramiro Canseição.

    Ô encosto, em Milton!

    1. joãozino, não Joãozinho, pois és um estágio degenerativo da cultura, sou um pesquisador. Consulte a plataforma Lattes…E tu, hein?

      1. Esta a questão, Ramiro. Eu não tenho o mínimo interesse em saber quem tu és. E tu achas que todos aqui, que não te dirigem nenhuma atenção, devem saber quem tu sejas. Tu tens uma necessidade ridícula de chamar atenção com essas poesias (argh!) indigestas e burras. Para escrever poemas há de se ter espírito, não título de faculdade. Título de faculdade muita gente o tem. Há muitos anos já não é novidade alguma para que se possa dar essa carteirada que tu pretendes dar.

        Deixes de incomodar Ramiro Chatotorix. Cai fora emplasto!

        1. Pô, João, descobri quem é você, lá, no blog Charlles… Pô, que mania de aparecer por aqui, no blog do Milton, camufladamente… Você tem idade para ser meu filho. A mesma idade de meus alunos. Por favor, me desculpe… Siga em frente… Boa sorte no seu exame sobre aquele maluco americano… Sua escola é excelente

          1. Oi, Ramiro. Ó: esse João aí em cima não sou eu (o João lá do blog do Charlles) não. Não é a minha escrita isso aí não, e nem é coisa minha ficar escrevendo insultos. Tem alguém escrevendo com o meu nome e usando o mesmo avatar que eu uso (essa pintura do Cy Twombly), certeza que fazendo uma gracinha.

            Fica bem, meu velho.

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