Antonio Corradini (1688-1752) foi um escultor veneziano. Trabalhou principalmente no Veneto, mas também realizou trabalhos em toda a Europa, vivendo na Alemanha, em Viena e Nápoles — onde morreu pouco depois de completar Modéstia (abaixo), sem dúvida sua obra mais célebre.
1. Modéstia. Sansevero Chapel Museum, Naples (1752)
2. Busto de uma mulher vendada (Puritas) — Museo del Settecento Veneziano, Ca ‘Rezzonico, Veneza (1725)
3. Tuccia — Galleria Nazionale d’Arte Antica, Rome
4. Femme voilée — Musée du Louvre, Paris
Quem achou sinistro levanta o dedo.
Acho que o PHéS que me pediu ficará pronto para o sábado que vem, Milton. O título é “Picantes segredos de diligentes senhoras do interior”, um post feito todo ele, exclusivamente, de fotos de calcinhas furtadas nos varais de um raio de dois quilômetros em torno aqui de casa. Só estou esperando os moleques que contratei para o serviço chegarem, e te mando as fotos. Sinto cheiro (sem trocadilhos) de sucesso no ar!!!
INOCÊNCIA-INGENUIDADE
by Ramiro Conceição
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A mãe da “Inocência” foi uma castanha palavra latina conhecida por “Innocentia”. O engraçado é que, etimologicamente, o vestido da inocência é um morfema, “in”, com sentido negativo; sim, inocência quer dizer o contrário de “nocens” que advém de “nocere” que quer dizer: gerar, permitir o mal. Logo, a inocência não causou, não causa e nunca causará danos civilizatórios.
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Por outro lado a “Ingenuidade” advém de “ingenuus” que quer dizer: “nascido livre” e, consequentemente, na antiga cultura romana, alguém oriundo da elite. Portanto, lá…, um escravo jamais seria considerado ingênuo. A não ser é claro que houvesse, no Império, alguma coisa semelhante à “Veja”, à “Folha”, à “Globo” ou ao “Estadão” que, via lavagem cerebral, gerasse (de energúmenos médios, violentos e fascistas) uma manada a crer que efetivamente pertencesse à classe dos ingênuos: os donos da boiada.
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Ah… Como é burra(!) a pseudo-ingenuidade da classe média brasileira… Ah… como é hegemônica, e espertalhona, a ingenuidade dominante…
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Neste instante, inventei uma metáfora: se Corradini, com Modéstia, deu transparência à pedra fria, então é possível, da ingenuidade, com ousadia, dar transparência à inocência… da cidade.
errata: 1)é “pseudoingenuidade”; 2) talvez a melhor palavra não fosse “metáfora”, mas “parábola”.