CAPÍTULO I
Introdução à obra ou lista de pratos do banquete
Um autor deve considerar-se não como um cavalheiro que dá um banquete particular ou de caridade, senão como quem dirige uma casa pública de pasto, na qual são bem vindas todas as pessoas em troca do seu dinheiro. No primeiro caso, é sabido que o hospedeiro proporciona as iguarias que bem entende; as quais, embora indiferente ou absolutamente desagradáveis ao paladar dos hóspedes, não podem ser criticadas; antes, pelo contrário, a boa educação obriga-os, exteriormente, a aprovar e elogiar o que quer que lhes seja colocado à frente. Ora, o contrário sucede ao dono de uma casa de pasto. Os homens que pagam o que comem insistirão em satisfazer o seu paladar, por mais delicado e fantástico que seja; e, se alguma coisa lhes for desagradável, reivindicarão o direito de censurar, insultar e livremente maldizer o seu almoço.
Tive que ir no Google pesquisar o que é uma casa de pasto e descobrir que se trata de um restaurante, embora esteja claro no texto que a galera vai à casa de pasto comer em troca de grana, o termo causa uma confusão na cabeça do leitor ignorante. Prefiro quando o tradutor atualiza a língua, substituindo estes arcaísmos por palavras usuais.