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  1. “…quando nos aproximávamos dos guarda-sóis, a esmagadora maioria falava português e […] bêbados e COM SOM (Milton, sei muito bem do que se trata!)… eram 100% brasileiros.”

    Sim, Milton, são exatamente eles, essa classe média brasileira que brilhantemente foi definida por Marilena Chaui: i) uma abominação ética, pois são violentos; ii) uma abominação política, pois sãos fascistas; e iii) uma abominação cognitiva, pois são ignorantes, porém acreditam ser superiores por que falam inglês, por que foram para Miami, por que tatuaram em seus corpos o Mickey… São eles o auditório do Lobão (onde ele se escondeu?…)… Ou os leitores do pit bull da Veja (que já foi pro vinagre às margens do Tietê)… Ou os eleitores do senador José Serra que, na última semana, declarou, mais ou menos, a seguinte pérola:

    “O que não der lucro na Petrobras, por exemplo, o pré-sal, deve ser privatizado”… Mas justamente ele e FHC privatizaram a Vale do Rio Doce que dava lucro!
    Dá pra entender, Milton? Claro que não… Pois estamos a tratar de subanimais que foram eleitos por subanimais…: os tais do SOM incivilizado de todas as praias e cidades brasileiras…

    Há 12 anos, aproximadamente, escrevi um poema-síntese do estágio cultural brasileiro. Não errei uma vírgula… Ei-lo:

    REINO DAS FALCATRUAS
    by Ramiro Conceição
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    No reino das falcatruas,
    se confundem homenagem
    com subserviência e
    mediocridade com ciência.

    No reino das falcatruas, a literatura
    foi sequestrada pelo bando da autoajuda
    e a música pela breguisse dos grunhidos,
    o público se tornou privado

    e o privado – uma privada pública.
    Sem remorso assassinaram a lucidez,
    quintuplicando – o número de javalis.

    No reino das falcatruas,
    impera o inglês; porém
    xingar: só em português.

  2. Então, queridos Milton e digníssima:
    – O impressionante mesmo dessas nossas praias e sua beleza é justamente o fato que mencionaste, Milton: nossos compatriotas do lado de cá – engordando, de tanto tomar cerveja, etc. – e as crianças LÁ, na praia, ao Deus-dará …
    É onde não me identifico, igualmente; ora, se é pra cada qual ficar em um ‘canto’ diferente, pra quê, ora raios, saíram juntos…? Enfim, cada um, cada um. Só depois, não adianta dizer que: “oh, o tempo passou e não tive TEMPO de brincar com meus filhos” – Ora, bolas: SE LIGUEM, PAIS/MÃES! Vocês ADULTOS, que façam suas escolhas . . e arquem com as consequências.
    Beijos.

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