Quando saí de casa para o estádio, pensava em pegar um T5 até as proximidades do Beira-Rio. Moro no Bonfim. Chovia. Após ficar 30 minutos na parada, veio o T5, mas era absolutamente impossível entrar no veículo da odiosa Carris. Estava super, hiperlotado. Todos os torcedores que estavam na parada começaram a protestar e o ônibus levou alguns chutes. Não meus.
Então propus um transporte solidário pago. Juntaríamos 4 pessoas e racharíamos um táxi. Assim é nesta cidade da EPTC e do Fortunati: melhor esquecer o transporte público. Ele some quando a demanda é maior. Pulemos para o pós-jogo… Na saída do estádio, havia umas duzentas pessoas na parada da José de Alencar para pegar o famigerado T5. Adivinhem o que houve? Depois de vinte minutos, o ônibus não veio, refiz o esquema e pegamos novo táxi.
Faz poucos anos, havia filas de T5 para pegar os torcedores após o jogo. Dava para voltar sentado para casa, ouvindo as entrevistas coletivas. Mas os tempos de Fortunati são tempos de merda.
Vamos para o campo. Meu caro Aguirre, foi mais ou menos, o que significa que melhorou. Apesar da escalação de Jorge Henrique — que entrou para marcar o lateral adversário e errar passes — e de momentos realmente ruins, o time demonstrou evolução e, quem sabe, futuro. Ainda temos muito desentrosamento atazanando a dinâmica. No primeiro tempo, por exemplo, impusemos total domínio e posse de bola, mas as chances de gol eram só da Universidade de Chile. Os caras cansaram de perder gols em rápidos contra-ataques. O juiz também estava engraçadinho. Sem exagero, aconteceram dois pênaltis claros a nosso favor, porém o pênalti que ele marcou favor, no final do primeiro tempo, foi muito duvidoso. Inter 1 x 0.
Voltamos muito melhor na segunda etapa. Mais elétrico e impedindo os contra-ataques chilenos, passamos ao papel da La U, isto é, perdemos gols sobre gols. Quando Alex entrou no lugar de Vitinho, a coisa virou massacre. O próprio Alex deixou Jorge Henrique na cara do gol para fazer 2 x 0.
Então, relaxamos e, bem, a Universidade não é trouxa e não apenas descontou como nos deu sustos. 2 x 1. Meio cagado, tu colocaste Nícolas Freitas no lugar de Jorge Henrique para progeger a defesa e retomar a tranquilidade perdida. Sasha fechou o placar com um golaço.
Saldo: Réver mostrou que não sairá mais do time e Nilton jogou, finalmente, uma partida parecida com as que fazia no Cruzeiro. Léo também esteve bem e Sasha foi o segundo melhor jogador da partida, logo após o sensacional D`Alessandro. (Sasha tentou uma bicicleta impossível e quase acertou. Seria um gol digno de placa e de ser colocado na abertura de todos os programas de TV que falassem de Libertadores). Alex entrou muito bem. A decepção esperada foi Jorge Henrique, errando passes e armando contra-ataques para os adversários. E o inesperado foi a má atuação de Vitinho, excessivamente individualista para o meu gosto.
Estamos em segundo lugar no Grupo 4 da Libertadores. Seria adequado VENCER o líder Emelec na próxima quarta-feira. Será que terei um T5 para ir ao Beira-Rio?
E vamos para o Gre-Nal. Com ônibus ou sem, até a pé venceremos.
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Os melhores lances começam em 1min11.
http://youtu.be/BWg6grfgrJE
Ademais, Guru, um ônibus atropelou e matou um torcedor na saída, e feriu gravemente outro. Fato muito grave, inaceitável, nesta cidade vada vez mais deseducada.
Milton, foste muito bem na análise do jogo, principalmente no que se refere ao JH. Muitos esquecem a péssima atuação do cara em razão de um gol, um gol daqueles que só o Rafael Moura não faria.
Mas me inspirei a escrever essa mensagem mais pelo que ocorreu fora do campo, principalmente os atropelamentos com morte(S) em frente ao Beira-Rio. Eu entendo um absurdo a manutenção do tráfego na Pde. Cacique em dias de jogos, com certeza veremos mais mortes se nada for feito.
Sugiro uma campanha para o fechamento total do tráfego em frente ao Beira-Rio em grandes eventos no Beira-Rio para preservar vidas. Que criem rotas alternativas, que levem o povo até a proximidade do Estádio e deixem o entorno livre para a circulação dos torcedores.
Só falta acusarem os atropelados de bêbados…
Moro longe, vou pouco ao templo, mas fico revoltado com mortes que poderiam ser facilmente evitadas.
Assino, junto. Quer carona? Ida e volta, abs Ze’ Nery, pai do Pedro.