O incrível é que não jogamos mal. Perdemos várias chances antes do primeiro gol do Cruzeiro. E houve um segundo. A classificação aconteceu com dois pênaltis reais — a Fifa manda dá-los quando qualquer bola toca na mão de um defensor dentro da área — , mas apenas um foi convertido. D`Alessandro errou e Lisandro López fez o seu. Só não posso concordar com os cartões amarelos imputados. Foram claras bolas na mão, totalmente casuais. Um dos cartões expulsou um atleta do Cruzeiro.
É um lugar-comum e uma verdade: o 2 a 2 é um alerta. É preocupante a dificuldade do Inter para fazer gols, principalmente se pensarmos nos adversários da Libertadores da América. Lisandro entrou e fez dois, demonstrando porque é quem é. Não é jogador de encolher a perna na hora de decidir. Claro que não é só isso, o cara sabe jogar, porém comparem sua gana de fazer gols com a de Valdívia, por exemplo. O cabeludinho chuta com medo de errar. Ainda bem que Dale, Lisandro e Juan garantiram a classificação nos pênaltis. Dos quatro que bateram, só Rafael Moura errou.
Outra coisa, não creio de Jorge Henrique possa ser titular ao lado de Rodrigo Dourado. O baixinho pode jogar eventualmente como volante, mas Nico Freitas e Nilton são do lugar, apesar de terem realizado más partidas.
E vamos em frente, acertando o time e matando alguns — nem que seja de enfarto — pelo caminho. Ah, o Cruzeirinho jogou demais. Futebol moderno, rápido e participativo. Este Luiz Antônio Zaluar é um baita técnico.
Foi o melhor jogo do Inter este ano e apesar de tudo quase que a vaca foi pro brejo. Bastou colocar 2 laterais com o mínimo de condições técnicas que o time se ajustou. Com os dois laterais anteriores (Léo e “aquele que me recuso dizer o nome”) era preciso montar um esquema especial para protegê-los. Sem eles e sem maior proteção, o time deslanchou. Gostei muito do William e do esforçado Gefferson. Lisandro López é titular deste time com um pé nas costas. Será que se vaiarmos mais do que nunca o Rafael Moura ele tem um “piti” e abandona o time também? Rafael Moura não consegue acertar o gol nem de pênalti.
Pênaltis reais?! Tá louco? Segue aqui a “nova regra” da FIFA
Quarta-feira, 24/09/2014 às 13:00 por Martín Fernandez/GloboEsporte
Chefe da arbitragem da Fifa contraria a orientação da CBF sobre bola na mão
O chefe do departamento de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, afirmou nesta quarta-feira que o conceito de bola na mão “nunca mudou” e que os árbitros devem, sim, levar em conta a intenção do jogador na hora de marcar uma infração.
O discurso de Busacca vai na contramão da orientação da CBF a seus árbitros, e que gerou uma série de decisões polêmicas nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Em conversa com jornalistas brasileiros em Zurique, na sede da Fifa, Bussacca afirmou:
– Existe o movimento natural de pular, ou correr, que você não pode fazer com as mãos coladas no corpo. Se a bola bate na mão em casos assim, é claro que não é falta. Da mesma forma, quando um jogador desliza para tentar cortar um cruzamento, não é natural que ele levante a mão. Aí sim é falta. Os árbitros têm que entender quando o jogador faz um gesto para ampliar a área do corpo.