Imaginem se eu teria algo contra os poloneses?!
Como atacaria um povo que tem uma empresa como a Lindner?
A Lindner constrói e vende caixões da melhor qualidade.
Nos calendários anuais da empresa,
são apresentados seus maravilhosos produtos.
O folder diz mais ou menos assim:
“Mostramos a perfeita harmonia entre os caixões Lindner,
sua madeira natural, o mar azul,
as flores vermelhas, os verdes campos
e a beleza do corpo feminino.
Ah, claro, o corpo feminino,
ele serve para vender tudo.
Então, se você perde sua mãe na Polônia e vai comprar um caixão,
em que empresa vai pensar senão na Lindner?
Hein?
A Igreja Católica — majoritaríssima no país — demonstrou mais uma vez
que não entende nada da vida.
Comentou a publicação deste ano dizendo que a morte humana deve ser respeitada
e não misturada com sexo.
Mas Zbigniew Lindner, proprietário da empresa, respondeu com toda a propriedade:
“A beleza de nossas mulheres e a dos nossos caixões combinam”.
E nem vou comentar que a vida — e por conseguinte a morte — tem tudo a ver com sexo.
Né?
Né?…
*
*
PERGUNTA MACABRA
by Ramiro Conceição
*
*
Muita coisa, na rede, diz que
“a poesia política… morreu,
após a bala…de Maiakovski.”
“Crítica social? Ora,
vire um jornalista!”
*
Dessa maneira,
em uma zoeira,
abortados, nasceram publicitários,
apresentadores de TV, astrólogos,
comentaristas de futebol, e até,
pasmem…, gurus sentimentais.
Alguns receberam até a chave
da respectiva cidade. Pasmem!
*
O lirismo foi proibido a não ser
quando…travestido com ironia.
Dessa maneira, abandonou-se
a última e matou-se o primeiro:
um pastiche…: não deu pra ler.
*
Separaram-se palavras. Uniram-se palavras.
Inventaram-se aquelas… projetadas ao céu,
à noite, a laser…Era a idade do silício onde
nunca tantos… se comunicaram tanto
em um silencioso batuque de teclados.
*
Por isso,
diante desse avesso do mundo,
por não separar a arte da política,
às vezes, a olhar-me no espelho,
pergunto-me com terror:
*
“Naquela noite, quando cães
fugiram do inferno, de qual
lado da gritaria eu estaria
naquele gueto de Cracóvia?”
Boa, Ramiro!
Poxa (ou “puxa”, tal qual diz meu coração), Guga, grato por seu comentário. Que bom revê-lo por aqui. Aproveitando, deixo também uma saudação ao Serbão, que anda sumido…
JULINHO DA ADELAIDE
by Ramiro Conceição
*
*
Pois é…
*
Após a última pesquisa do Datafolha publicada em 30/11/13 ou 01/12/13, dependendo da região do Brasil, associada ao desempenho potencial da presidenta Dilma na eleições de 2014, fui à rede, tal qual faço sempre, analisar os comentários sociais sobre o tal cohjunto de dados. Rapidamente, encontrei “Datafolha 2 – Por que é tão difícil se opor a um governo ruim?” de autoria de Reinaldo Azevedo. Também, como sempre faço li o teor dos comentários no referido blog. Dessa maneira quis dar meu pitaco, mas estava lá escrito:
*
“Aprovamos comentários em que o leitor expressa suas opiniões. Comentários que contenham termos vulgares e palavrões, ofensas, dados pessoais (e-mail, telefone, RG etc.) e links externos, ou que sejam ininteligíveis, serão excluídos. Erros de português não impedirão a publicação de um comentário.”
*
Diante disso, o que fiz?… Acendi um par de velas subjetivas e abri várias cervejas objetivas e, com um atabaque mental, fiz “descer” no meu terreiro o “preto veio”, o tal do “JULINHO DE ADELAIDE” de Chico Buarque… Não deu outra: depois dus “zifinhos” pra cá, “zifinhos” pra lá, psicografei às 11:10:
*
“CONCORDO COM A CRIAÇÃO DE UM PARTIDO EFETIVAMENTE CONSERVADOR NO BRASIL. ASSIM, TALVEZ, LÁ, EM 2022, OCORRESSE UM SEGUNDO TURNO, NO QUAL O ZÉ DIRCEU ESTIVESSE APTO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.”
*
Até o momento, 12:46, o meu “Julinho da Adelaide” aguarda moderação (é uma surpresa!…, pois meu último comentário, no referido site, durou aproximadamente 5 minutos…).
*
Bem, após gargalhadas homéricas… E depois da publicação desse aqui, creio que serei elimanado, lá, à machadadas hidrofóbicas… Mas: VIVA ZÉ DIRCEU EM 2022!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Errata: durante a ejaculação precoce do texto alguns pingos caíram fora de lugar: 1) “nas eleições” e não “na eleições”; 2) “conjunto” e não “cohjunto”; “duns” e não “dus”; 3) “caíram” e não “cairam”; 4) e “eliminado” e não “elimanado”.
Vou já encomendar o meu!
A igreja católica deveria trocar os coroinhas por modelos como estas.
Se a morte é tão triste, por que não mudá-la com prazer.