Aqui no sul, muitos gostam de demonstrar uma vã macheza. Então, declaram desejar um Gre-Nal no sorteio para as quartas-de-final da Copa do Brasil. Eu gosto de futebol e também gostaria de ver dois clássicos decisivos como vimos nas semifinais de 1992. Mas, desta vez, gostaria que a disputa regional se desse numa FINAL.
Dentre os classificados — São Paulo, Fluminense, Figueirense, Santos, Palmeiras, Vasco, Inter e Grêmio –, o caminho mais fácil é pegar Vasco ou Figueirense, claro. O resto é pedreira e é burrice torcer para pegar, por exemplo, o Santos ou o Grêmio, que acaba de nos meter um 5 x 0.
Ontem, o jogo foi mais brigado do que eu esperava. Com um gol logo de cara, esperava que tocássemos a bola e fizéssemos viradas de jogo de um lado para outro, fazendo o adversário correr. Mas não, entramos numa histérica correria marcatória e numa insana erração de passes (beijinho no ombro, Guimarães Rosa). Esquecemos, Argel, da Primeira Lei de Andrade: “O time que está sem a bola corre o dobro”. E marcamos, tomamos cartões, cansamos e lesionamos Dourado. Tsc, tsc, tsc. Diagnóstico: não há ainda entrosamento suficiente para dosar as energias. Não há posse de bola. OK, recém chegaste e tal fato ainda não é culpa tua.
Mas tudo bem, passamos, a gurizada segue fazendo seus golzinhos e não vou reclamar. Encaremos o que aconteceu ontem como um treino puxado para o jogo de domingo, às 11h, contra o Avaí, time do grande Gustavo Kuerten. E quero mais três pontos, tá? O Avaí está descendo velozmente a ladeira em direção à Segunda Divisão e temos que ajudar a empurrá-lo para lá. Não gosto de times que vestem azul.
Sábias palavras.
Fechado contigo;
Abraço