Bom dia, Argel (com os gols e melhores lances de Inter 1 x 1 Palmeiras)

Uma vida complicada para Argel | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional
Uma vida complicada para Argel | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Estamos fora da Copa do Brasil, é minha opinião. Aliás, ontem à noite, eu e o professor Luís Augusto Farinatti acertamos tudo o que dissemos no Beira-Rio. Vocês poderão conferir alguns itens de nossa desalentada conversa particular de torcedores abaixo. Iniciamos melhor do que o Palmeiras. Nossa primeira constatação foi a de que tínhamos que fazer logo os gols, pois não temos preparo físico para mais de 70 minutos, herança do preparador físico de Diego Aguirre.

Iniciamos pressionando muito: Nilton quase marcou de cabeça, Alex obrigou Fernando Prass a uma defesa impossível — a bola passou por baixo do corpo do goleiro, mas tocou em seu corpo de tal forma que subiu e passou sobre o gol — e Nilton novamente criou e perdeu um gol feito.

Depois teve o pênalti defendido por Alisson, um outro gol incrível perdido por Valdívia de dentro da pequena área após jogada genial de Vitinho e, finalmente, o golaço de Alex. Eram 8 minutos do segundo tempo. Sabíamos que a logo logo o Inter se desmancharia. E não deu outra. O bom Ernando — nosso melhor zagueiro, nosso melhor lateral — foi o primeiro a morrer, seguido por Dourado, que jogou muito mal toda a partida. Ambos foram substituídos. O gol do Palmeiras veio de um erro defensivo de… Valdívia, que não se deu conta de que um cruzamento da esquerda atravessaria toda a área chegando até Lucas, o lateral que ele deveria acompanhar. Ele não viu Lucas num primeiro momento. É normal, acontece. Só que o palmeirense pegou a bola livre, cruzou, e Rafael Marques empatou o jogo.

Réver está voltando a jogar bem. Já o Jackson... Deixa ele no Palmeiras para equilibrar
Réver está voltando a jogar bem. Já o Jackson… Deixa ele no Palmeiras para equilibrar | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Outras constatações: em nossa conversa na arquibancada do Beira-Rio, lamentamos a falta de armadores no time. Alex era o único. Ele fez uma bela partida, mas não pode ficar sozinho na função ao lado da barata tonta e recuada do Wellington. William merece uma conversa ou uma temporada fora do time para pensar na vida, Vitinho é craque, Nilton confirma-se com bom jogador, Valdívia é ótimo, Réver está voltando a ser Réver — o que é ótimo — e Paulão foi Paulão por todo o tempo ontem — o que é péssimo. O problema é que nada se mantém. Precisamos de mais gás ou de virar os jogos ganhando por dois a zero. Ao final da partida, Valdívia estava sem velocidade e Vitinho, quando voltava para marcar, chegava tarde (e mancando, o que preocupa ainda mais) ao ataque.

2015 foi um ano jogado fora. O time está no bagaço, sem centroavantes e, para piorar, o tornozelo de Sasha foi operado e D`Alessandro para por tempo indeterminado em razão de uma hérnia de disco. Dá pena ver o Inter em campo, ainda mais contra o Palmeiras, que terminou o jogo correndo e voando como começou. Em fevereiro, Élio Carravetta alertou a diretoria sobre a estratégia equivocada do preparador físico uruguaio. Nada foi feito. Aí está. Provavelmente, perderemos mais jogadores por lesões musculares.

Nosso futuro na Copa do Brasil deverá ser a desclassificação. Poucos notaram, mas o Farinatti logo disse: este cartão do Vitinho é o terceiro. Ele levou cartão em todos os jogos da Copa do Brasil. Então, iremos a São Paulo sem D`Ale, Sasha e Vitinho, isto é, sem  ataque… E sem preparo físico.

Nossa única possibilidade é uma bola milagrosa lá na frente — a zaga deles é uma porcaria — e o Alisson operando milagres e mais milagres lá atrás, pois o ataque do Palmeiras é efetivo pacas. Ou seja, é muito improvável que voltemos de lá com a vaga nas semifinais.

https://youtu.be/a3NVudrxLMY

3 comments / Add your comment below

  1. Correto. Mas onde estão os atacantes contratados por muito dinheiro pela Diretoria dona do balcão? Nico Freitas, Luque, Lisandro Lopez e os excessivamente propagandedados apenas como fachada, De Arrascaeta, Gargano, Camilo Candido, Carlos Nuñez etc. Tudo para escamotear e fazer crer que estavam agindo pelo bem do Clube. Tudo encenação. Contrataram bondes a peso de metrô inglês, inclusive o ex-jogador Anderson por muito dinheiro (desconfia-se que nem todo o dinheiro contratado vai para o bolso do contratado…)
    O meu mal é ter visto jogar o Laryy, Bodinho, embora não tenha visto dois dos melhores uruguaios que já passaram pelo Inter: Julio Perez e Ruben Paz, salvo melhor memória.

  2. Milton, Sejamos otimistas. O Palmeiras não é tudo isso.. Nosso problema é, além do preparo físico, o meio de campo. Quem sabe a diretoria se reúne com o Anderson e dá um ultimato, ou tu jogas metade do que diziam que jogavas no grêmio e na Inglaterra, ou interrompemos o contrato por justa causa. Até o D´ Alessandro,que sempre atrasou os ataques do Inter, driblando para trás ou para os lados (armador moderno é o Lucas Lima que o Inter mandou embora), seria bem vindo no meio campo do Inter. O Alex, quando a gente está pronto para pedir sua substituição, faz um golaço como o de ontem. Sem querer ser original, mas citando o Nelson Rodrigues, vamos torcer que o Sobrenatural de Almeida reapareça em São Paulo na próxima quarta e o Paulão faça uma jogada de craque pela direita e o Rafael Moura mande para as redes. De preferência uma jogada com direito a bis, para marcar logo 2 a zero.
    Só uma pequena correção quanto aos uruguaios de sucesso no Inter. Julio Perez, campeão do mundo em 1950, se disputou duas partidas pelo Colorado foi muito. Ele veio no seu “coche” de Montevidéu e não gostou muito da cidade e logo foi embora. Nosso melhor uruguaio foi o goleiro La Paz, caso não queiramos considerar o pernambucano Manga como uruguaio, com o seu portunhol apreendido nos cassinos de Montevidéu..

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